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Contextualização: O SISTEMA-MUNDO-MODERNO-COLONIAL

Por:   •  10/3/2016  •  Projeto de pesquisa  •  475 Palavras (2 Páginas)  •  2.325 Visualizações

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Contextualização:

Há em curso uma crise dos paradigmas que sempre sustentaram o sistema-mundo-moderno-colonial[1]. A emergência de movimentos sociais tem sinalizado conflitos cuja natureza encontra-se na contestação da base que sustenta a geopolítica mundial, suas instituições, mas, sobretudo, seus paradigmas.

A tomada de consciência pelas classes/grupos oprimidos acerca da realidade como um construto social, (portanto, passível de mudança), tem conquistado mais visibilidade e se alastra. Nesse compasso e, compartilhando do mesmo sentido, continuam a se processar movimentos de contestação de ordem epistêmica no espaço acadêmico através dos diversos campos das Ciências Sociais e é a partir desse lugar de luta que este estudo pretende falar.

Este estudo se situa no âmbito das investigações acerca da construção/reprodução política e conceitual do imaginário da racionalidade moderna, ou Colonialidade do Poder (Quijano, 2005), que se processa de forma hegemônica[2] na construção das sociedades moderno-coloniais desde os séculos XIV/XV e na reprodução/manutenção do conjunto das suas estruturas de poder (econômica, política e ideológica). O esforço é destacar por quais mecanismos e representações, assenta-se a noção e o imaginário que contém a idéia do “direito” da apropriação privada[3] dos territórios colonizados sob a lógica civilizatória expansionista moderno-colonial, ou seja, como de desenvolveu a relação de propriedade que definiu as divisões de classe no mundo moderno.

A escola e seus manuais disciplinadores expressam sobremaneira o comprometimento do Estado com a ordem capitalista, não apenas em sua estrutura física, mas em torno dos conceitos e sentidos que o sustentam no tempo moderno, é um importante espaço de reprodução e afirmação da perspectiva capitalista fragmentária, reducionista e invizibilizadora e determinante da realidade, sobretudo, por meio dos conceitos geográficos presentes nos manuais curriculares e na prática dos professores. Os currículos escolares, que ainda são considerados manuais prescritivos de como organizar conteúdos, têm servido como base às práticas dos professores, principalmente nas escolas públicas.

O sistema escolar encerra as estratégias e intencionalidades do bloco dominante assim como as pressões das demandas sentidas pelas classes subalternizadas na medida do movimento da sua conscientiz-ação.  Essa reflexão nos é muito valiosa, posto que se faz indispensável à compreensão do papel da Geografia como reveladora das relações que constituem uma dada estrutura ou o obscurecimento das mesmas e da possibilidade da ação descentralizada, bem como da problematização dos seus materiais didáticos “auxiliares”.

O sistema-mundo-moderno-colonial, brevemente analisado até aqui, foi operado através de uma colonialidade do poder, uma geopolítica violenta de dominação epistêmica e territorial de uma parte do mundo, promovida pela Europa, que travestiu-se de história natural da humanidade. Tal processo aprisionou a liberdade dos homens ao “âmbito particular do conceito” Este estudo representa


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