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O Vinte Anos de Crise

Por:   •  18/5/2022  •  Resenha  •  755 Palavras (4 Páginas)  •  109 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

Instituto de Economia e Relações Internacionais

Teoria das Relações Internacionais I

Lucas Nunes Da Silva 11821RIT025

Relatório de leitura:  20 anos de crise, Edward Carr

 Carr em sua pesquisa sobre política internacional e percebeu que houve transformações no período entre guerras, primeira guerra e a segunda guerra moldando as estruturas das Relações Internacionais, assim percebendo as transformações de uma nova área, onde todos temas eram tratados dentro do meio militar, diplomático e partidário. Após o início da primeira guerra,  percebeu-se que as relações de poder no sistema internacional não poderiam ser limitadas ao interesse somente aos militares e diplomatas, então a demanda popular buscou uma área mais especializada. Essa percepção trouxe um desejo do estudo da área da política internacional, que começou a partir do interesse das pessoas sobre os tratados e como aquele acordo poderia influenciar a sua vida. Carr (2001) exemplifica o nascimento de uma área de estudos e como  sempre nasce uma ciência a partir de um grande desejo de solucionar uma demanda da sociedade, sendo esse o estágio inicial de uma ciência, e no campo de estudos sobre política internacional não foi diferente, pois no estágio de nascimento não foi efeituado a análise crítica dos fatos, e sim o desejo como objetivo.

O processo inicial da ciência vai ser denominado de utópico, pois os resultados buscados pelo o desejo vai resultar no insucesso, só após as falhas vai surgir o realismo sendo possível uma análise não mais baseada no desejo e sim da análise da realidade ocorrida no passado, evidenciado que o objetivo por si só não é capaz de solucionar o problema. O realismo busca realizar a análise dos fatos e buscar frutos das causas e consequências de forma no qual é possível ou não a  influência das sequências de eventos, buscando as forças e tendências para se adaptar, ou seja, tratar o objetivo como a forma de processos e assim criando leis sistematicamente, contrapondo a utopia que o objetivo era a aplicação de pensamentos para a solução da situação como um fato básico, que rejeita a sequência casual e assim não percebe a realidade que está querendo transformar, (Carr, 2001).

No decorrer do texto Carr (2001) exemplifica como o pensamento utópico na política internacional por si só não consegue ser implementado (tendo Wilson como um dos pensadores mais relevantes do pensamento Utópico) , como foi nas ligas das nações  baseado pensamento utópico inicialmente idealizado por Benthan, trazendo a ideia que existe um padrão ético e absoluto e que os filósofos e quem poderiam descobrir o bem, e que a opinião pública julgará corretamente qualquer questão levantada racionalmente, esse pensamento surgiu nas questões internacionais no entendimento que se fosse apresentado projetos as grandes potências não poderiam rejeita-las, seguindo essa ideia Kant e Rousseau propõe que as guerras são realizadas pelo interesse do monarca e que em uma república não haveria guerra, já Norman Angell traz a guerra como o produto da falha de entendimento. O Benthanismo foi transplantado na política internacional no campo utópico,  à medida que democracia liberal alcançava e obteve sucesso, portanto, na aplicação dessa teoria utópica no sistema internacional foi falho pois não é possível transplantar a padronização para as comunidades, e chegar em solução seria uma abstração, assim não sendo capaz de resolver a crise internacional, pois as ações e omissões eram individuais e os interesses próprios ou de uma nação não seria um caminho para o sistema internacional, (Carr, 2001).

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