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Os Fisiocratas

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Por:   •  22/2/2015  •  Artigo  •  894 Palavras (4 Páginas)  •  303 Visualizações

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O surgimento dos fisiocratas se dá na França com o final do Mercantilismo, por volta de 1756 com dois pensadores principais, Quesnay e Turgot.

Apesar de ter sido um movimento de oposição ao mercantilismo, a fisiocracia não se afastou totalmente do feudalismo, pois o a realidade da França do século XVIII era uma economia essencialmente agrária, com base na propriedade privada feudal. Mesmo possuindo caráter capitalista, ainda era possível encontrar, na França, camponeses nas províncias meridionais e paralelamente atividades agrícolas camponesas e capitalistas, sendo esta última a forma mais desejável e avançada para a época.

A doutrina fisiocrata dizia que a sociedade era regulada por uma ordem natural que rege a natureza física. Assim, se os homens não colocarem obstáculos a essas leis a sociedade irá se configurar segundo um desenho necessário, com leis que irão se impor automaticamente a todas as pessoas. Segundo esta escola, a sociedade pode ou não existir, mas existindo traz vantagens as pessoas que não poderiam ser obtidas de outra forma como, por exemplo, a troca de mercadorias, que pode reduzir e integrar as atividades econômicas dos homens. Esta realidade é o ponto de partida da análise dos fisiocratas.

As preocupações dos fisiocratas era identificar os princípios que regem a produção e a acumulação de riqueza, identificar como funciona a distribuição de renda e o fluxo de gastos no processo de interação entre classes sociais como um fluxo circular de renda e despesa e; analisar o conceito de excedente – riqueza que não é consumida.

Ao defender que, na esfera econômica, os direitos das pessoas em desfrutar seu próprio trabalho, os fisiocratas argumentavam a idéia de ordem natural, por isso, defendiam liberdade de negócios interna e livre comércio no exterior; defendiam o laissez-faire, laissez-passer – deixai fazer, deixai passar -, assim, o papel do Estado era não interferir nos assuntos econômicos além do mínimo essencial para proteger a vida e a propriedade e manter a liberdade de contrato, ou seja, o papel do Estado era apenas marginal.

As classes sociais para os fisiocratas eram: a classe proprietária, composta pelos proprietários de terra, incluídos aqui o rei, com sua corte e o conjunto dos funcionários públicos e a Igreja, todos eles recebendo porção da renda, quer por serem eles mesmos proprietários e/ou por terem direitos de arrecadar impostos ou dízimos; a classe estéril, não porque seja inútil, mas porque não produz excedente, aqui se incluem o comércio e as profissões e; por fim a classe produtiva composta por aqueles que trabalham com a agricultura, ou seja, aqueles que na visão dos fisiocratas formam a única classe geradora de excedente. Devido a essa exclusividade da classe produtiva em gerar excedente, a forma essencial do capitalismo só poderia se desenvolver totalmente nas atividades agrícolas.

Por excedente, sob olhares fisiocratas, entende-se a parte da riqueza produzida que não foi consumida ao longo do processo produtivo. Todavia a aceitação desse conceito implica em três problemas: o de sua avaliação, pois é necessário avaliar diferença entre duas grandezas físicas e como ainda não se tinha uma teoria do valor, utilizava-se dos valores de mercado; o de sua origem, conferindo à terra a causa do excedente; e o de sua atribuição, que se caracteriza pela tese de que o ‘’produto-líquido’’ se restringe inteiramente à renda fundiária e não ao lucro também como indicariam posteriormente os clássicos.

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