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Os principais problemas em Portugal

Artigo: Os principais problemas em Portugal. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/11/2013  •  Artigo  •  503 Palavras (3 Páginas)  •  329 Visualizações

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Portugal no momento, está entre os países classificados pelo FMI como avançados do Globo, o quarto com maiores necessidades de financiamento, sendo apenas superado na Europa pela Itália.

De acordo com o relatório do Fundo Monetário Internacional, o Estado português terá de obter, entre 2013 e 2015, financiamento bruto equivalente a 65,9% do PIB (qualquer coisa como 110 mil milhões de euros). Em 2013, ano para o qual o Governo disse já haver financiamento assegurado, é preciso um montante correspondente a 23,3% do PIB* (produto interno bruto representa a soma monetária anual de todos os bens e serviços finais produzidos num país). Em 2014 serão 22,1% e em 2015 20,5%. Estes valores servem para o Estado substituir a dívida pública que atinge a maturidade* (período durante o qual será reembolsado o empréstimo e os respetivos juros) e para fazer face aos novos défices.

No primeiro lugar da lista mundial está, a grande distância, o Japão, que tem necessidades de financiamento equivalentes a 170,7% do PIB. A seguir surgem a Itália e os Estados Unidos. Portugal ocupa o quarto lugar, imediatamente acima da Grécia, que segundo as contas do FMI terá necessidades de financiamento de 64,8% até 2015.

Estes números mostram o desafio que constitui para Portugal abandonar o financiamento da troika e passar a depender apenas dos mercados para obter os empréstimos de que necessita.

Aliás, em relatório publicado, o FMI identifica as maiores fragilidades que cada país enfrenta a nível orçamental. No caso de Portugal, as principais preocupações estão precisamente na dimensão das necessidades brutas de financiamento do país. Com alerta vermelho surge também o nível da dívida, o potencial de crescimento e o nível das taxas de juro.

Num nível intermédio de preocupação surgem fatores como o diferencial entre a taxa de crescimento e os juros, as previsões de aumento das despesas com saúde e pensões e as dívidas implícitas. O único fator onde o FMI não deteta fragilidades em Portugal é a evolução do défice primário ajustado do ciclo.

A partir de 2014, Portugal deverá conseguir apresentar excedentes orçamentais primários (sem juros da dívida) progressivamente mais amplos, e idênticos aos da Irlanda, criando condições para começar a reduzir o stock de dívida que permanecerá, ainda assim, acima de 120% até 2017.

Esse rácio*(instrumento de apoio para sintetizar uma quantidade abundante de dados e comparar o desempenho económico e financeiro dos países e a sua evolução no tempo) deverá voltar a cair para 116% do PIB em 2018, que coincide com o fim do horizonte temporal das novas projeções, fazendo de Portugal o ainda quarto país do mundo desenvolvido onde mais pesa a dívida pública, sendo apenas superado pelo Japão (241%), Grécia (142,6%) e Itália (123%). Nos cálculos do FMI, as economias desenvolvidas do G20* (é um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia) deverão atingir em 2014 um patamar histórico de endividamento, em 116,1% do PIB, quase 38 pontos percentuais acima dos níveis registados em 2007, antes do eclodir da crise financeira.

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