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POLITICOM: Marketing Político E mídias Sociais

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Por:   •  27/10/2014  •  6.097 Palavras (25 Páginas)  •  407 Visualizações

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Neste artigo, pretendemos discutir com maior ênfase as contribuições sobre o debate acadêmico neste campo. Para isso, ao lado dos pesquisadores bolsistas que me auxiliaram neste projeto, buscamos identificar nas sociedades científicas brasileiras ligadas ao campo dos estudos sobre marketing político e propaganda política, as interfaces de ações e pesquisas sobre a temática “marketing político e internet”, realizados nos congressos dos últimos três anos das principais entidades científicas da comunicação e política no Brasil, a saber: a COMPÓS, Associação Nacional dos Programas de Pós Graduação em Comunicação no Brasil – que representa 43 programas de mestrado e doutorado no Brasil http://www.compos.org.br/gt de comunicação e política; a COMPOLITICA, Associação Nacional dos Pesquisadores em Comunicação e Política, entidade que reúne dezenas de pesquisadores das áreas de comunicação e ciências sociais, nos seus congressos bianuais e na sua revista eletrônica, intitulada Revista Compolítica e publicada sob o endereço eletrônico http://compolitica.org/revista/index. php/revista/index.; da POLITICOM, Sociedade Brasileira dos Pesquisadores e Profissionais de Comunicação e Marketing Político, http://politicom.com.br/ que se reúne anualmente em seus congressos, publica uma revista impressa e promove outras atividades no campo e a ABCOP, Associação Brasileira dos Consultores de Marketing Político, entidade profissional que reúne cerca de 400 associados em todo o país que participam com suas “expertises” de campanhas eleitorais.

Adolpho Queiroz é pós doutor em comunicação pela Universidade Federal Fluminense/RJ, doutor em comunicação pela UMESP e professor da Faculdade Anhanguera de Santa Barbara d´Oeste e da Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP. Pesquisador bolsista da FUNADESP- Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior Particular, para desenvolvimento do projeto de pesquisa "Mídias sociais: tendências e desafios da comunicação em rede" (nº projeto: 5500264). E-mail: adolpho.queiroz@mackenzie.br. Colaboraram no levantamento dos dados desta pesquisa: Deivid Muller e Viviane Rocha são alunos do 4º semestre do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Anhanguera de Santa Bárbara d Oeste. Emails: deviswills@gmail.com e vivianerocha91@hotmail.com e Beatriz Villas Boas, aluna do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Presbiteriana Mackenzie , boasbeatriz@gmail.com

Há ainda a se destacar neste conjunto, as contribuições de outras entidades similares, cujas contribuições ao debate sobre comunicação e política tem sido fundamentais no Brasil contemporâneo, a saber: a INTERCOM, Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação; o CESOP, Centro de Estudos sobre Opinião Pública, da UNICAMP, a ANPOCS, Associação Nacional dos Pesquisadores de Ciências Sociais, a ANPUH, Associação Nacional dos Pesquisadores de História e a ALCAR, Associação Nacional dos Pesquisadores de História da Mídia, os institutos de pesquisa de opinião pública, as bibliotecas especializadas, entre outros.

O objetivo principal deste relato é o de discutir de que forma, nos anos de 2011, 2010 e 2009, as quatro principais entidades científicas e profissionais do campo, trabalharam em seus congressos, a temática da comunicação política e suas interfaces com a internet. Foi possível observar, nos congressos da Compós, Compolitica, Politicom e Abcop, quais os realces, destaques e perspectivas que foram apontados por pesquisadores da área sobre esta temática. Esse objetivo consolidou-se a partir da leitura de 23 artigos difundidos nos últimos três congressos das entidades avaliadas. cujos resumos e impressões de alguns são colocados no escopo de avaliação deste artigo.

Origens das Associações Científicas de Comunicação e Política

A experiência brasileira no campo da comunicação surgiu com a imprensa (HOHLFELDT, 2010, p.39); e ao longo de nossa história republicana (BAREL, 2007, p.202) diversos políticos brasileiros perceberam a necessidade de utilizar meios de comunicação para fazer suas mensagens tornarem-se conhecidas perante os eleitores; e a maior parte dessas atitudes deu-se de modo não especializado.

A abertura política da década de 1980 trouxe consigo uma vida pluripartidária, liberdade de imprensa e expressão em todos os veículos, bem como a necessidade de profissionalização neste campo de atuação, fazendo surgir uma série de espaços para a pesquisa, para o desenvolvimento profissional de jornalistas, publicitários, relações públicas, cineastas, escritores e planejadores, que trouxeram para a interface comunicação e política um nível de interesse acentuado. (QUEIROZ, 2010, p.225).

O Brasil só despertou para o marketing eleitoral/político profissional em 1989, na eleição presidencial daquele ano. (BAREL, 2007, p.208). E à medida que os políticos começaram a trabalhar melhor a comunicação, surge então o marketing eleitoral/político e com ele nascem os grupos de trabalhos – formados por profissionais capacitados que desde então contribuem intensamente para a área com estudos e publicações que servem de base tanto para outros profissionais como para os alunos de cursos especializados.

Em 1991 profissionais de diversas áreas, unidos pelos trabalhos político-eleitorais, deram um passo definitivo para tentar profissionalizar e, dar maior visibilidade e qualidade aos trabalhos de comunicação político-eleitoral desenvolvidos no país. E foi na cidade de São Paulo, na sede da Fundação Escola de Sociologia e Política (FESP) onde “militantes” criaram a Associação Brasileira de Consultores Políticos (Abcop), que “surgiu com o intuito maior de coibir os aventureiros que normalmente surgem em época de campanhas eleitorais e no mercado político, dizendo-se experts em marketing político/eleitoral, e desmoralizando o mercado”. (BAREL, 2007, p.208).

ABCOP

Idealizada e composta por vários profissionais da área de Marketing Político Eleitoral, a Associação Brasileira de Consultores Políticos (Abcop) surgiu em novembro de 1991, com o intuito de coibir os aventureiros que surgem em época de campanhas eleitorais desmoralizando o mercado político com a aplicação de serviços sem a mínima qualidade. Seu primeiro presidente foi Carlos Augusto Manhanelli.

A Abcop nasceu numa época em que falar de marketing político era muito perigoso. Estávamos saindo do Regime Militar. Nestes anos, temos nos moldado aos formatos do mercado. Estamos voltados a ele. Nossa visão é extremamente mercadológica. A principal evolução foi nos tornarmos uma entidade reconhecida internacionalmente, capaz de expandir

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