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Repensando as Relações Internacionais

Por:   •  24/5/2017  •  Dissertação  •  800 Palavras (4 Páginas)  •  402 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JULIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

DISCENTES: Pedro Henrique Casalecchi Bortoletto; Gustavo Henrique Gonçalves Ferreira; Nichollas Alves de Carvalho.

DOCENTE: Dr. Samuel Alves Soares

DISCIPLINA: Teoria das Relações Internacionais I

CURSO: Relações Internacionais - 2º Ano (Noturno)

“Repensando as Relações Internacionais” – Fred Halliday

        No decurso dos seus 64 anos de vida, Fred Halliday foi um importante acadêmico britânico e um dos principais compositores dos estudos das relações internacionais. Isto posto, o autor tornou-se um dos mais influentes intelectuais sobre o tema, em vista que adotou na composição de suas obras uma perspectiva teórica crítica e contribuiu de modo imprescindível para a compreensão da sua conjuntura estrutural. Por esse motivo, o pensamento expresso na obra em questão foi influenciado pelas ideologias marxistas, fato que o fez explorar o sistema internacional a partir do ponto de vista analítico.

        Com tal característica, o capítulo “Um encontro necessário: O materialismo histórico e as relações internacionais” do livro supracitado, apresenta como problema a debilidade oriunda do distanciamento metodológico entre a ciência política e a sociologia. Em virtude disso, Halliday critica o fato dos estudos das relações internacionais não abordarem as especificidades das ciências sociais ao expressar que as suas teorizações não abrangem as influências analíticas do materialismo histórico, haja visto que as relações interestatais se fundamentam primordialmente pelas dimensões empíricas desenvolvidas em universidades britânicas e americanas. À vista disso, o autor apresenta as dificuldades históricas em aplicar o encontro da perspectiva marxista nas Relações Internacionais devido, entre outros fatores, a limitação imposta pela interpretação tradicionalista que a disciplina tem do “estruturalismo”.

        Outrossim, a tese segue a linha de “repensar” as relações internacionais com base na explicação crítica dos sistemas políticos e socioeconômicos ao analisar os determinantes domésticos e internacionais. Com tal finalidade, o autor diz: “para que o potencial do materialismo histórico possa ser aproveitado no campo das relações internacionais é necessário um processo duplo de redefinição da agenda e da expansão de sua esfera teórica” (HALLIDAY, 1999. p. 69). Sendo assim, é enunciado que o marxismo possui argumentos válidos que poderiam ser utilizados em sua adaptação à disciplina por meio, principalmente, do terceiro debate das Relações Internacionais, centrado no Estado e nos Sistemas Internacionais.

        Neste seguimento, o autor trabalha com os seguintes temas gerais para embasar os seus argumentos de defesa à análise materialista histórica das relações internacionais: o determinismo materialista, a determinação histórica, a centralidade das classes e, por fim, o próprio conceito de revolução. Para tanto, é dito que a intepretação materialista produziu indiretamente trabalhos referentes à agenda contida nas relações internacionais por meio das análises da ação socioeconômica, tido como composto central da sociedade, assim sendo havendo a possibilidade de serem utilizados na disciplina. Por conseguinte, a visão da determinação histórica de Karl Marx expõe que o que é essencial para as relações internacionais nem sempre está contido na análise dos fatores internacionais e, assim, os conceitos gerais de produção não devem ser abstraídos na análise do sistema internacional e tampouco da compreensão dos efeitos do contexto histórico nas características de qualquer sociedade.

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