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Resumo Economia Politica

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Por:   •  28/9/2014  •  1.218 Palavras (5 Páginas)  •  562 Visualizações

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Trabalho, sociedade e valor

Economia política é o estudo das leis que regulam a produção e a distribuição dos meios que permitem a satisfação das necessidades dos homens, historicamente determinadas.

O objeto da economia política são as relações sociais próprias á atividade econômica, que é o processo que envolve a produção e a distribuição dos bens que satisfazem as necessidades individuais ou coletivas dos membros de uma sociedade.

Na base da atividade econômica está o trabalho – é ele quem torna possível a produção de qualquer bem, criando os valores que constituem a riqueza social.

1.1. Trabalho: transformação da natureza e constituição do ser social

Vale dizer, a satisfação material das necessidades dos homens e mulheres que constituem a sociedade – obtêm-se numa interação com a natureza: a sociedade, através dos seus membros (homens e mulheres), transforma matérias naturais em produtos que atendem ás sua necessidades. Essa transformação é realizada através da atividade que a denominamos trabalho.

Com o decurso do tempo, o trabalho:

• Exige instrumentos que vão cada vez mais se interpondo entre aqueles que o executam e a matéria.

• Passa a exigir habilidades e conhecimentos que adquirem inicialmente por repetição e experimentação e que se transmitem mediante aprendizado.

Variam muitíssimo e, sobretudo, implicam o desenvolvimento, quase sem limites, de novas necessidades.

Essas características do trabalho não são próprias das atividades determinadas pela natureza; elas configuram, em relação á vida natural, um tipo novo de atividade, exclusivo de uma espécie animal, só por ela praticado. Essa atividade, quando inteiramente desenvolvida, é o trabalho.

Vale a pena tomar como por referência algumas reflexões de Marx:

[...] o trabalho é um processo entre o homem e a natureza, um processo em que o homem, por sua própria ação, media, regula e controla seu metabolismo com a natureza. [...] não se trata aqui das primeiras formas instintivas, animas, de trabalho.(Marx).

O trabalho se especifica por uma relação mediada entre o sujeito e o seu objeto, um instrumento que torna mediada a relação entre ambos. O trabalho implica, pois, um movimento indissociável em dois planos: num plano subjetivo e num plano objetivo; assim, a realização do trabalho constitui uma objetivação do sujeito que o efetua.

Tanto o fim quanto os meios do trabalho põem ao sujeito exigências a ele condições que vão além das determinações naturais. Em primeiro lugar o sujeito deve fazer escolhas entre alternativas concretas; tais escolhas não se devem a pulsões naturais, mas a avaliações que envolvem elementos (útil, inútil, bom, mau) pertinentes à obtenção do dos resultados do trabalho. Em segundo lugar, as objetivações em que realizam o trabalho (seus produtos), tendo por matéria a natureza, enquanto efetividades, não se identificam com o sujeito: elas e o sujeito têm existência autônoma. A questão dos meios e dos fins do trabalho põe duas ordens de exigências interligadas, sem a solução das quais o trabalho é inviável: o conhecimento sobre a natureza e a coordenação múltipla necessária ao sujeito.

Contudo, se leva em conta que o trabalho não é um processo capaz de surgir isoladamente. O trabalho é, sempre, atividade coletiva.

O caráter coletivo do trabalho expressa um tipo específico de vinculação entre membros de uma espécie que já não obedece a puros determinismos orgânico-naturais. Esse caráter coletivo da atividade do trabalho é aquilo que se denominará de social. O trabalho não é apenas uma atividade especifica de homens em sociedade, mas é também e ainda, o processo histórico pelo qual surgiu o ser desses homens, o ser social.

1.2. Trabalho, natureza e ser social

A sociedade não pode existir sem a natureza – afinal, é a natureza, transformada pelo trabalho, que propicia as condições de manutenção da vida dos membros da sociedade. O que varia historicamente é a modalidade da relação da sociedade com a natureza.

O surgimento da espécie humana foi uma autêntica ruptura nos mecanismos e regularidades naturais, uma passagem casual como a da natureza inorgânica à orgânica e foi precedida de modificações ocorrentes numa escala temporal de largo curso. Na base desse salto está um fenômeno desconhecido no mundo natural: está uma atividade que grupos de primatas começaram a exercitar e que responde pelo desenvolvimento que os distinguiria de todas as outras formas vivas. Foi através do trabalho que a humanidade se constituiu como o tal.

O que chamamos de sociedade são os modos de existir do ser social; é na sociedade e nos membros que a compõem que o ser social existe. Quanto mais se desenvolve o ser social, tanto mais diversificadas são as suas objetivações. O avanço do processo de humanização pode ser compreendido, pois, como a diferenciação e a complexificação das objetivações do ser social.

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