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Segunda Guerra

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Por:   •  16/9/2014  •  1.535 Palavras (7 Páginas)  •  284 Visualizações

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Tipos de Vegetação

As vegetações que encontramos em Laguna são:

Agrupamentos varzosos: localizados em baías, reentrâncias do mar e desembocadura dos rios onde estão os manguezais; predominam espécies arbustivas e pequenas árvores adaptadas à salinidade, à deficiência de oxigênio e ao substrato lamoso. É composto de plantas altamente seletivas, com acentuado xeromorfismo. Cita-se o mangue-vermelho (Rhizophora mangle), a siriúba (Avicennia schaueriana) citada por KLEIN (1978 e 1984) que é a arvoreta mais comum com folhas pálidas e numerosos penumatóforos, o mangue-branco (Laguncularia racemosa) ocorre em grupos no delta do rio Tubarão ou nas margens dos rios os capins praturás (Spartina densiflora e S. alterniflora) (KLEIN, 1978 e 1984), (REITZ, 1954). Sobre a borda sul-sudoeste da Lagoa de Santo Antônio, é notória a presença de um pequeno manguezal dominado por Laguncularia racemosa (SORIANO-SIERRA, 1991). Ocorre também o algodoeiro de praia (Hibiscus tiliaceus var. fernanbucensis) e a samambaia de mangue (Acrostichum danaefolium) (KLEIN, 1978).

Vegetação de praia: é limitada pela ação das marés, de porte herbáceo, rasteiro e ralo, que vai se adensando a medida que avança sobre as dunas mais afastadas do mar. Dentre as espécies mais importantes, cita-se a salsa de praia (Ipomea pescaprae) de longos caules rastejantes, folhas grandes e flores roxas (KLEIN, 1984), a acariçoba (Hydrocotyle bonariensis), a grama-de-praia (Paspalum viaginatum) (REITZ, 1954; KLEIN, 1978) e também o capotiraguá (Phyloxerus portulacoides), o pinheirinho-da-praia (Remirea marítima), o carrapicho-da-praia ou titirica-de-praia (Acicarpha spathulata), a grama da praia (Stenotaphum secundatum), outra grama-de-praia (Paspalum vaginatum), o marmeleiro da praia (Dalbergia ecastophylum), a comandaíba ou feijão de praia (Sophora tomentosa), o junco-de-praia (Androtrichum trigynum) e o feijão de boi ou fava de rama (Canavalia obtusifolia), citados por KLEIN (1978, 1984). Quase todas estas espécies apresentam adaptações especiais para sobreviver neste ambiente, como raízes densas, estolhos subterrâneos, folhas estreitas, pilíferas ou carnosas.

Vegetação de dunas semi-fixas: parte das dunas mais compactas e estabelecidas, “são cobertas por vegetação lenhosa arbustiva, caracterizada por grande uniformidade fitofisionômica, ora entremeados por vegetação herbácea de gramíneas, ciperáceas, bromeliáceas e outras” (Klein, 1984). É uma vegetação adaptada ao solo arenoso, pobre em nutrientes, à ventos forte e constante insolação. Dentre as espécies predominantes, KLEIN (1978) cita a aroreira vermelha (Schinus terebintifolius), a aroeira (Lithraea brasiliensis), a capororoca (Rapanea parvifolia), a maria-mole (Guapira opposita), o guararamirim (Gomidesia palustris), a caúna (Ilex dumosa), a carne-de-vaca (Psychotria alba). A vassoura vermelha ou vassourão (Dodonea viscosa) típica em áreas onde houve devastação relativamente recente da vegetação mais densa e o butiazeiro (Butiá capitata) citado também por REITZ (1954) formando não raras vezes aglomerados chamados butiaúbas. KLEIN (1984), cita também como presentes sobre as dunas o mangue-de-praia (Scaevola plumieri) formando densos agrupamentos, a avenca-de-praia (Polygala cyparissias) e arbustos entremeados pelo capim-de-praia (Spartina ciliata) que são o fedegoso (Sophora tomentosa), e o tarumã (Vitex megapotamica), este último também citado por REITZ (1954).

Vegetação de terrenos mais firmes e menos ondulados, podendo formar densas matinhas e arbustos: são predominantemente ocupados pelos guaramirins (Eugenia catharinae, E. umbelliflora, E. itaculumensis e Gomidesia palustris) e o cambuí (Myrcia multiflora var. glaucensis) citado por KLEIN (1978 e 1984) e REITZ (1954). KLEIN (1984), cita também como espécies presentes em terrenos mais secos e estáveis diversas epífitas como a orquídea-de-praia (Epidendrum moseii) e diversas espécies da família das bromeliáceas, a arumbeva (Opuntia arechavaletai), a guabiroba-da-praia (Campomanesia littoralis), a maria-mole (Guapira opposita), a pitangueira (Eugenia uniflora) o tarumã (Vitex megapotamica), a balieira (Cordia verbenácea) e o gravatá-de-flores-alaranjadas (Dyckia encholirioides), estas quatro últimas também citadas por REITZ (1954). Em solos arenosos enxutos, segundo KLEIN (1984) desenvolve-se também a aroeira vermelha (Schinus terebinthifolius), o pau-de-bugre (Lythracea brasiliensis), o concon (Erythoxylum argentinum) e o capim-colchão (Andropogon leucostachyus), este último também citado por REITZ (1954).

Vegetação que se desenvolve sobre rochas: predominam a figueira mata-pau (Coussapoa schottii), bromeliáceas rupícolas do genero Dyckia e Aechmea, cactáceas como a arrumbeva (Opuntia arechchvelatai) e o mandacaru (Cereus peruvianus) (KLEIN, 1978). Vegetação que se desenvolve em pequenas depressões ou solos mais úmidos: predomina um arbusto rasteiro da habitat paludoso, o marmeleiro-da-praia (Dalbergia ecastophylla) (KLEIN, 1984; SORIANO-SIERRA, 1991).

Vegetação que se desenvolve em pequenas depressões periodicamente inundadas: segundo Klein (1984) são representativas a tiririca (Cladium mariscus spp. (Jamaicensis) e a tiririca-branca (Scirpus giganteus).

Vegetação que se desenvolve em pequenas lagoas permanentes: KLEIN (1984) cita a soldanela-d´água (Nymphoides indica) espécie helófita, junco ou peri (Scirpus californicus), a tiririca (Heliocharis geniculata), o peri (Fuirena robusta) e o aguapé (Eichornea crassipes), esta última também citada por SORIANO-SIERRA (1991). Este autor ao estudar a vegetação dos marismas que ocorrem nas proximidades dos rios que deságuam no sub-sistema Mirim-Imarui-Santo Antônio e lagoas do complexo, cita como espécies fanerogâmicas predominantes desses ambientes a Scirpus marítimus nas lagoas do Mirim e do Estreito do Perrixil, do Ribeirão Grande, de Santa Marta, do Camacho e de Garopaba do Sul; a Typha dominguensis na Lagoa do Imaruí e da Manteiga e a Spartina alterniflora como predominante na Lagoa de Santo Antônio. Cita também outras espécies dominantes que acompanham estas principais que são: Azolla filiculoides, Crinum kutianum, Eicchornia azurea, E. crassipes, Hetheranthera limosa, Laguncularia racemosa, Myriophyllum brasiliense, Pistia strattoides, Pontederia cordatas, Salicornia sp. Salvia auriulata, Ruppia marítima. No total, os marismas do complexo lagunar sul-catarinense, apresentam espécies pertencentes a 32 gêneros e 23 famílias, sendo as mais representativas

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