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Segurança Publica

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Por:   •  11/4/2014  •  454 Palavras (2 Páginas)  •  312 Visualizações

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O incômodo silêncio na Segurança Pública do Ceará

Diante de um cenário de crise por conta de índices de violência no Ceará, a Secretaria da Segurança pouco se pronuncia. A postura dá margem a desconfianças e aumento da sensação de insegurança.

Mês a mês, a barra estatística da criminalidade no Ceará aumenta. Mais assaltos, mais roubos, mais gente morta. O Estado vive uma violência sem precedentes. E amarga um silêncio das autoridades responsáveis pela segurança considerado intrigante por entidades representativas de policiais civis e militares, estudiosos, Ministério Público, imprensa e sociedade civil.

Em 2013, o Ceará alcançou a marca de 11 homicídios dolosos por dia. Mata-se mais em Fortaleza (quatro/dia) do que em São Paulo, cidade com população 4,5 vezes maior. Mas a SSPDS pouco vem a público de forma voluntária para avaliar a crise e prestar contas do trabalho desenvolvido na área. Quando fala, quase sempre, é de forma pontual, diante da procura de jornais e emissoras de rádio e TV. Ainda assim, com ressalvas.

Um sinal de retrocesso para o coordenador do Laboratório de Estudos e Pesquisas Conflitualidade e Violência (Covio/Uece), Geovani Jacó. “Na área da segurança, esse governo mudou radicalmente para pior na segunda gestão (quando saiu o secretário Roberto Monteiro e entrou o atual, coronel Francisco Bezerra). O governo está blindado e com um projeto que não dialoga. Todas as atribuições estão nas mãos de um secretário e um comandante de Polícia dessintonizados com uma política cidadã adequada à perspectiva democrática assumida em estados campeões de criminalidade e que, pela mudança de eixo, reduziram os índices. Aqui, vemos o alijamento da sociedade e a blindagem do governo. Temos um governo que não admite críticas e uma Polícia que não faz autocrítica. Estamos vendo a falência do sistema de segurança.”

Também há queixas quanto à divulgação dos indicadores criminais, obrigação prevista na Lei Federal nº 12.527 (a chamada Lei de Acesso à Informação). O POVO já denunciou várias vezes a recorrência dessa demora. “O silêncio é falta de respeito! Significa prepotência. Se calam para o problema sumir. Mas o problema não some. Ele só aumenta. É uma estratégia burra. Esse silêncio me deixa é mais insegura. A gente tem o direito de ir e vir; e eles o dever de patrocinar uma segurança eficiente. O Governo tem que tomar a responsabilidade para si. Mas há quase uma omissão conivente com a violência. Virar a cara para o caos é absurdo”, critica uma das organizadoras do movimento “Fortaleza Apavorada”, Eliana Braga.

Para esta reportagem, tentamos entrevistar o secretário Francisco Bezerra. Após 14 dias e várias ligações, a assessoria do coronel pediu que perguntas fossem enviadas por e-mail. Até o fechamento da página, nenhuma resposta havia sido dada, a exemplo do ocorrido em procedimentos anteriores adotados pela SSPDS.

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