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Universidade de Brasília Instituto de Relações Internacionais Introdução ao Estudo das Relações Internacionais

Por:   •  14/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.143 Palavras (5 Páginas)  •  312 Visualizações

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Universidade de Brasília

Instituto de Relações Internacionais

Introdução ao Estudo das Relações Internacionais

Graduando: Eduardo Alves Souza (160118379)

Docente: Fúlvio Eduardo Fonseca

As Relações entre Cuba e Estados Unidos

15/05 – Brasília, DF.

Sumário:

  1. Introdução & Cronologia
  2. Emenda Platt
  3. Revolução Cubana
  4. Invasão da Baía dos Porcos
  5. Conclusão
  6. Bibliografia

  1. Introdução & Cronologia

As relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos passaram por altos e baixos durante a história, desde terem ligações econômicas fortíssimas a cessar todas as relações, fechando sua embaixada um país no outro. A seguir trataremos na cronologia de pontos importantes que contribuíram para o afastamento ou a aproximação de ambos os países.

Com o resultado da Guerra Hispano-Americana, o presidente dos EUA, William McKinley e o embaixador francês Jules Cambon, em nome do governo espanhol, assinaram uma trégua e a Espanha então renuncia o domínio sobre o território cubano. Os militares norte-americanos presentes no país se mantiveram até 1902, quando os Estados Unidos permitiram um governo cubano assumir os assuntos do Estado, porém, com um acordo estabelecido entre os países que ficou conhecido como Emenda Platt, onde os Estados Unidos tinha direito de intervir em cuba para preservar a estabilidade e independência de cuba, e de seus próprios negócios, pois haviam no país investimentos no setor açucareiro, de turismo e mobilidade. Em 1934 ambos os países assinam um tratado de relações e revogam a emenda.

“Em 1961, Fidel Castro inicia a nacionalização das terras e das empresas norte-americanas, rompendo as relações diplomáticas com os Estados Unidos.”

        Após a revolução cubana de 1959 liderada por Fidel Castro estar em ascensão, o Governo cubano desapossou terras e empresas dos Estados Unidos em seu território, no contra-ataque os EUA programaram a invasão da Baía dos Porcos, que foi um desastre. Com esse impasse no caminho, e visto que os americanos detinham mísseis na Itália e na Turquia, cuba adota mísseis soviéticos e se aproximam da União soviética esperando uma possível invasão dos EUA, o episódio acaba com o acordo de que nunca haveria invasão por parte dos americanos à Cuba, a retirada dos mísseis soviéticos do território cubano, e a retirada dos mísseis americanos da Turquia e Itália, com toda essa deterioração na relação entre Cuba e Estados Unidos sendo fortalecida, os governos seguem sem relações diplomáticas por mais de cinquenta anos.

        Uma reaproximação entre os Estados Unidos e Cuba ocorre no fim de 2014, onde Barack Obama (Presidente dos Estados Unidos) e Raúl Castro (Presidente de Cuba) reestabelecem as relações diplomáticas entre os países, e reinstalam suas embaixadas nos países, Cuba reativa sua embaixada em Washington, e a embaixada norte-americana se reinstalou em Havana. O Governo cubano declarou "Não poderá haver relações normais entre Cuba e EUA enquanto for mantido o embargo econômico, comercial e financeiro", posição defendida por Obama, mas que não consegue sozinho concretiza-la.

  1. Emenda Platt

Após a época expansionista vivida pelos Estados Unidos no século XIX, a colônia espanhola de Cuba que ainda se mantinha ali, esquematizava um movimento pró-independência liderado por Jose Martí. Essa ocorrência alertou os norte americanos dos riscos que passavam seus investimentos e propriedades na ilha de Cuba. Primordialmente os espanhóis tentaram negociar uma imparcialidade dos norte-americanos sobre a questão, onde não obtiveram sucesso e por fim tiveram que enfrentar a ofensiva dos EUA em cuba. O controle de Cuba pelos Estados Unidos foi empossado em 1898 através do Tratado de Paris, e estendido até 1902 onde as tropas militares dos EUA desocupariam Cuba.

Os Estados Unidos em 1901 organizou uma assembleia que traria para o povo cubano sua primeira constituição e independência. A aprovação só ocorreu após o senado norte-americano garantir a aprovação da Emenda Platt, que serviria como um instrumento legal para a intervenção dos EUA em Cuba caso seus interesses econômicos e políticos fossem atacados. Além de dar o poder de interferir, cedeu uma base militar americana na baía de Guantánamo com uma área de 117 quilômetros quadrados. Com o governo do ditador Fulgêncio Batista em ascensão, a Emenda foi substituída por um acordo comercial, mas a ausência da Emenda Platt não trouxe um término do intervencionismo norte-americano em cuba, onde só se deu com a Revolução cubana de 1959.

  1. Revolução Cubana

Com a Emenda Platt em vigor, os Estados Unidos realizavam suas invasões militares em cuba a fim de garantir seus interesses locais. Em 1950 se instalou um regime ditatorial, tendo como ditador Fulgêncio Batista, foi quando a situação social e econômica ficou ainda mais complicada. Em contraposição um grupo de guerrilheiros vinha ganhado força em Cuba, liderado por Fidel Castro, Che Guevara e Camilo Cienfuegos conseguiram combater as tropas de Fulgêncio, que se refugiou na República Dominicana. Após terem êxito no combate armado, em 1951 Fidel Castro se tornou primeiro-ministro de Cuba e instaurava suas políticas contrárias as dos norte-americanos. Cuba agora dominada por Fidel, seguia estatizando o setor industrial que até o momento era controlado pelos EUA, nacionalizou as refinarias de açúcar e promoveu a reforma agrária, expropriando os investimentos norte-americanos. Com o governo de John Kennedy exercendo pressão sobre Cuba (A invasão da baía dos porcos, e com a crise dos mísseis de cuba), era necessário fazer alianças, então logo os cubanos se aproximaram dos soviéticos.

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