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A AUTORIDADE ESPIRITUAL DO PASTOR

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Por:   •  25/3/2014  •  1.565 Palavras (7 Páginas)  •  1.881 Visualizações

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1.INTRODUÇÃO

A autoridade exercida por um pastor, missionário, ou outro líder da Igreja, é para ser distintivamente diferente daquela exercida por líderes no mundo secular (1 Pedro 5:3; Marcos 10:42-43). O termo “autoridade” é originário do Grego “exousia” que pode ser definido como o direito de exercer o poder.

2.O PODER OUTORGADO

Ao dissertar sobre o poder outorgado, convém ressaltar que toda a autoridade vem de Deus. Este princípio, formulado por Paulo (cf. Rm 13:1) vem fortalecido pelos textos do Antigo Testamento, onde todas as vontades devem estar sujeitas aos desígnios de Deus. Na criação que Deus fez, é dele que procede todo o poder e toda a autoridade: o homem (ser humano) tem poder sobre a natureza e sobre a organização das coisas de sua vida. O marido tem autoridade sobre a mulher (cf. Gn 3,16) e os dois a tem sobre os filhos (cf. Lv 19,3). A autoridade outorgada por Deus aos homens não é absoluta, mas limitada às obrigações morais segundo os preceitos bíblicos. Jesus antes de sua ascensão aos céus, deliberou autoridade aos discípulos para obedecer o ide ( cf. Mc. 16:15).

3.AS RESPONSABILIDADES DA PESSOA DELEGADA

Uma das metáforas favoritas de Jesus para a liderança espiritual, uma que Ele utilizava frequentemente para descrever a si mesmo, era a de pastor – uma pessoa que supervisiona o rebanho de Deus. Um pastor guia, alimenta, cria, conforta, corrige, e protege. Como pessoa delegada, o pastor além de outras responsabilidades supra citadas tem também a incumbência de conduzir a igreja ao cumprimento de sua missão e de promover o reino de Deus. O pastor jamais deve esquecer de que seu cuidado com as ovelhas de Cristo devem corresponder ao alto preço pago por Jesus na Cruz. Pastorear o rebanho de Deus é uma tarefa gigantesca, mas para pastores fiéis traz a rica recompensa da coroa imarcescível de glória que será concedida pelo Supremo Pastor quando Ele se manifestar (1 Pedro 5:4). Contudo o pastor não pode se fazer valer de autoridade eclesiástica em benefício próprio com o fim de satisfazer apenas seus interesses particulares. Qualquer arbitrariedade no exercício do ofício pastoral é considerada como pecado, pois contraria as Escrituras Sagradas.

4.A IMPOSIÇÃO DE MÃOS

No Antigo Testamento- Na antiga aliança a imposição de mãos era uma prática comum especialmente no cerimonial do tabernáculo e templo. “A imposição era usada na transmissão de pecado do ofertante para um animal. ( cf. Lv. 16.21) Um rito semelhante acompanhava as ofertas queimada, pacífica, pelo pecado e de ordenação ( cf. Lv. 1.4; 32; 4.4; Nm 8.12”). Também era comum os filhos de Israel colocarem as mãos sobre a cabeça dos levitas que fariam o trabalho de expiação ( cf. Nm 8.10). Assim, estes eram separados e ordenados para o trabalho no Tabernáculo.

Em outro momento vemos Moisés impondo as mãos sobre Josué, seu ajudante, deixando claro diante do povo que este estava sendo investido de autoridade para conduzir o povo após sua morte. (Nm 27.12- 23). Parece que aqui temos o modelo e a fonte inicial que seria imitado na igreja neotestamentária para a ordenação de obreiros. Josué, após esta imposição de mãos teve uma ampliação do trabalho do Espírito Santo em sua vida. Em Deuteronômio 4.9, lemos:

Josué, filho de Num, estava cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés impôs sobre ele as mãos, assim, os filhos de Israel lhe deram ouvidos e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés.

Podemos chamar de ampliação pois mesmo antes de receber esta imposição Josué já estava cheio do mesmo espírito:

Toma Josué, filho Num, homem em que há o Espírito, e impõe-lhe as mãos ( cf. Nm. 27.18). A imposição de mãos, ilustrada aqui no episódio de Moisés e Josué, não era aleatória, sem que o candidato a recebê-la tivesse as condições prévias para o trabalho a ser designado. O melhor a dizer é que Josué já era cheio do Espírito Santo, no entanto a atuação deste na vida deste jovem se amplia após a imposição de mãos. O significado maior, no entanto, foi que a congregação de Israel reconheceu a autoridade de Josué, delegada por Deus, através de Moisés.

No Novo Testamento- No inicio da igreja a imposição de mãos acompanhou os principais movimentos dos Apóstolos. No batismo com o Espírito Santo, por exemplo, revela esta prática apostólica:

Então, lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo ( cf. Atos 8.17).

No entanto, tudo indica que com o passar do tempo esta prática deixou de ser essencial para que o Espírito batizasse uma pessoa. Em Atos 10, por exemplo, Cornélio e os seus são batizados pelo Espírito Santo sem que houvesse menção alguma da imposição de mãos:

Ainda Pedro falava estas coisas quando caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra ( cf. Atos 10.44).

Assim, a partir de então, o trabalho do Espírito Santo em uma pessoa não depende de qualquer imposição de mãos. Nas Epístolas não existe qualquer ordem neste sentido.

A imposição de mãos parece ter perdurado tão somente para a ordenação de pessoas para o trabalho de Deus, o que passaremos a discutir.

Os irmãos escolhidos para o diaconato, em Atos 6, receberam a imposição de mãos dos Apóstolos:

Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando , lhes impuseram as mãos (v.6).

Observemos novamente que eles já eram reconhecidamente cheios do Espírito Santo antes da imposição de mãos (v.3). Este ato, no entanto, autenticou diante da comunidade o que Deus já estava fazendo em suas vidas e deu-lhes autoridade para o serviço que passariam a desempenhar.

A mesma cerimônia e o mesmo princípio acompanharam os primeiros missionários ( cf. Atos 13.1-3). Deus os separa, a igreja reconhece o seu chamado, impõe as mãos sobre eles e os envia. Nestes casos o chamamento, a fé viva, o desprendimento para o trabalho, a atuação do Espírito Santo, antecederam a imposição de mãos e a designação para as tarefas designadas.

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