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A EXPOSIÇÃO DE 1ª PEDRO 5. 1-4

Por:   •  27/4/2021  •  Artigo  •  3.028 Palavras (13 Páginas)  •  164 Visualizações

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SEMINÁRIO TEOLÓGICO PRESBITERIANO REV. DENOEL NICODEMOS ELLER

Curso de Bacharel em Teologia

Marco Antonio Ribeiro

Título: PRÁTICA DE PREGAÇÃO

Sermão expositivo baseado em I Pe. 5. 1-4

Matéria: Prática de Pregação

            Professor: Rev. Leonardo Leão

Belo Horizonte

2017

Introdução

Vocês se lembram do navio Costa Concórdia que naufragou em janeiro de 2012 na região da toscana na Itália matando trinta e duas pessoas? Minutos depois que o navio se chocou contra as rochas, o capitão abandonou sua tripulação, deixando o comando para seu primeiro imediato. Após ser capturado pela polícia, ele alegou que com o impacto contra as rochas, ele fora arremessado fora do navio e ao ver que tudo estava sob controle, se negou a retornar para o convés daquela embarcação. O capitão do navio, Francesco Schettino foi suspenso de suas atividades e ficou recluso em prisão domiciliar após o acidente.

Líderes que fogem em tempos de dificuldade não fazem outra coisa senão provar que eram mercenários.

Tempos de perseguição requerem liderança espiritual adequada para o povo de Deus. Uma vez que o julgamento deve começar pela casa de Deus (4.17), é melhor que essa casa esteja em ordem.

Isso explica porque Pedro escreve esta mensagem especial aos líderes da igreja, encorajando-os a trabalharem fielmente.

Que tipo de pastoreio iremos exercer? Veja bem, não estou perguntando que tipo de pastoreio queremos exercer. É impossível que entre nós exista alguém que se levante e diga: “eu quero ser um mau pastor”. Todo mundo quer ser bem sucedido em sua vocação, ninguém gosta do fracasso.

Mas devemos andar vigilantes, em constante oração para que não sejamos exemplos de má conduta ou motivo de escândalo no meio do rebanho do Senhor.

“Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel”. (1º Cor. 4.2 ARA)

Desenvolvimento

O foco de Pedro é fomentar a união e a perseverança em tempos de perseguição. Didaticamente, ao longo desta epístola, Pedro vai segmentando seu público. Ele fala, por exemplo, sobre os deveres dos crentes para com os não crentes, para com as autoridades, sobre uma vida exemplar cristã perante a sociedade, deveres dos casados, deveres dos crentes para com os crentes. Aqui Pedro se dirige ao grupo que carrega em seus ombros a mais alta honraria e a mais alta responsabilidade que um ser humano pode receber: os presbíteros.

Entretanto, é necessário construirmos o pano de fundo para que possamos entender a importância deste oficialato dentro da igreja. Quem são estes presbíteros?

Poucas passagens mostram de forma tão clara a importância destes homens na igreja primitiva. A função do ancião tem um pano de fundo judeu.  

O capítulo 11 do livro de números nos ensina que quando os filhos de Israel atravessavam o deserto ruma à terra prometida, em dado momento Moisés sente o cansaço pois ele estava conduzindo aquela multidão sozinho, para ajuda-lo, é escolhido setenta anciãos aos quais foi concedida uma porção do Espírito de Deus. Desde então, os anciãos passaram a ser uma característica permanente da vida judaica.

Eles são encontrados como dos profetas, como conselheiros do rei, como colegas dos príncipes na administração dos assuntos da nação. Cada aldeia e cada cidade tinha seus anciãos que se reuniam a porta de entrada dessas cidades onde administravam justiça ao povo. Os anciãos eram os administradores da sinagoga, eles formavam a maioria do sinédrio, a corte suprema dos judeus, e são regularmente mencionados junto com os sumos sacerdotes, os príncipes, escrivas e fariseus.

É evidente que os anciãos estavam integrados à própria estrutura do judaísmo, tanto nos assuntos civis como nos religiosos.

A função do ancião tinha também um pano de fundo grego. De maneira semelhante como os conselheiros municipais de hoje são responsáveis pelos assuntos da comunidade local, na Ásia menor, os membros dos conselhos e corporações eram chamados de anciãos e até mesmo nas comunidades do mundo pagão, descobrimos que se fazem menção de sacerdotes anciãos responsáveis por exercer a disciplina.

Ou seja, antes mesmo que o cristianismo o adotasse esse título tão honroso de ancião, ele já o era tanto no mundo judeu, como no greco-romano.

Já na igreja primitiva, nos deparamos com o fato de que a função de ancião era um ofício fundamental.

Paulo costumava ordenar anciãos em toda a comunidade na qual pregava e em cada igreja que fundava. Em sua primeira viagem missionária, ordenou anciãos em cada igreja. Tito é deixado em Creta para que ordene anciãos em cada cidade. Eles tinham o cargo de administrarem as finanças da igreja. É a eles que Paulo e Barnabé entregam o dinheiro enviado para socorrer os pobres de Jerusalém no tempo da fome.

Por meio de Tiago, descobrimos que os anciãos exerciam funções de cura mediante orações e unção com azeite, pelas epístolas de pastorais sabemos que os anciãos eram administradores e mestres e que, nesse caso, eram funcionários pagos pela igreja, merecedores inclusive de honorários dobrados.

Quando alguém exerce a função de ancião, é conferido a ele, não uma pequena honra. Ele está ingressando no mais antigo ofício religioso do mundo cuja história pode ser rastreada através de quatro mil anos. Junto com esta grande honraria, é atribuída a ele uma grande responsabilidade porque ele recebe ordem para ser pastor da igreja de Deus e um defensor da fé.

Nesta passagem, Pedro exorta mediante alguns contrastes, três princípios pelos quais os pastores devem conduzir o rebanho de Deus.

1 – Espontaneidade

2 – Disposição

3 – Sendo exemplo de conduta

Grande ideia –  Os presbíteros devem pastorear o rebanho de Deus conforme sua vontade, sendo exemplos de conduta na vida cristã.

Proposta pastoral – Princípios de liderança para um pastoreio de sucesso

1 – Espontaneidade (vs 2)

No desempenho de sua função, o presbítero ou o pastor, não pode cometer abusos nem usurpações. Ele não começará de forma leviana e despreocupada suas tarefas sem refletir com seriedade nas responsabilidades que ele está assumindo. É dever de todo cristão experimentar certa dose de temor antes de aceitar qualquer cargo elevado porque ele conhece muito bem suas próprias limitações e a sua indignidade.

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