A ORIGEM DA ECLESIOLOGIA

INSTITUTO DE TEOLOGIA PASTORAL E ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA - ITEPES

Curso de Teologia Pastoral

A ORIGEM DA ECLESIOLOGIA

Manaus–Amazona

2021

INSTITUTO DE TEOLOGIA PASTORAL E ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA - ITEPES

Curso de Teologia Pastoral

A ORIGEM DA ECLESIOLOGIA

SILENE CARVALHO FARIAS

Este trabalho apresentado, sob orientação do Prof. George Alexandre B. de Vasconcelos do curso de Teologia Pastoral do Instituto de Teologia e Ensino Superior da Amazônia – ITEPES.

Manaus–Amazonas

2021

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................... 04

CAPITULO I – A ORIGEM DA ECLESIOLOGIA........................ 05

        

CAPITULO II - NOTAS SOBRE A HISTÓRIA DO TRATADO DA ECLESIOLOGIA................................................................................ 06

2.1 Alguns traços da realidade da “Igreja” na Sagrada Escritura..06

2.2 A Eclesiologia no período patrístico..............................................07

2.3 A Eclesiologia da reforma gregoriana...........................................08

2.4 A Eclesiologia no período escolástico............................................08

             

2.5  A Eclesiologia de Trento................................................................09

2.6 A renovação da Eclesiologia...........................................................09

2.7 A Eclesiologia do Concílio Vaticano I............................................10

2.8 A Eclesiologia do Concílio Vaticano II..........................................10

CONCLUSÃO........................................................................................11

INTRODUÇÃO

        Quando se contempla o percurso histórico da Igreja e mesmo da Eclesiologia percebe-se em muitos dos seus momentos, ela incorporou, e continuará a incorporar, e de certa maneira, assumiu os caracteres culturais e sociais do seu tempo, influenciando sua própria configuração. Haja vista o período da Cristandade, assumindo para si a responsabilidade de ser uma sociedade perfeita e suficiente, concorrendo com outras sociedades que não estavam sob sua influência e domínio. Diante de todos os acontecimentos, a Igreja se prolonga na história em busca de cumprir sua missão.

CAPITULO I

A ORIGEM DA ECLESIOLOGIA

        As primeiras obras sobre a Igreja são do final da Idade Média e são fruto mais juristas do que de teólogos, pois tinham mais aspectos jurídicos e institucionais do que o mistério em si. A doutrina oficial sobre a Igreja vem formulada nos documentos do Vaticano II, nos documentos pós-concílio, com o intuito de atualizar e fomentar o diálogo com o mundo contemporâneo, a Eclesiologia recebeu amplos, variados e muitas vezes contraditório desenvolvimento.

Após o Concílio Vaticano II (1962-65), a Eclesiologia de comunhão se destaca tendo sua base na unidade entre a ideia da comunhão e a dimensão sacramental da Igreja com o mistério da encarnação, sua presença nas duas dimensões, a humana e a divina, em intima relação. Denominada como Teologia-Transcendental, a Eclesiologia recebe e transmite a revelação, sendo assim o próprio sujeito da fé, conforme reza na profissão de fé católica.

A Eclesiologia é o estudo da Igreja, da comunidade dos fiéis, reunidos em nome de Jesus Cristo com o intuito de construir a comunidade da Salvação fundada por Ele, e assim, continuar a sua missão. Desse modo a Igreja pode ser abordada por três pontos fundamentais: Histórico, Sociológico e Dogmático.

a) No contexto histórico, a Igreja e sua origem, dando continuidade do movimento iniciado por Jesus e seus discípulos na comunidade primitiva, estudada pela disciplina de História da Igreja.

b) No contexto sociológico, a Igreja Católica como comunidade de uma religião, visível e institucionalizada, como objeto de estudo da Sociologia da Religião, com possibilidade de críticas internas e externas.

c) No contexto dogmático, a Igreja compreende e se intitula como uma comunidade eclesial, formando uma verdadeira Igreja, partindo da Páscoa, formando quem ela é. Essa auto-explicação é fundamental para o ponto de vista dogmático, pois é o marco de sua aproximação teológica.

Jesus Cristo é o fundador da Igreja, a missão da Igreja é levar a mensagem de salvação para todos os povos e em todas as épocas. Por isso, não se pode dissociar Cristologia da Eclesiologia, sistematizando cristo-eclesiocêntrica da Teologia, a partir da história da salvação, fruto da centralização do mistério de Cristo e de sua missão, compromisso da Igreja, comunidade aberta à dimensão histórica e consciente do Povo de Deus na história da salvação e na história humana.

CAPITULO II

NOTAS SOBRE A HISTÓRIA DO TRATADO DA ECLESIOLOGIA

A Eclesiologia tem a tarefa de compor uma doutrina teológica sobre a Igreja, ser comunidade que vive a Palavra de Cristo em sua vida, na perspectiva da fé cristã, portanto, eclesial, o que torna a Eclesiologia uma disciplina teológica, e a distingue da Filosofia ou da Sociologia da Religião, evitando assim que seja um estudo científico da Igreja, enquanto comunidade organizada, surge os primeiros eclesiólogos que iniciam uma reflexão sistemática escrita, dando origem, assim, aos primeiros tratados de Eclesiologia propriamente dito.

Inicia com a análise da realidade ‘Igreja” na Escritura, continuando com a abordagem do período patrístico-escolástico e dos primeiros tratados De Ecclesia, para com alguns traços da Eclesiologia de Trento e do Concilio Ecumênico Vaticano II.  

2.1 Alguns traços da realidade da “Igreja” na Sagrada Escritura

A palavra Ecclesia é originada do grego Ekklêsía no Novo Testamento. Na Igreja primitiva esse nome quer dizer Povo de Deus, o verdadeiro Israel. Paulo usa a expressão Ekklêsía (At 20,28) que significa a comunidade convocada por Deus (1Ts 2,4; 2Ts 1,4; 1Cor 1,1; 10,32).