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A Vida de Paulo

Por:   •  28/11/2016  •  Seminário  •  11.853 Palavras (48 Páginas)  •  412 Visualizações

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A VIDA DO APÓSTOLO PAULO

 

INTRODUÇÃO

         Este é um trabalho sobre a vida do apóstolo Paulo antes e após sua conversão, bem como, suas viagens missionárias, prisões e morte.

        Os registros das atividades de Paulo começam em sua juventude, pouco antes dele iniciar o apostolado e, embora não haja nenhum registro sobre sua infância, podemos montar uma história bem interessante através das informações colhidas da história, tradição e das notas pessoais nos escritos paulinos.

NASCIMENTO

         Paulo, nascido com o nome Saulo (Shaul, em hebreu), é uma das figuras mais complexas do Novo Testamento. Ele nasceu em Tarso (Tersoos) na Cilícia, entre o 1° e 5º ano da era cristã. Esta cidade situava-se aos pés das montanhas do Tauro, ao sul da Turquia, na margem do Cidno.

        Embora vivessem numa cidade gentia, seu pais resolveram dedica-lo ao serviço de Deus, e fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para educa-lo como um verdadeiro israelita.

         O pai de Paulo, judeu da tribo de Benjamim (Fil. 3:5) e fariseu (At. 23:6), era cidadão romano que vivia no importante centro metropolitano de Tarso, na Cilícia, Ásia Menor. A cidade era um centro de educação, superado no tempo de Paulo somente por Atenas e Alexandria. Como seu pai era cidadão romano, Paulo herdou essa cidadania. Dentro do círculo da família, ele teria recebido suas primeiras instruções religiosas de seus pais e, um pouco mais tarde, teria frequentado a escola da sinagoga local, como qualquer criança judia. Talvez ele também tenha frequentado uma das muitas universidades de Tarso, para obter uma educação mais formal nos princípios de retórica, lógica e filosofia. Isto, contudo, é somente conjetura baseada na maneira pela qual Paulo demonstrou, em suas cartas, sua familiaridade com a argumentação filosófica vigente. Ele tinha dois nomes dados, um em latim (Paulus), que denotaria sua cidadania legal romana, e o outro em hebraico (Saulo), que seria usado na família e nos círculos judaicos. O nome em grego é uma transliteração do nome latino, e não uma tradução do nome hebraico.

         A família tinha consciência de pertencer à tribo de Benjamim (Rm 11.1; F1 3.5). O nome judeu Saulo, somente aludido pelos Atos dos Apóstolos (At 9.4,17; 22.7; 26.14 etc.), pode acenar ao benjamita e primeiro rei de Israel. Judeus da diáspora portavam, costumeiramente, ao lado do nome semítico, um segundo nome romano-helenístico acusticamente semelhante. Como pares de nomes semelhantes aparecem: Josué e Jasão ou Silas e Silvano. No mundo helenístico, Paulo utiliza exclusivamente esse segundo nome. Paulo talvez tenha ainda tido uma irmã, casada em Jerusalém (At 23.16).

EDUCAÇÃO

         Em Tarso, ele fora criado segundo os costumes estritamente judeus, obtendo possivelmente alguma noção da literatura pagã, mas ocupando-se principalmente com o Cânon hebraico.

Com a idade de 14 anos, quando ele deveria tornar-se filho da lei, seus pais o enviaram para Jerusalém, onde possivelmente residia sua irmã, e ali ficou entre os cuidados de Gamaliel, um médico grego e um doa mais destacados membros do Sinédrio, filho de Simeão e neto do célebre Hilel. Este era presidente do Sinédrio – a mais alta corte judaica – e recebeu o título de nasi, ou patriarca. Uma de suas decisões legais mais importantes foi acerca do pagamento de dívidas. Segundo a lei judaica, todas as dívidas eram canceladas no sétimo ano, o sabático. Isso significava que muitas pessoas de posses se recusavam a dar empréstimos no período imediatamente anterior ao ano sabático. Para evitar essa prática, Hillel promulgou uma lei que permitia ao credor fazer a seguinte declaração por escrito, em qualquer corte, no ato do empréstimo: ”Por meio deste, faço conhecer a vós, juízes deste lugar, que quero poder receber quaisquer dívidas a mim devidas, a qualquer momento que assim eu desejar”. Durante seu longo mandato como presidente do Sinédrio, Hillel estabeleceu as sete regras da hermenêutica, ou interpretação da Bíblia. Elas eram específicas quanto às inferências que poderiam ser feitas a partir dos princípios citados em duas ou mais partes das Escrituras.

Em Atos 5:34, Gamaliel destaca-se como grande tolerante. Ele apoiava um padrão de educação mais liberal do que se obtinha em outras escolas rabínicas. É bem possível que, não obstante seu espírito tolerante, teria influenciado as comissões dos fariseus que entrevistaram a Jesus com o intuito de confundi-lo nos seus discursos.

SAULO, O PERSEGUIDOR

         Embora Saulo fosse alguns anos mais moço que Jesus e estivesse ainda aos pés de Gamaliel durante o discurso público do Senhor, é razoável que ele visse e ouvisse Jesus, ainda que tal conhecimento de Cristo, segundo a carne (II Co 5:16; I Co 9:1) não lhe inspirasse qualquer interesse quanto à salvação. Ao Contrário, Saulo aparentemente, era antagônico a Cristo e à sua causa. Verdadeiramente, Saulo como fariseu dos fariseus, chegou a ter Cristo como inimigo do farisaísmo, aquele que seguia um caminho anti-patriótico, o qual não daria a raça hebraica a emancipação que ele almejava, Apesar de aluno de Gamaliel, Saulo não seguia o exemplo do mestre tolerante; porém com o ardor impetuoso da juventude, prontificou-se a empreender uma cruzada para sufocar o cristianismo.

Em Atos, Paulo aparece pela primeira vez na ocasião da morte de Estevão - este era um jovem seguidor dos ensinamentos de Jesus, capaz de grandes prodígios em meio ao povo. Foi um dos sete diáconos escolhidos pelos apóstolos, mas sua escolha irritou os judeus helenistas, e Estevão foi colocado, contra a própria vontade, em uma árida discussão na sinagoga. Mas seu “saber e espírito” mostraram-se superiores, e seus adversários não puderam vencer sua eloquência. Humilhados, estes buscaram uma desforra. Perpetrou-se uma falsa acusação com o apoio de falsas testemunhas, e Estevão foi preso e levado ao conselho. Talvez ele pudesse se salvar, se não tivesse acusado seus perseguidores de terem matado um justo, que era Jesus Cristo. Estevão rememorou a história dos judeus a partir de Abraão até Salomão, para no fim acusar os judeus de serem “duros de cerviz, incircuncisos de coração e de ouvidos” e resistentes ao Espírito Santo. Tomados de ira, seus acusadores o levaram para fora da cidade, onde ele foi executado por lapidação. Saulo, tudo leva a crer, participou desta execução.

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