Analises Pardise Now

Paradise Now acompanha a trajetória de dois amigos de infância, Said e Khaled, eles trabalhavam em uma mecânica simples; inicialmente passavam a imagem de relaxados, despreocupados com a vida - isso pode ser confirmado através de uma desavença com o patrão logo no início do filme. Como a maioria dos palestinos, querem os israelenses fora dos territórios ocupados para que possam estabelecer seu próprio país independente.

Tudo se transforma quando Jamal aparece na história, avisando os amigos de que teriam sido escolhidos para praticar um ato suicida que já vinha sendo estudado há dois anos. Ao receber a notícia, as reações são diferentes: enquanto Said fica em silêncio mesmo sendo doutrinado da cultura palestina desde a infância, custa acreditar que morreria; Khaled por sua vez, fica entusiasmado, honrado com o convite. Passaram a última noite com as famílias, cada um com o próprio sentimento, Said fica envolvido emocionalmente com Suha, uma cliente de onde trabalhava, que se opõe frontalmente com as missões suicidas, pois elas geravam um circulo de violência e retaliação, mesmo o laço e as argumentações não alteraram o pensamento sobre o plano.

Como de costume, todos os terroristas realizam a gravação de um vídeo , com a bandeira de Israel ao fundo. Said começa com a leitura do alcorão e diz adeus a todos, agradece a família, a Maomé e diz que Alá fala a verdade e jura morrer por essa ocupação sem fim. Após gravar sua despedida, ele diz, que o que lhe restou, fora seu corpo. Said deseja morrer como um homem bomba, um herói, e em nome de Alá, eles rezam e se despedem.

Said e Khaled , elegantemente bem vestidos de terno, pedem ao líder para que protejam as suas famílias e são elogiados por serem o orgulho de Israel, recebendo instruções para não terem medo dos soldados, porque eles os tem em suas mãos. E com confiança, na sua fé na religião, eles acreditam que depois da missão cumprida, virá dois anjos para buscá-los. Khaled em um dado momento questiona o amigo, se eles estão fazendo a coisa certa e este responde que sim e que em uma hora eles estarão no paraíso com Alá, são instruídos que se sentirem medo, que leiam o Alcorão e rezem. Ao tentar ultrapassar a barreira o plano não dá certo e na correria para escapar, Said corre e Khaled volta para o carro de Jamal e partem para o refúgio. Mas Said fica sozinho, diversos pensamentos envolvem sua mente, ele consegue ir à fronteira até um ponto de ônibus, onde poderia efetuar a missão, mas ao ver uma criança, reconhece o ato desumano que iria cometer caso continuasse. Durante um dia ele roda a cidade em busca de Khaled e Jamal, pensa em puxar a corda e acabar logo com tudo, entretanto acaba surpreendido por Khaled e Suha.

Em uma longa conversa com os responsáveis pelo plano, Khaled desiste da missão. Said sentiu uma vergonha profunda das ações de seu pai durante a maior parte de sua vida e muita raiva dos israelenses por forçarem seu pai a colaborar com eles. O que motivou Said a ser um homem-bomba foi seu sentimento de injustiça, que despertou seu desejo de vingança e do reconhecimento de sua dignidade; ele insiste em executar a missão pois a dignidade vale a pena e quer convencer o Mundo de que eles são vítimas e opressores ao mesmo tempo. Ele finge desistir do plano e espera o amigo entrar no carro, trava a porta e o carro sai em disparada com Khaled dentro do carro

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