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Cristianismo e Islamismo no Ocidente Medieval: identidade, crenças e conflitos

Por:   •  20/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.555 Palavras (11 Páginas)  •  94 Visualizações

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO        3

A Idade Média..............................................................................................................4

O cristianismo da Idade Média e o surgimento do Islão..............................................4

Península Ibérica e a formação do Al-Andalus............................................................6

As relações sociais no Al-Andalus...............................................................................7

Conflitos entre cristãos e muculmanos........................................................................7

Contribuições muçulmanas para a cultura ocidental...................................................8

CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................9

REFERÊNCIAS............................................................................................................9

INTRODUÇÃO

Ao pensar história, fazemos reflexão sobre o passado, e carregamos conosco nossos valores e cosmologia na busca por entendê-la. Por isso quando analisamos a história não conseguimos encontrar uma concordância nos historiadores quanto a datas, objetivos e motivações que desencadearam os fatos históricos estudados.

A Idade Média não escapou desse estereótipo, pelo contrário, as ideias são distintas sobre esse período da história. Os historiadores contemporâneos desse período, possuíam diferentes pontos de vista acerca do momento em que estavam vivendo. É o caso de Petrarca (1304-1374), estudioso toscano, que, ao valorizar os feitos culturais e artísticos da Antiguidade, via no momento de sua vida uma decadência e paralisia, um verdadeiro tempo de "escuridão". Desse modo ao refletirmos sobre Idade Média, carregamos um pensamento pejorativo em relação à filosofia, artes e quaisquer produções sociais.

Entretanto não é esta a total realidade, pois houve desenvolvimento das ciências naturais e sociais, artes, filosofia e grande expansão comercial que abriu o caminho para as chamadas “revoluções” posteriores. É nesse período de transformações, mudanças e miscigenação cultural que analisaremos as relações entre cristãos ocidentais e muçulmanos orientais na Península Ibérica. As relações nem sempre foram hostis e segregativas como pensamos, mas nesse período e território iremos perceber as relações de tolerância e certa harmonia religiosa e cultural.

A Idade Média

A data geralmente indicada como início da Idade Média é, como se sabe, o ano de 476, quando se deu a deposição do último Imperador romano no Ocidente, Rómulo Augústo (459-476). Entretanto os historiadores divergem entre datas e acontecimentos. Alguns apontam a entrada dos lombardos na Itália (567 ou 568), ou a chegada dos francos (774), e ainda é certo que, a presença islâmica no Mediterrâneo, a partir, dos séculos VII e VIII cria um importante marco temporal.

A zona geográfica, o ângulo de visão sob o qual são examinados os acontecimentos considerados fundadores, não só possibilita a periodização diferente, como também salienta. As transformações dos povos bárbaros e bizantinos subtraídos à presença os islâmicos, tendo em vista a imobilidade da sua cultura frente à expansão territorial, cultural, filosófica e artística do Império Muçulmano. Ainda podemos citar a separação da Igreja de Roma em relação à Oriental.

Como podemos perceber a Idade Média é um período histórico que pode ser entendido por diversos marcos e acontecimentos, bem como é encarado de maneiras distintas. Alguns historiadores sugerem que esse período deva ser denominado como “Idade das Trevas”, pelo obscurantismo intelectual. Entretanto as produções e avanços da Idade Média são até os dias atuais, um legado do qual podemos usufruir, senão vejamos: em 1316 Mondino de Liuzzi publica seu tratado de anatomia, dando início a ciência anatômica e a pratica cirúrgica no sentido moderno.

As nossas cidades ainda conservam catedrais góticas, na Idade Média cria-se um conceito de democracia, mesmo que ainda tímido. Neste mesmo período surgem as primeiras universidades de forma embrionária, a primeira universidade de Bolonha (1088). Ainda nessa época o papel substitui o pergaminho, e com Guido d’Arezzo nascem os nomes das notas musicais. E finalmente nos últimos decênios da Idade Média, aparece no Ocidente a pólvora de tiro. Boa parte das inovações e avanços da Idade Média se deu pelo contato com os Árabes, contato esse que nem sempre foi amigável, mas também não foi somente hostil.  

O cristianismo da Idade Média e o surgimento do Islão

A religião cristã na Idade Média, podemos dizer, estava consolidada e organizada, possuindo certo apoio do Estado e gozando de um prestígio sobre a sociedade medieval. A igreja através dos Papas era o governo teocrático que não deveria ser questionado. Entretanto a mesma enfrentava uma crise interna, estando dividida política e religiosamente. O grande cisma entre igreja Ocidental e Oriental é prova disso, dentre outros acontecimentos que apontam para essa divisão no cristianismo do medievo. Ainda pelo advento do pensamento filosófico e das heresias, a Igreja precisou organizar concílios para advogar em seu favor e identificar as ameaças intelectuais e doutrinarias, que em grande parte eram atribuídas à região da Arábia. A crescente busca pela racionalidade, causou na Igreja Cristã ataques externos ao seu discurso, caindo assim muitas vezes em certo descrédito perante à sociedade.

É nesse contexto de divisões internas e de opiniões externas que o Islão surge na Arábia, mais precisamente na região de Meca, e com muita celeridade, pouco mais de vinte anos, submete militar e religiosamente toda a Arábia. Em trinta anos conquista de modo estável a Síria e o Egito bizantinos, a Mesopotâmia e a parte ocidental da Pérsia. Esta rapidez causa total surpresa na Ásia, na África e na Europa. Até porque as informações sobre a Arábia e os nômades ou sedentários que ali habitam são insignificantes e, frequentemente, fantasiosas.

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