Educação. Educação Religiosa. Ética.

EDUCAÇÃO RELIGIOSA E ÉTICA

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como tema a Educação Religiosa, Ética, por entender que podem ser

despertados nas crianças desde as séries iniciais, os valores os quais tornam-se pilares para

um convívio em sociedade.

RELIGIÃO E ÉTICA

Quando o assunto é ética, segundo Catão (1995, p. 64) ressalta que primeiramente

devemos saber de que ética estamos falando, pois a maioria das pessoas pensa logo na lei de

Deus, ou melhor do que se vê na Bíblia:

Deus escolhe um povo e lhe impõe uma lei, sintetizada no decálogo recebido de

Moisés, cuja observância é a condição fundamental da salvação. Na história de

Israel, o povo feliz e livre, quando observa a lei, torna-se escravo e é derrotado,

quando a transgride. Na sua polêmica com os doutores da lei e os escribas, Jesus

disse claramente que não vinha abolir a lei, senão cumpri-la.

Portanto, não está claro que a ética bíblica é uma ética da lei e da obrigação a ser

cumprida. Catão (1995) acrescenta que a religião, entendida como exigências estabelecidas

por Deus, para que o ser humano viva e se realize, não é a primeira grande legitimadora de

uma ética da lei e da obrigação. No entanto, não se pode negar que a grande maioria das

pessoas, hoje em dia, sente a religião como um freio ao pleno desabrochar da liberdade do ser

humano. Toda religião que se preza impõe uma ética.

A ÉTICA SE CONSTRÓI

ainda Catão (1995, que a única forma de se estabelecer uma ética é de tentar

elaborá-la a partir do que o ser humano é, que determina a originalidade do seu agir. Precisa

que se deixe de lado a idéia de que ética e lei são equivalentes, considerando o que há de mais

importante, que é o sentido próprio da ética, isto é, uma reflexão sobre a retidão do agir

humano. Lembrando que, o que caracteriza o agir humano é a liberdade, sendo assim, toda

ética autenticamente humana há de ser construída a partir da liberdade.

Sob esse aspecto, “a liberdade é uma conquista, até mesmo última, na medida em que

a vida inteira pode ser entendida como um processo de progressiva libertação, que começou

com o primeiro choro da criança ao se ver libertada do ventre materno”.

ÉTICA E EDUCAÇÃO

Todo educador atento pode perceber o alcance pedagógico das colocações que

acabamos de fazer a respeito da ação humana e de sua originalidade como ação voluntária

livre, inaugurando o universo ético, em que, o que conta, é a fidelidade do sujeito aos valores

que considera tais, efetivamente vivida na relação interpessoal com os outros.

Contudo, não nos compete, aqui, discutir longamente os efeitos trazidos para a

educação religiosa por outras concepções da ação humana, da ética e da lei, herdeiras de

outras culturas e outras mentalidades, mas praticamente inassimiláveis pelo antropocentrismo

moderno e pelo subjetivismo da cultura contemporânea, fruto da crise da modernidade.

Para Catão (1993), a educação religiosa deve considerar o educando como sujeito do

seu próprio desenvolvimento, segundo o autor a educação só se pode fazer a partir do sujeito,

como progressivo aprendizado da liberdade, numa vida que deve ser vivida em sintonia com

os valores que lhe dão sentido, na trama, real e concreta das relações interpessoais.

Figueiredo (1998) acrescenta que a educação religiosa deve ter como principal objeto

levar a descobrir Deus na vida. Mas independentemente desta posição proselitista do autor, a

educação religiosa pode proporcionar ao educando os elementos indispensáveis para que se

posicione

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