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FIDELIDADE A DEUS

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Por:   •  5/10/2013  •  Resenha  •  1.211 Palavras (5 Páginas)  •  357 Visualizações

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FIDELIDADE A DEUS

Depois das primeiras prédicas de Jesus, respeito aos trabalhos ingentes que a

edificação do reino de Deus exigia dos seus discípulos, esboçou-se na fraterna

comunidade um leve movimento de incompreensão. Quê? pois a Boa Nova

reclamaria tamanhos sacrifícios? Então o Senhor, que sondava o íntimo de seus

companheiros diletos, os reuniu, uma noite, quando a turba os deixara a sós e já

algumas horas haviam passado sobre o pôr do Sol.

Interrogando-os vivamente, provocou a manifestação dos seus pensamentos e

dúvidas mais íntimas. Após escutar-lhes as confidências simples e sinceras, o

Mestre ponderou:

Na causa de Deus, a fidelidade deve ser uma das primeiras virtudes. Onde o filhoe o pai que não desejam estabelecer, como ideal de união, a confiança integral e

recíproca? Nós não podemos duvidar da fidelidade do Nosso Pai para conosco.

Sua dedicação nos cerca os espíritos, desde o primeiro dia. Ainda não o

conhecíamos e já ele nos amava. E, acaso, poderemos desdenhar a possibilidade

da retribuição? Não seria repudiarmos o título de filhos amorosos, o fato de nos

deixarmos absorver no afastamento, favorecendo a negação?

Como os discípulos o escutassem atentos, bebendo-lhe os ensinos, o Mestre

acrescentou:

Tudo na vida tem o preço que lhe corresponde. Se vacilais receosos ante as

bênçãos do sacrifício e as alegrias do trabalho, meditai nos tributos que a

fidelidade ao mundo exige. O prazer não costuma cobrar do homem um imposto

alto e doloroso? Quanto pagarão, em flagelações íntimas, o vaidoso e o avarento?

Qual o preço que o mundo reclama ao gozador e ao mentiroso?

Ao clarão alvacento da Lua, como pai bondoso rodeado de seus filhinhos, Jesus

reconheceu que os discípulos, diante das suas cariciosa pérguntas, haviam

transformado a atitude mental, como que iluminados por súbito clarão.

Timidamente, Tiago, filho de Alfeu, contou a história de um amigo que arruinara a

saúde, por excessos nos prazeres condenáveis.

Tadeu falou de um conhecido que, depois de ganhar grande fortuna, se havia

tornado avarento e mesquinho a ponto de privar-se do necessário, para multiplicar

o número de suas moedas, acabando assassinado pelos ladrões.

Pedro recordou o caso de um pescador de sua intimidade, que sucumbira

tragicamente, por efeito de sua desmedida ambição.

Jesus, depois de ouvi-los, satisfeito, perguntou:

Não achais enorme o tributo que o mundo exige dos que se apegam aos seus

gozos e riquezas? Se o mundo pede tanto, por que não poderia Deus pedir-nos

lealdade ao coração? Trabalhamos agora pela instituição divina do seu reino na

Terra; mas, desde quando estará o Pai trabalhando por nós?

As interrogativas pairavam no espaço sem resposta dos discípulos, porque, acima

de tudo, eles ouviam a que lhes dava o próprio coração.

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Do firmamento infinito os reflexos do luar se projetavam no lençol tranqüilo do

lago, dando a impressão de encantador caminho para o horizonte, aberto sobre as

águas, por entre deslumbramentos de luz.

Enquanto os companheiros meditavam no que dissera Jesus, Tiago se lhe dirigiu,

nestes termos:

Mestre, tenho um amigo, de Corazim, que vos ouviu a palavra santificante e

desejava seguir-vos; porém, asseverou-me que o reino pregado pela vossa

bondade está cheio de numerosos obstáculos, acrescentando que Deus deve

mostrar-se a nós outros somente na vitória e na ventura. Devo confessar que

hesitei ante as suas observações, mas, agora, esclarecido pelos vossos

ensinamentos, melhor vos compreendo e afirmo-vos que nunca esquecerei minha

fidelidade ao reino!...

A voz do apóstolo, na sua confissão espontânea, se revelava tocada de

entusiasmo doce e amigo e o Senhor, aproveitando a hora para a semeadura

divina, exclamou, bondoso:Tiago, nem todos podem compreender a verdade de uma só vez. Devemos

considerar que o mundo está cheio de crentes que não entendem a proteção do

céu, senão nos dias de tranqüilidade e de triunfo. Nós, porém, que conhecemos a

vontade suprema, temos que lhe seguir o roteiro. Não devemos pensar no Deus

que concede, mas no Pai que educa; não no Deus que recompensa, sim no Pai

que aperfeiçoa. Daí se segue que a nossa batalha pela redenção tem de ser

perseverante e sem trégua...

Nesse ínterim, todos os companheiros de apostolado, manifestando o interesse

que os esclarecimentos da noite lhes causavam, se puseram a perguntar, com

respeito e carinho:

Mestre exclamou um deles —, não seria melhor exiJirmos do mundo para viver

na incessante contemplação

...

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