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Globo

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Por:   •  3/9/2014  •  Tese  •  704 Palavras (3 Páginas)  •  189 Visualizações

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Religião da Humanidade foi criada por Comte a partir de sua busca por uma espiritualidade plenamente humana, adaptada a uma época em que o ser humano pode viver esclarecido pela ciência, com uma atividade prática totalmente pacífica e baseada no altruísmo.

Entre 1830 e 1842 Comte publicou seu Sistema de Filosofia Positiva, em que repassou os principais resultados científicos de sua época, sistematizando-os e elaborando uma Filosofia da História e uma Filosofia da Ciência, assim, como, principalmente, criou a Sociologia. Após esse esforço, publicou entre 1851 e 1854 o Sistema de Política Positiva, em que se baseou nos principais resultados do Sistema de Filosofia mas deu um passo além, ao lançar as bases da nova espiritualidade a que nos referimos acima.

Templo Positivista em Porto Alegre

Devido ao linguajar empregado nessa nova obra - bem menos impessoal - e devido às referências a Clotilde de Vaux (sua esposa subjetiva e inspiradora), muitos pensadores afastaram-se do Positivismo, aceitando apenas sua obra "filosófica" ou "científica". Todavia, o próprio Comte sempre afirmou que os "verdadeiros positivistas são os religiosos", enquanto os outros são "positivistas incompletos". Seguem-se as próprias considerações de Auguste Comte a este respeito:

"O nome religião não apresenta, pela sua etimologia, nenhuma solidariedade necessária com as opiniões quaisquer que possam ser empregadas para atingir o fim que ele designa. Em si mesmo, este vocábulo indica o estado de completa unidade que distingue nossa existência, ao mesmo tempo pessoal e social, quando todas as suas partes, tanto morais como físicas, convergem habitualmente para um destino comum. Assim, este termo seria equivalente à palavra síntese, se esta não estivesse, segundo um uso quase universal, limitado hoje ao domínio só do espírito, ao passo que a outra compreende o conjunto dos atributos humanos. A religião consiste, pois, em regular cada natureza individual e em congregar todas as individualidades; o que constitui apenas dois casos distintos de um problema único. Visto que todo homem difere sucessivamente de si mesmo tanto quanto difere simultaneamente dos outros; de maneira que a fixidez e a comunidade seguem leis idênticas (“regular e congregar exigem necessariamente as mesmas condições fundamentais. A diversidade dos indivíduos não ultrapassa a dos estados sucessivos de cada espírito, de conformidade com o conjunto de suas dependências, exteriores e interiores. Toda doutrina própria para regular plenamente um só entendimento torna-se capaz de congregar gradualmente os outros cérebros, cujo número só pode influenciar na rapidez desse concurso. Este critério natural constituiu sempre a fonte secreta da confiança involuntária dos diversos renovadores filosóficos no ascendente social de todo sistema dignamente sancionado por essa prova pessoal. A fixidez de suas próprias convicções assegurava necessariamente a universalidade final dele”) (SPP, II, p. 10).

“Não podendo semelhante harmonia, individual ou coletiva, realizar-se nunca plenamente em uma existência tão complicada como a nossa, esta definição da religião caracteriza, portanto, o tipo imutável para o qual tende cada vez mais o conjunto dos esforços humanos. Nossa felicidade e nosso mérito

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