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Guerra Israel X Palestina

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Por:   •  21/8/2014  •  3.524 Palavras (15 Páginas)  •  450 Visualizações

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O conflito israel-palestino (português brasileiro) ou conflito israelo-palestiniano (português europeu) é a designação dada à luta armada entre israelenses e palestinos, sendo parte de um contexto maior, o conflito árabe-israelense. As raízes remotas do conflito remontam aos fins do século XIX quando colonos judeus começaram a migrar para a região e se juntar a outros judeus remanecentes das invasões históricas. Sendo os judeus um dos povos do mundo que não tinham um Estado próprio, tendo sempre sofrido por isso várias perseguições, foram movidos pelo projeto do sionismo - cujo objetivo era refundar na Palestina um estado judeu. Entretanto, a Palestina que já era habitada há milenios por judeus, nos ultimos séculos foi habitada por uma maioria árabe muitos oriundos da Síria e outros locais vizinhos dentro também do império Turco-otomano em busca de pastoreio e outros trabalhos.

Índice [esconder]

1 História

1.1 Fim do Século XIX - 1920: Origens

1.2 1920 - 1948: Mandato Britânico da Palestina

1.3 1948 - 1967

1.4 1967 - 1993

1.5 1993 - 2000: processo de paz de Oslo

1.6 2000-2009

1.7 2010-presente

2 As questões atuais em disputa

2.1 Questões centrais

2.2 Outras questões

3 Histórico Demográfico

3.1 Século XIX - 1948

3.2 1949 - 1967

3.3 1967 - até hoje

4 Notas e referências

5 Ver também

6 Ligações externas

História

Fim do Século XIX - 1920: Origens

Ver artigo principal: Sionismo, Declaração de Balfour e Correspondência Hussein-McMahon

As tensões entre judeus e árabes começaram a emergir a partir da década de 1890, após a fundação do movimento sionista, e principalmente quando judeus provenientes da Europa começaram a emigrar, formando e aumentando comunidades judaicas na Palestina, quer por compra de terras dos otomanos, quer por compra direta a árabes proprietários de terrenos. No século XIX, quando propagava a ideia da migração em massa para o Oriente Médio, o movimento sionista cunhou um slogan famoso: "a Palestina é uma terra sem povo para um povo sem terra". A ideia não era de que o local estava vazio, mas sim de que os quase 500 mil habitantes do local no meio do sec XIX, sendo cerca de 350 mil árabes 80 mil judeus e ainda outros grupos nunca haviam formado um estado soberano naquele território tendo sempre sido terras colonias de grandes imperios. Mas o que deixou os árabes residentes na região da palestina furiosos, foi o fato de que fosse fundado um estado onde a religião não fosse a islâmica.1 Estabeleceram-se assim comunidades agrícolas nas terras históricas da Judeia e de Israel, que eram então parte do Império Otomano.2

Zonas de influência francesa e britânica estabelecidas pelo Acordo Sykes-Picot

Em 2 de novembro de 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, o Ministro Britânico de Relações Exteriores, Arthur Balfour, emitiu o que ficou conhecido como a Declaração de Balfour, que diz: "O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento na Palestina de um lar nacional para o Povo Judeu…". A pedido de Edwin Samuel Montagu e de Lord Curzon, uma linha foi inserida na declaração afirmando "que seja claramente entendido que nada será feito que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não-judaicas na Palestina, ou os direitos e estatuto político usufruídos pelos judeus em qualquer outro país".3 A Legião Judaica, um grupo de batalhões compostos sobretudo de voluntários sionistas, havia assistido os britânicos na reconquista da Palestina.4 A utilização do termo ambíguo "lar nacional" alarmou os árabes e, de forma a aplacá-los, em 7 de novembro de 1918 o Reino Unido assinou com a França a Declaração Anglo-Francesa,5 declarando como objetivo comum a ambos os países "a libertação final e completa dos povos que há muito vêm sendo oprimidos pelos turcos, e o estabelecimento de governos nacionais e administrações (na Síria, Iraque e Palestina) cuja autoridade deriva do livre exercício da iniciativa e escolha por parte das populações indígenas".6 No entanto, em 1919, num memorando governamental interno, Balfour declarou que não tinha intenção de consultar os habitantes da Palestina sobre as suas aspirações, contrariando assim a Declaração de 1918 e a Declaração de Balfour na sua promessa de não prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não-judaicas da Palestina.5 A oposição árabe a este plano levou aos motins de 1920 na Palestina e à formação da organização judaica conhecida como Haganah ("a Defesa", em hebraico), da qual mais tarde se separaram os grupos Irgun e Lehi.7

Assinado em janeiro de 1919, o Acordo Faysal-Weizmann promovia a cooperação árabe e judaica para o desenvolvimento de uma Terra de Israel na Palestina e uma nação árabe numa larga parte do Oriente Médio.

1920 - 1948: Mandato Britânico da Palestina

Ver artigo principal: Mandato Britânico da Palestina e Declaração de Independência do Estado de Israel

Em 1920, a Conferência de San Remo, suportada em grande medida pelo Acordo Sykes-Picot (acordo anglo-francês de 1916), alocava ao Reino Unido a área que presentemente constitui a Jordânia, a área entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo e o Iraque. A França recebeu a Síria e o Líbano.

Em 1922, a Liga das Nações concedeu ao Reino Unido um mandato na Palestina em condições semelhantes à Declaração Balfour.8 A população da área neste momento era predominantemente muçulmana, enquanto na maior área urbana da região, Jerusalém, era majoritariamente judaica.9

A Grande revolta árabe

O líder religioso muçulmano Mohammad Amin al-Husayni opôs-se à ideia da independência de parte da região da Palestina no Estado de Israel, objetando a qualquer forma de Terra de Israel. Durante a década de 1920 do Século XX, as tensões

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