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História da Antiga Igreja De Lutero a Nossos Dias

Por:   •  3/10/2015  •  Resenha  •  968 Palavras (4 Páginas)  •  338 Visualizações

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Os oito artigos que seguem são da autoria de Dom Henrique Soares da Costa

Depois de termos feito uma introdução geral aos sacramentos, vamos, agora, começar a apresentar, um por um, cada sacramento. Iniciaremos pelo Batismo. Vamos aos pouco, para deixar bem claro toda sua riqueza e importância para a nossa vida, já que, em geral, é um sacramento tão ignorado... quando, na verdade, é o segundo em importância – só perde para a Eucaristia. Vale a pena meditar sobre este sacramento, afinal quase ninguém tem uma espiritualidade batismal. Você duvida? Então responda duas perguntas: qual a data do seu Batismo? Você a celebra? Vai à Missa nesse dia? Reflete, agradecido, sobre o dom que o Senhor lhe fez? Pois, aí está!

Antes de mais nada é importante observar que ninguém pode compreender o Batismo sem levar em conta o que aconteceu com Jesus na madrugada daquele Domingo da Páscoa. Foi ali que tudo começou: o cristianismo, a fé apostólica e a nossa fé, a salvação e a Igreja! Tudo tem seu início na Páscoa!

Seria bom recordar o que já escrevi a respeito da Ressurreição de Jesus naqueles artigos sobre escatologia. Na madrugada do primeiro dia após o sábado dos judeus, o Pai derramou o Espírito Santo, Espírito de ressurreição sobre o Filho Jesus: seu corpo e sua alma foram ressuscitados. Ele ficou pleno do Espírito Santo, de modo que toda a sua natureza humana encontra-se gloriosa: “Ele foi manifestado na carne (na nossa natureza humana) e justificado (ressuscitado) pelo Espírito” (1Tm 3,16). “A este Jesus, Deus o ressuscitou... exaltado pela Direita de Deus, ele recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e o derramou” (At 2,32s). Isto mesmo: Jesus, totalmente glorificado pelo Espírito, ainda na tarde daquele mesmo Domingo da Ressurreição, entrou no Cenáculo de Jerusalém e derramou o seu Espírito – Espírito de ressurreição – sobre seus Apóstolos, alicerces de sua Igreja: “A paz esteja convosco! Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais retiverdes, ser-lhes-ão retidos!” (Jo 20,19ss). É preciso compreender bem este texto importantíssimo! Jesus aqui, batiza seus Apóstolos no Espírito Santo! Lembram-se que João Batista já o havia prometido? “Aquele que me enviou a batizar com água disse-me: “Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer é o que batiza no Espírito Santo”. E eu vi e dou testemunho que ele é o Eleito de Deus” (Jo 1,33s). “Eu vos batizo com água, mas vem aquele que vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo” (Lc 3,16). Pois bem, o batismo de João Batista era com água, preparando a vinda do Messias. Esta batismo de João ainda não é o sacramento do Batismo, ainda não é o sacramento cristão! Lembrem-se que “messias” significa “ungido”, isto é, ungido com o Espírito Santo: “O Espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor me ungiu” (Lc 4,18). É o Messias, ungido pelo Espírito na Ressurreição, quem batizará no Espírito! Os cristãos não têm e nunca tiveram “batismo nas águas” – como algumas seitas gostam de dizer: nosso batismo é no Espírito! Falar em “batismo nas águas” é voltar ao Antigo Testamento, é parar em João Batista! Veremos isso bem direitinho mais adiante.

Então, Jesus, na tarde da Ressurreição, batizou sua Igreja no Espírito: Espírito de ressurreição, Espírito no qual Deus criou tudo, Espírito que é dado para a remissão dos pecados! Foi naquele Domingo de Páscoa que os apóstolos tornaram-se cristãos – isto é, receberam a Vida nova do Cristo ressuscitado, foram transfigurados em Cristo. Por isso podemos dizer que aqui nasceu a Igreja: na ressurreição! Aqui ela foi batizada e recebeu o poder de batizar: “Como o Pai me enviou assim também eu vos envio!” (Jo 20,21). Isto quer dizer que, a partir da Ressurreição do Senhor, a Igreja deve batizar (= mergulhar, em grego) todo aquele que crê, toda a humanidade que acolher Jesus ressuscitado, nas águas do Batismo! Mas, o que significam estas águas? Significam o Espírito Santo, aquele Espírito prometido, aquele Espírito que ressuscitou o Senhor Jesus! É isto que o Evangelho de João quer dizer ao afirmar: “Em verdade, em verdade, te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5). Observem: nascer da água, que é símbolo, sinal, do Espírito! Isto é confirmado pelo mesmo Evangelho, mais adiante: “No último dia da festa, o mais solene, Jesus, de pé, disse em alta voz: ‘Se alguém tem sede, venha a mim e beba, aquele que crê em mim!’ – conforme a palavra da Escritura: ‘Do seu seio jorrarão rios de água viva’. Ele falava do Espírito que deviam receber aqueles que tinham crido nele; pois não havia ainda Espírito, porque Jesus ainda não fora glorificado” (Jo 7,37ss). Compreendamos bem: de Jesus ressuscitado (glorificado) jorrará para quem crer, um rio de água viva: o Espírito Santo! Portanto, a água na qual os cristãos batizam não é mais um elemento natural que simplesmente purifica o corpo, mas é símbolo do Santo Espírito que Jesus ressuscitado nos dá por sua Ressurreição. Nosso Batismo (= mergulho) – que fique bem claro mais uma vez! - não é “nas águas”, mas no Espírito!

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