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O QUE É PAGANISMO, NEOPAGANISMO, BRUXARIA E WICCA? QUAIS AS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE ESTES CAMINHOS?

Monografias: O QUE É PAGANISMO, NEOPAGANISMO, BRUXARIA E WICCA? QUAIS AS SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE ESTES CAMINHOS?. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/9/2013  •  1.606 Palavras (7 Páginas)  •  639 Visualizações

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Sempre me deparo com pessoas que me perguntam a diferença entre Wicca e Bruxaria, entre paganismo e neopaganismo, se todo pagão é Wiccano ou Bruxo e uma série de outras indagações, pois bem, neste artigo tento esclarecer estas diferenças e as possíveis semelhanças, mas destaco aqui que vou postar segundo a minha opinião e estudos, não necessariamente sou a dona da verdade, ok?

Primeiramente creio ser necessário a assimilação dos conceitos de Paganismo e Neopaganismo.

Encontramos diversos conceitos para o termo Paganismo, vou destacar aqui os principais:

Após o advento do cristianismo, o termo pagão passou a designar as pessoas de todas as religiões não abraâmicas que eram consideradas infiéis, que não fossem adeptos da fé judaico-cristã.

Entretanto, o termo paganismo deriva do Latim Paganus que significa "camponês", “homem do campo”, ou ainda, pode-se referir de maneira geral, a tradições religiosas politeístas, ao culto e respeito as forças da natureza.

A Wikipédia – Enciclopédia Livre destaca alguns pontos que no geral são comuns a todas as sociedades de Cultura Pagã:

 Imanência Divina: “a divindade se encontra na própria Natureza (o que inclui os humanos), manifestando-se através dos seus fenômenos”;

 A ausência da noção de pecado, inferno e mal absoluto.

 A sacralidade da Terra também levou à ausência de templos, o que, no entanto, não impede a noção de Sítios Sagrados, em geral bosques, poços ou montanhas. (Templos Pagãos são um desenvolvimento muito posterior).

 A imanência dos deuses e a ideologia da ancestralidade divina, confere à divindade características antropomórficas e as relações tendem a ser estreitadas ao longo da vivência religiosa.

 O calendário religioso se confunde com o calendário sazonal e agrícola, o que lhe confere um caráter de fertilidade. Portanto, as festividades acontecem nos momentos de mudança e auge de ciclos naturais.

 Ausência de dogmatismos ou estruturas religiosas padronizadas, havendo, pois, uma grande liberdade de culto: cada cidadão tem liberdade de cultuar dos Deuses em sua casa, da forma que desejarem. Basicamente, é uma religiosidade doméstica ou de pequenos grupos com laços de sangue ou de compromisso. No entanto, os Grandes Festivais são sempre rituais comunitários, pois comprometem todos os membros da comunidade.

 A relação mágica com a Natureza obviamente se traduz numa religiosidade mágica, isto é, a espiritualidade pode ser atingida pela manipulação da carne e dos elementos, através do corpo e da manipulação da natureza, os chamados "feitiços".

 O respeito aos ancestrais e o tradicionalismo que isso implica, faz das religiões pagãs uma experiência de continuidade do egrégor ancestral, ou seja, a repetição dos mesmos ritos, na mesma época, cria a união mística com todos aqueles que já celebraram antes. Nesse momento, o tempo é rompido e se estabelece uma relação mágica com ele também: a repetição do rito torna presente o momento primitivo da sua realização e todos aqueles que, ao longo dos séculos, dele tenham participado.

 A perspectiva cíclica do tempo dá a certeza do eterno retorno.

 Obviamente, diferentes povos da Cultura Pagã desenvolveram suas liturgias e costumes religiosos típicos, locais e ancestrais, o que pode aparecer como diferenças entre religiões. No entanto, essas características básicas permanecem, pois são típicas do Paganismo.

O paganismo tem suas origens no Período Paleolítico onde o relacionamento do homem com a Natureza era fundamental para a manutenção de sua vida e dos clãs, por isso esta era considerada sagrada.

Dentro do Paganismo (cultura) existem diversos caminhos (religiões que manifestam a cultura pagã), com liturgias e culturas próprias, mas no geral as características destacadas acima são inerentes a todas elas.

Prudence Jones e Nigel Pennick em seu livro "História da Europa Pagã" (1995) classifica "as religiões pagãs" pelas seguintes características:

 Politeísmo: religiões pagãs que reconhecem uma pluralidade de seres divinos, que podem ou não podem ser considerados aspectos de uma unidade básica;

 "Baseado na natureza": as religiões pagãs que têm uma noção da divindade da natureza, que eles veem como uma manifestação do divino, não como a criação do "caído" encontrado na cosmologia dualista.

 "Sagrado feminino": religiões pagãs que reconhecem "o princípio feminino divino", identificado como "Deusa" (em oposição a deusas individuais), além ou no lugar do princípio divino masculino, expressa no Deus abraâmico.

Já o neopaganismo é a tentativa do resgate e/ou da reconstrução e adaptação desta antiga forma de cultuar os deuses, de vivenciar esta espiritualidade.

Entre as religiões neopagãs podemos destacar a Wicca, o neodruidismo, o neopaganismo germânico, o neopaganismo eslavo, reconstrucionismos Celtas, Nórdicos, dentre outras.

Sendo assim, um neopagão é aquele que tenta resgatar a cultura, vivência e práticas ancestrais pagãs, entretanto que vive na cidade e se utiliza da ciência e tecnologias atuais em seu dia a dia.

Agora que temos claro os conceitos de paganismo e neopaganismo, vamos seguir a diante.

Muita gente confunde Bruxaria e Wicca como se fossem a mesma coisa, mas surgiram em épocas e com conceitos distintos.

Em minhas pesquisas sobre o assunto achei uma definição sucinta mas que serve bem para que os iniciantes entendam esta diferença.

“Bruxaria é uma das diversas crenças advindas do conceito paganismo, sua essência são os cultos pré-cristãos nascidos no continente europeu, onde suas bases são o politeísmo, a ancestralidade, o folclore regional (costumes, práticas e espiritualidade de um povo)”. (Nyctaluz Noctula, disponível em http://nyctaluznoctula.blogspot.com.br, 2012).

Vemos o início da bruxaria no período neolítico, anterior aos sabbats, cujos conhecimentos e práticas eram passados oralmente. No final do período neolítico temos a criação da Roda do ano com o objetivo de agregar os fatores necessários para que estes povos instruíssem verbalmente seus descendentes sobre suas crenças religiosas, as tradições, ensinamento, e principalmente a forma certa de lidar com a terra e seus animais (a época certa de arar, a de plantar, colher, a época do acasalamento de

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