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O principal significado da hermenêutica bíblica, católica e pentecostal

Relatório de pesquisa: O principal significado da hermenêutica bíblica, católica e pentecostal. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  20/2/2014  •  Relatório de pesquisa  •  6.277 Palavras (26 Páginas)  •  410 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Uma melhor compreensão dos textos bíblicos é o que a hermenêutica tem proporcionado a todos aqueles que buscam adquirir um conhecimento mais minucioso, através da pesquisa e de uma leitura contextualizada que leva ao leitor a consciência de si mesmo capacitando-o a aplicação do texto em sua vida.

Este trabalho traz de forma resumida a história e o contexto histórico em que culmina o ponto principal das hermenêuticas bíblicas, católica e pentecostal, como se expandiram e promoveram a leitura bíblica na América Latina e, em especial, no Brasil.

A Hermenêutica Pentecostal no campo do Protestantismo Evangélico, e a Hermenêutica da Libertação no campo Católico, onde as duas se identificam e se contrariam. Como criaram suas identidades nacionais; E as metodologias usadas por ambas para a propagação da leitura bíblica.

A hermenêutica pentecostal traz um projeto de leitura bíblica onde se oferecia salvação aos marginalizados, a EBD a princípio de forma pedagógica com crianças, por fim, na formação do caráter das mesmas. O pobre é protagonista desta visão. Leigos pregando para leigos, motivos pelos quais conquistaram tanto espaço, devido à identificação de sua maioria.

A Teologia da libertação traz um projeto de leitura bíblica no campo Católico, no anseio de corresponder a expectativas de seus fieis insatisfeitos com os sermões e sedentos de conhecerem a palavra, a hermenêutica bíblica foi desenvolvidas em comunidades marginalizadas tendo também na população menos favorecida, seu objeto principal, e nos seus círculos bíblicos o método mais expressivo.

A condição de entendimento entre as hermenêuticas, os pontos em comum e o embate das duas teologias promovem um enriquecimento e um inquietamento em nós no sentido de entendermos a construção dessa história, desde a época embrionária até o momento de agora, para que cheguemos à construção de um conhecimento mais apurado.

A compreensão dessas duas teologias promovedoras de “libertação” resumidas e também de forma crítica é o que se segue.

A PALAVRA DE DEUS NO BRASIL: o contexto hermenêutico

Este capítulo demonstra o contexto histórico em que os grandes eixos das hermenêuticas bíblicas, católica e pentecostal, se fixaram e fomentaram a leitura bíblica na América Latina e, em especial, no Brasil. Neste longo processo, seja no âmbito católico ou pentecostal, transformações no modo de leitura bíblica foram implementadas com o objetivo de dar aos leitores da Bíblia uma boa compreensão das Sagradas Escrituras e, sobretudo, demonstrar sua relevância no contexto de pobreza e injustiça social.

A PRESENÇA DAS IGREJAS CRISTÃS NA AMÉRICA LATINA: grandes momentos

A História da Igreja na América Latina se inicia com a chegada de espanhóis e de portugueses ao Continente e com o transplante do cristianismo ibérico. Conforme relatado pela Comissão de Estudos da Igreja na América Latina. (CEHILA)

Este período está marcado pela expansão e hegemonia do capitalismo mercantil. E o cristianismo chega meio a contradições. Navios que transportavam ouro, prata, especiarias, açúcar e escravos, também, transportavam missionários, fiéis, livros e canhões. Essa primeira época termina com o surgimento da revolução industrial. A expansão do domínio inglês e do anglicanismo, a expansão do Norte da Europa, o colonialismo e o luteranismo.

A segunda época inicia-se com a invasão das tropas napoleônicas em Portugal. A terceira época começa em 1959. O ano é significativo, pois sinaliza mudanças tanto na área político-ideológica, com a revolução cubana, quanto no campo religioso, pois João XXIII determinou, em janeiro, a realização de um Concílio Ecumênico, conhecido como Vaticano II.

Entre os anos de 1880 e 1914, surge o fenômeno do imperialismo, acompanhado pelo liberalismo, positivismo, cientificismo, expansão protestante e dependência econômica.

O período posterior corresponde à crise do modelo populista. A igreja, que se aliara ao populismo, busca a renovação através de três elementos: a) acompanhamento do projeto desenvolvimentista (Aliança para o Progresso) b) o choque com os Estados de Segurança Nacional e c) a crise do socialismo real e o choque do neoliberalismo geram o neoconservadorismo.

Eduard Hoornaert afirma que a evangelização da América Latina ocorreu através de dois caminhos: a catequese e as devoções. A história das igrejas cristãs na América Latina se deu em quatro grandes épocas: primeira, do descobrimento a meados do século XVI; segunda, dos Meados do século XVI a 1620; terceira época, de 1620 ao século XVIII, e quarta época, de meados do século XVIII ao século XX. Épocas marcadas por períodos estruturantes na composição do cristianismo latino-americano.

O USO DA BÍBLIA PELAS IGREJAS CRISTÃS NO BRASIL: elementos históricos

A introdução da Bíblia no Brasil começou discretamente em 1814. Exemplares de Novos Testamentos e Bíblias completas eram distribuídos a bordo de navios que deixavam Lisboa e em portos ingleses donde saíam navios com destino ao Brasil.

Foi o pastor batista escocês James Thomson, quem introduziu a Bíblia em quase todos os países da América Latina. O segundo foi o missionário metodista americano Daniel Parish Kidder, correspondente da Sociedade Bíblica Americana no Brasil. Os colportores, pessoas que se ocupam da circulação da Bíblia por motivação missionária, vendiam e ofertavam, de porta em porta, não apenas a tradução de João Ferreira de Almeida, mas também a tradução do padre Antonio Pereira de Figueiredo. A Bíblia precedeu a implantação das primeiras igrejas protestantes no Brasil. Os primeiros exemplares das Sagradas Escrituras chegaram em 1814 e depois a chegada do primeiro missionário protestante.

Na primeira metade do século XIX, o catolicismo romano mostrou a sua preocupação com a disseminação da Bíblia feita pelos protestantes por meio de várias encíclicas. As mais importantes foram: Ubi primum, promulgada pelo papa Leão XII; alerta aos católicos sobre a rejeição, à Tradição e aos Pais da igreja pela sociedade bíblica produzindo um “evangelho do diabo”.

Na Traditi humilitati, promulgada pelo papa Pio VIII, chama os protestantes de hereges e disseminadores de um livro ―pestilento‖ – tradução de Almeida. Já na encíclica Qui pluribus, promulgada pelo papa Pio IX, exorta o fiel a ficar longe de livros infecciosos e a fugir de seitas e sociedades dos infiéis.

Grandes eixos da hermenêutica católica

A leitura bíblica no

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