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Resenha Critica do livro de J. C. RYLE, Adoração - Prioridade, Princípios e Prática.

Por:   •  5/5/2022  •  Resenha  •  1.771 Palavras (8 Páginas)  •  120 Visualizações

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Trata-se de resenha critica do livro de J. C. RYLE, Adoração - Prioridade, Princípios e Prática. São Paulo: Editora Fiel, 2010.

Na introdução ao autor trouxe que vivemos em uma época em que há grande quantidade de adoração religiosa pública, onde frequentar um lugar de adoração tem se tornado comum. Há uma pergunta importante a ser respondida: “Como adoramos?”  

Para J. C. Ryle, nem toda adoração religiosa é correta aos olhos de Deus, já que a Bíblia fala sobre a adoração realizada “em vão”, bem como sobre a adoração verdadeira; sobre o “culto de si mesmo”, bem como sobre a adoração espiritual. Assim, a pergunta “Como adoramos?” é bastante séria.  

O livro discorre sobre a adoração e estabelece alguns princípios bíblicos a respeito dele, sendo eles: a importância geral da adoração pública, os princípios norteadores da adoração pública, as partes essenciais da adoração pública completa, as coisas a serem evitadas na adoração pública e os testes pelos quais nossa adoração pública deve ser provada.

No primeiro capítulo, o escritor, traz considerações acerca da importância geral da adoração pública, onde ele ousa a dizer, que sempre foi uma marca dos servos de Deus. O homem, por regra geral, é um ser social e não gosta de viver separado de seus semelhantes. Assim, Deus fez uso desse poderoso princípio e ensinou o seu povo a adorá-lo de modo coletivo, em público, e de modo individual, em particular.

Do começo ao fim da Bíblia, podemos acompanhar a adoração pública na história dos santos de Deus. Podemos vê-la na primeira família que viveu na terra. A história de Caim e Abel, gira em torno de atos de adoração pública, a de Noé, também, pois, após Noé e sua família saírem da arca, foi um ato solene de adoração pública; dentre outras. Fato é que o próprio Senhor Jesus fez uma promessa especial de que estaria presente onde estivessem dois ou três reunidos em seu nome.

Na leitura do livro, descobrimos que desde os dias dos apóstolos até agora a adoração pública tem sido um dos grandes instrumentos de Deus em fazer o bem à alma dos homens. Nunca devemos esquecer as solenes palavras da Epístola aos Hebreus: “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações” (Hb 10.25). E não tenhamos dúvida de que, no decorrer da vida, isso nos faz bem. Comprovemos que estamos preparados para o céu por meio de nossos sentimentos para com as congregações terrenas do povo de Deus. Feliz é o homem que pode dizer como Davi: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR”; “Prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade” (Sl 122.1; 84.10).

Já no segundo capítulo, o tema gira em torno dos princípios norteadores da adoração pública. O primeiro princípio abordado pelo escritor é que a a verdadeira adoração pública dever ser direcionada ao objeto correto, haja vista que está dito com clareza, tanto no Antigo como no Novo Testamento: “Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto” (Mt 4.10; Dt 6.13). O segundo princípio é a verdadeira adoração pública tem de ser dirigida a Deus pela mediação de Cristo: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim [Cristo]” (Jo 14.6). Desse modo os cristãos são pessoas que “se chegam a Deus” por meio de Cristo (Hb 7.25). O Ser todo-poderoso com quem temos de nos relacionar é um Deus de amor, bondade, misericórdia e compaixão infinitos. “Deus é amor”, mas também é verdade que Ele é um Ser de justiça, santidade e pureza infinitas, um Ser que tem ódio infinito para com o pecado e não pode tolerar o que é mau. Aquele que presume negligentemente que pode se aproximar de Deus sem a expiação e o Mediador que Deus designou, descobrirá que sua adoração é vã. “O nosso Deus é fogo consumidor” (Hb 12.29).

O terceiro princípio da verdadeira adoração pública tem de ser diretamente bíblica, ou ser inferida das Escrituras, ou estar em harmonia com elas. Já o quarto princípio traz que verdadeira adoração pública tem de ser inteligente, ou seja, os adoradores têm de saber o que estão fazendo. O quinto princípio diz que a verdadeira adoração pública tem de ser a adoração proveniente do coração, uma vez que o coração é a principal coisa que Deus pede que o homem traga ao se aproximar dEle, em público ou em particular. O último princípio mostra que a verdadeira adoração pública tem de ser uma adoração reverente, como está escrito na Bíblia: “Guarda o pé, quando entrares na Casa de Deus; chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos, pois não sabem que fazem mal” (Ec 5.1).

As partes essenciais da adoração cristã pública é o tema do terceiro capítulo. O autor reconhece que há pouca informação sobre a natureza da adoração pública no Novo Testamento. Neste aspecto, há grande diferença entre a lei de Moisés e a lei de Cristo. A religião dos judeus era cheia de instruções restritas e minuciosas sobre a adoração; a religião de Cristo contém poucas instruções, descritas de modo mais simples e mais geral. Em outras palavras, não há nada correspondente a Êxodo e a Levítico no Novo Testamento. No entanto, um leitor atento das Escrituras cristãs não pode deixar de colher dessas passagens as partes essenciais e os princípios da adoração cristã. Onde essas partes essenciais estão presentes, ali há adoração cristã. Onde elas estão ausentes, a adoração é, dizendo o mínimo, deficiente, imperfeita e incompleta.  

A primeira parte essencial para a adoração pública completa, o domingo deve sempre ser honrado, haja vista que esse dia bendito foi designado para cumprir este propósito, entre outros: dar aos homens oportunidade de se reunirem para cultuar a Deus. A segunda parte essencial na adoração pública completa é a necessidade de um ministro do evangelho para conduzir a adoração nas igrejas cristãs e que sejam responsáveis por sua condução ordenada e decente, ao aproximarem-se de Deus.

Na adoração pública completa, tem como a terceira parte essencial a pregação da Palavra de Deus., uma vez que esse é o principal instrumento pelo qual o Espírito Santo não somente desperta pecadores, mas também guia e firma os santos. . De igual modo, a adoração pública completa, deve haver a leitura pública das Escrituras Sagradas.

Outra parte essencial da adoração pública completa é a oração pública., onde essas orações devem ser inteligentes e claras, para que todos os adoradores saibam o que está sendo dito e possam acompanhar aquele que ora. Na adoração pública completa, também, deve haver o louvor público. O louvor tem sido chamado apropriadamente de a flor da devoção. É uma parte de nossa adoração que nunca acabará. Chegará o dia em que a pregação, a oração e a leitura da Palavra serão desnecessárias. Mas o louvor permanecerá para sempre. E, Por último, na adoração pública completa deve haver o uso regular dos dois sacramentos que Cristo designou para sua igreja, sendo eles o batismo e a Ceia do Senhor.

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