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SOCIEDADES PRIMITIVAS

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Por:   •  19/3/2015  •  468 Palavras (2 Páginas)  •  747 Visualizações

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Além da pré - história

É de costume caracterizar a vida tribal, marcada pela tradição oral dos mitos e ritos, como um período pré-histórico, porque o homem ainda não conhece a escrita nem registra os seus feitos. Como vimos, a terra pertence a todos, o trabalho e seus produtos são coletivos, o que define um regime de propriedade coletiva dos meios de produção. Em decorrência, a sociedade é homogênea, uma, indivisível.

A pré-história constitui um período extremamente longo, em que instrumentos utilizados para a sobrevivência humana se transformam muito lentamente. É bom lembrar que as mudanças não ocorrem de forma igual em todos os tempos e lugares, tanto que ainda há tribos que vivem dessa maneira na Austrália, na África e no interior do Brasil.

A idade da Pedra Lascada (Paleolítico), a Idade da Pedra Polida (Neolítico) e a Idade dos Metais representam momentos diversos, em que as tribos passam da simples coleta de alimentos e hábitos de nomadismo para a fixação ao solo, com o desenvolvimento de técnicas de agricultura e pastoreio.

A metalurgia, a utilização da energia animal e dos ventos, a invenção da roda e dos barcos a vela ampliam a produção e estimulam a diversificação dos ofícios especializados dos camponeses, artesãos, mercadores e soldados. A escrita surge como uma necessidade da administração dos negócios, à medida que as atividades se tornam mais complexas.

As transformações técnicas e o aparecimento das cidades em decorrência da produção excedente e da comercialização alteram as relações entre os homens. As principais mudanças são: na organização social homogênea, na qual antes havia indivisão, surgem hierarquias por causa de privilégios de classes; aparecem formas de servidão e escravismo; as terras de uso comum passam a ser administrada pelo Estado, instituição criada para legitimar o novo regime de propriedade; a mulher, que na tribo desempenhava destacado papel social, fica restrita ao lar, submetida a rigoroso controle da fidelidade, a fim de se garantir a herança apenas para o filhos legítimos.

Finalmente o saber, antes aberto a todos, torna-se patrimônio e privilégio da classe dominante. Nesse momento surge a necessidade da escola, para que apenas alguns iniciados tenham acesso ao conhecimento. Se analisarmos atentamente a história da educação, veremos como a escola tem desempenhado um papel de exclusão da maioria, etilizando o saber.

Educação moral

Em A educação moral, observa E. Durkheim que as punições quase não existem nas sociedades primitivas: “Um chefe Sioux achava os brancos bárbaros por baterem nos filhos”. A coerção da infância aparece nas sociedades em pleno desenvolvimento cultural, como a de Roma imperial, ou a da Renascença, onde a necessidade de um ensino organizado mais se sentir. (...) É que à medida que a sociedade progride, torna-se mais complexa, a educação deve ganhar tempo e violentar a natureza, para cobrir a distância sempre maior entre a criança e os fins a ela impostos. (Olivier Reboul)

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