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ANTROPOLOGIA CIÊNCIAS DAS SOCIEDADES PRIMITIVAS?

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Por:   •  20/7/2014  •  588 Palavras (3 Páginas)  •  2.116 Visualizações

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ANTROPOLOGIA CIÊNCIAS DAS SOCIEDADES PRIMITIVAS?

Grandes descobrimentos foram realizados por navegadores e viajantes europeus. No seu patriótico esforço exprimiam-se já todas as contradições da sociedade ocidental, ponto de encontro da violência e da ciência, obstinada em negar ou destruir a heterogeneidade das outras sociedades é da vida de descobrir e explicar cientificamente uma unidade oculta nas diversidades.

A heterogeneidade da vida em sociedade tornou-se progressivamente manifesta no decorrer do descobrimento e da ocupação colonial das sociedades não europeias. Reparou-se então que as sociedades da América, da Ásia e da África não eram feitas à imagem da sociedade europeia. Esta verificação começa por fazer dessas sociedades um objeto de reflexão filosófica ou política, antes de se tornarem objeto de ciência.

A descoberta intelectual das sociedades (não europeias) coloca, pois, em foco a diversidade das formas sociais de pensamento e de comportamento e a das instituições correspondente. Mas é difícil, a princípio, separar a abordagem cientifica da abordagem ideológica ou moral desse fenômeno.

Toda a ciência tem necessidade de descobrir seus precursores. É o grego Heródoto (séc. V a.C) que desempenha o papel ambíguo do herói mítico, fundador da História, da Geografia Comparada e da Etnologia. Assim, o duplo aspecto da exclusão ideológica e da inclusão (científica) sustenta, portanto, todo discurso etnográfico desde as origens. Na Idade Média dá uma nova forma a esse duplo aspecto do discurso sobre os outros: cristãos e não cristãos. Mas, na medida em que a Etnologia aparece como uma ciência do Ocidente, muito logica mente nos esquecemos de procurar os equivalentes (exóticos) dessa inquirição sobre os outros. As crónicas, memórias, relatos de viagens dos Árabes, dos Persas, dos Indianos, dos Chineses, têm muitas vezes um valor insubstituível, e nós mal começarmos a tirar proveito cientifico.

Desde inicio encontramos a preocupação do registo ordenado e sistemático dos elementos de cada sociedade. Destacando o modelo do evolucionismo biológico, busca-se os estádios da evolução humana e em consequência, as sociedades primitivas aparecem como os antepassados naturais das sociedades ocidentais atuais. Trata-se de um evolucionismo unilinear.

A etnologia é a busca eternamente renovada de um objeto que se escapa, porque não se pode ser definido senão excluindo a priori a problematização da relação não cientifica que o produziu. A etnologia atribuiu-se como objeto um produto ideológico.

A sistematização da reflexão sobre a prática antropológica está apenas no início. Tal reflexão é ainda elementar, querendo isso significar que se aplica ás fases elementares desta disciplina, e nomeadamente aos problemas que levanta o trabalho de campo. Todavia, convém ter em consideração as diferenças entre as diversas tradições cientifica, neste caso entre as reflexões dos antropólogos franceses, anglo-saxónicos e americanos.

A história da etnologia é também a história das relações entre as sociedades europeias e as sociedades não europeias. Logo desde o principio, a etnologia participa de um certo contexto político. Qualquer ciências tem necessidade de definir prioridades na investigação. O estudo das sociedades

humanas

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