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Surgimento da religião

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Por:   •  26/9/2013  •  Seminário  •  2.455 Palavras (10 Páginas)  •  418 Visualizações

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Surgimento da religião

Foi criado por Sidarta Gautama (563 - 483 a.C.), também conhecido como Buda. Este criou o budismo por volta do século VI a.C. Ele é considerado pelos seguidores da religião como sendo um guia espiritual e não um deus.

Buda, homem santo e iluminado, continuou mantendo os pontos positivos da cultura existente e expurgando suas deficiências. Ele, que em resposta ao fanatismo ensinava a maravilha do espírito humano, reagiu com todas as suas forças contra o pensamento de que a humanidade era dividida em classes por natureza e como um médico, tendo reconhecido a doença, prescreveu o remédio e a sua posologia,que compartilhou suas ideias,alcançando o Nirvana e escapando do que é visto como um ciclo de sofrimento do renascimento.

O início do budismo está ligado ao hinduísmo, religião na qual Buda é considerado a encarnação ou avatar de Vishnu. Esta religião teve seu crescimento interrompido na Índia a partir do século VII, com o avanço do islamismo e com a formação do grande império árabe. Mesmo assim, os ensinamentos cresceram e se espalharam pela Ásia. Em cada cultura foi adaptado, ganhando características próprias em cada região.

Em suma, o budismo surgiu em resposta a uma necessidade,pois o pensamento erudito hindu havia se desenvolvido em várias direções, em várias escolas de pensamento produzindo mestres que pregavam doutrinas assemelhadas, consideradas por Buda com muitos mais erros que acertos.

Os ensinamentos de Buda Shakyamuni chegaram ao Tibete pela primeira vez no século V. Foi somente a partir do século VII, no entanto, quando o Rei Trisong Deutsen convidou da Índia o monge e erudito Shantarakshita e o Mestre Guru Padmasambava para construírem o Monastério de Samye, que o budismo firmemente se estabeleceu no país das neves. Durante a primeira fase de propagação do Carma no Tibete, surgiu a escola mais antiga do Budismo Tibetano, conhecida como Nyingma, palavra tibetana que significa “antigo”.

As quatro escolas; posteriormente, após um período em que um dos reis tentou dizimar o budismo do país, houve um novo fluxo de mestres indianos e novas traduções de textos sagrados. Com isso formaram-se novas linhagens de práticas. Quatro escolas principais foram estabelecidas e são conhecidas até hoje: Nyingmapa, Kagyupa, Sakyapa, Gelupagpa.

Interferência do Budismo nos aspectos:

Social

O Budismo surge numa sociedade estagnada, onde o papel do indivíduo é determinado por sua casta, que lhe é transmitida por laços sanguíneos. A manutenção dessa estrutura é feita pelos costumes religiosos da sociedade Hindu. Com a incapacidade de ascensão e o engessamento social, uma nova estrutura começa a ser necessária.

É exatamente neste contexto que por volta de 500a.c nasce Siddartha Gautama, que posteriormente é conhecido como Buda ou Shakyamuni. Siddartha faz parte da sociedade Hindu, e faz parte de uma família influente. Para que Siddartha possa assumir o comando desta família com sucesso, a verdade sobre o mundo lhe é escondida..Siddartha vive numa sociedade utópica onde todos são ricos, a doença e velhice não existem e a morte não é sequer um problema.

Certo dia Siddartha tem contato com o mundo exterior e fica perplexo. As suas primeiras visões são pessoas com fome, doentes, velhos e pessoas mortas. Neste momento Siddartha deixa de ser apenas um Nobre e dá seus primeiros passos ao que posteriormente será chamado de Budismo.

Siddartha não admite a verdade sobre o mundo, enquanto uns vivem com conforto e luxo, outros sofrem e são tratados como animais. Ao se deparar com essa dicotomia, Siddartha deixa sua vida luxuosa para que possa meditar sobre a humanidade. Ao se retirar de seu palácio, Siddartha tem contato com ascetas que vivem nas florestas, longe da civilização e de qualquer materialismo. Siddartha se torna um desses ascetas e passa a viver de uma forma que todos os prazeres lhe são privados. Todo o seu tempo é destinado à meditação e à busca da iluminação e da verdade.

Anos se passam e Siddartha não percebe nenhuma evolução, mas a verdade lhe parece próxima, já que ao viver no extremo luxo e na extrema negação dos prazeres nada lhe foi revelado, o que pouco à pouco se revela é a existência de um caminho do meio, ou seja, viver distante dos excessos. Com esta nova verdade, Siddartha ao meditar sobre um pé de figueira, atinge o Nirvana. Neste momento passa a ser chamado de Buda, que significa ‘O Iluminado’.

Então quando nós olhamos esta questão da sobrevivência e associamos esta questão à noção do mundo real vemos que a cultura atual tem dificuldades concretas em superar essas dificuldades ligadas à questão da sustentabilidade. Há dificuldades teóricas mesmo. Porque se consideramos que este tipo de sociedade representa a única forma em que podem viver.Sem luxo,sem capitalismo.

Economia

Países budistas têm muitas vezes declarado que desejam permanecer fiéis à sua herança. Assim, a Birmânia: “A Nova Birmânia não vê conflito entre valores religiosos e progresso econômico. Saúde espiritual e bem-estar material não são inimigos: são aliados naturais.”Ou: “Podemos combinar com sucesso os valores religiosos e espirituais de nossa herança com os benefícios da tecnologia moderna.

Na visão de Schumacher,chama de “economia budista” o que ele defende de nova filosofia que valorize o homem, mais do que a produção, e o trabalho, mais do que o produto. O trabalho, afirma, deve ser um processo que dignifique e incentive a criação, não um fator de produção a ser minimizado ou substituí-do pela mecanização. Ressalta ele, ainda, os valores budistas de desapego das coisas materiais e de respeito por todas as coisas vivas.

Por fim, Schumacher aborda a questão do tamanho, ou do que ele chama de “idolatria do gigantismo”, na economia moderna. A principal força de seu argumento é que “as pessoas só podem ser elas mesmas em pequenos grupos.

Portanto, precisamos aprender a pensar em termos de uma estrutura articulada que possa dar conta da multiplicidade de unidades de pequena escala. Se o pensamento econômico for incapaz de compreender tal argumento, então ele é inútil. Se ele não puder ir além de suas vastas abstrações e estabelecer contato com as realidades humanas de pobreza, frustração, alienação, desespero, colapso, crime, escapismo, estresse, congestionamento, feiura e morte espiritual, então vamos descartar a economia e começar de novo”.

Política

O único momento da História do país em que se tentou romper o vínculo entre Estado e religião foi o período de Taksin, um combatente de origem sino-siamesa, de família camponesa, elevado ao generalato por sua coragem pessoal e capacidade de liderança. Este, tendo reconquistado o território nacional aos birmaneses, após a destruição do Reino de Ayuthaia em 1767, fez-se rei do Sião. Reconstruiu o reino e instalou a capital em Thonburi, hoje uma cidade vizinha a Bangkok (do outro lado do Rio Chao Prahya).

Logo, a ruptura entre o chefe do Estado e a liderança eclesiástica budista, bem como o choque entre o monarca e a nobreza local (que não aceitava ser regida por alguém de baixa estirpe e de origem estrangeira) foram fatais para o governante. Vítima de golpe palaciano, Taksin foi declarado louco e morto a pauladas por seus cortesãos, sob a liderança de outro general, Chakri, fundador da dinastia que até hoje ocupa o poder no país. Desde então, na Tailândia, o Budismo tem sido sócio do Estado, ou se preferido, da elite e da política.

O objetivo do monarca,era o de incutir na população uma visão mais pragmática e racional da religião, objetivando a modernização e o desenvolvimento nacionais, e procurando assegurar especialmente a soberania tailandesa.Em certa medida, uma tradição que se encontra em vários países asiáticos, o poder formal concentra-se em uma pessoa – geralmente um homem – ao redor da qual giram os interesses, o prestígio e a própria sobrevivência política de famílias inteiras, percorrendo distintas camadas sociais. Os favores e o prestígio são distribuídos de acordo com a posição ocupada pelos beneficiários na hierarquia social. Isto não impede, porém, que na Tailândia budista a herança seja passada pela linha feminina.

A reforma do Rama IV foi o início do processo de inserção da Tailândia no grupo de nações modernas. Habilitou-a a desenvolver os elementos de política externa que lhe asseguraram, de início, a soberania, especialmente em um período da História mundial marcado pela expansão do colonialismo, sobretudo anglo-francês, e depois um espaço no concerto internacional.

A capacidade tailandesa de gerenciar as crises de um período que se estendeu até passados os primeiros anos do século XX assegurou ao país não só a independência, mas também permitiu que o mesmo se tornasse, finalmente, um ator estratégico, tanto na interação política entre os países do Sudeste Asiático quanto na atuação do chamado mundo ocidental na mesma região e, tendo a Tailândia como um dos pontos de apoio, em todo o Extremo Oriente (após a Segunda Guerra Mundial, o país tornou-se, sobretudo a partir dos anos 50, um bastião anticomunista).

Predominância

ÍNDIA

A partir do seu local de nascimento no nordeste indiano, o budismo espalhou-se para outras partes do norte e para o centro da Índia. Durante o reinado do imperador mauria Asoka, que se converteu ao budismo e que governou uma área semelhante à da Índia contemporânea (com excepção do sul), esta religião consolidou-se. Após ter conquistado a região de Kalinga pela força, Asoka decidiu que a partir de então governaria com base nos preceitos budistas. O imperador ordenou a construção de hospedarias para os viajantes e que fosse proporcionado tratamento médico não só aos humanos, mas também aos animais. O rei aboliu também a tortura e provavelmente a pena de morte. A caça, desporto tradicional dos reis, foi substituído pela peregrinação a locais budistas. Apesar de ter favorecido o budismo, Asoka revelou-se também tolerante para com o hinduísmo e o jainismo.

Asoka pretendeu também divulgar o budismo pelo mundo.Segundo estes foram enviados emissários com destino à Síria, Egipto e Macedónia e para oriente para um terra de nome Suvarnabhumi (Terra do Ouro) que não se conseguiu identificar com segurança. O império mauria chegou ao fim em finais do século II a.C. A Índia foi então dominada pelas dinastia locais dos Sunga (c.185-173 a.C.) e dos Kanva (c.73-25 a.C.), que perseguiram o budismo, embora este conseguisse prevalecer. Perto do início da era atual o noroeste da Índia foi invadido pelos Citas que formariam a dinastia dos Kuchans. Um dos mais importantes reis desta dinastia, Kanishka (c. 127-147), foi um grande proselitista do budismo.

Durante a era da dinastia Gupta (320-540) os monarcas favorecem o budismo, mas também o hinduísmo.

SRI LANKA E SUDESTE DA ÁSIA

A tradição cingalesa atribui a introdução do budismo no Sri Lanka ao monge Mahinda, filho de Asoka, que teria chegado à ilha em meados do século III a.C. acompanhado por outros missionários. Este grupo teria convertido ao budismo o rei Devanampiya Tissa e grande parte da nobreza local. O rei ordenou a construção do Mahavihara ("Grande Mosteiro" em pali) na então capital do Sri Lanka, Anuradhapura. O Mahavihara foi o grande centro do budismo Theravada na ilha nos séculos seguintes. Foi no Sri Lanka que por volta do ano 80 a.C. se redigiu o Cânone Pali, a colectânea mais antiga de textos que reflectem os ensinamentos do Buda. No século V d.C. chegou à ilha o monge Buddhaghosa que foi responsável por coligir e editar os primeiros comentários feitos ao Cânone, traduzindo-os para o pali.

Na Tailândia o budismo lançou raízes no século VII nos reinos de Dvaravati (no sul, na região da atual Banguecoque) e de Haripunjaya (no norte, na região de Lamphun), ambos reinos da etnia Mon. No século XII o povo Tai, que chegou ao território vindo do sudoeste da China, adoptou o budismo Theravada como a sua religião.

A presença do budismo na Península Malaia está atestada desde o século IV d.C., assim como nas ilhas de Java e Sumatra. Nestas regiões verificou-se um sincretismo entre o budismo Mahayana e o xivaísmo, que está ainda hoje presente em locais como a ilha de Bali. Entre o século VII e o século IX a dinastia budista dos Xailendra governou partes da Indonésia e a Península Malaia, tendo sido responsável pela construção do Borobodur, uma enorme stupa que é o maior monumento existente no hemisfério sul. O islão chegou à Indonésia no século XIV trazido pelos mercadores, acabando por substituir o budismo como religião dominante. Actualmente o budismo é principalmente praticado pela comunidade chinesa da região.

CHINA

A tradição atribui a introdução do budismo na China ao imperador han Ming-Ti. Este imperador teve um sonho no qual viu um ser voador dourado, interpretado como uma visão do Buda, e ordenou que fossem enviados emissários à Índia para que trouxessem a doutrina. Independentemente da tradição, o budismo só se espalhou na China nos séculos V e VI com o apoio da dinastia Wei e Tang. Durante este período estabelecem-se na China escolas budistas de origem indiana ao mesmo tempo que se desenvolvem escolas próprias chinesas.

COREIA E JAPÃO

O budismo penetrou na Coreia no século IV. Nesta altura a Coreia não era um território unificado, encontrando-se dividida em três reinos rivais: o reino de Koguryo, no norte, o reino de Paekche, no sudoeste e o reino de Silla, no sudeste. Estes três reinos reconheceriam o budismo como religião oficial, tendo sido primeiro a fazê-lo Paekche (384), seguindo-se o Koguryo (392) e Silla (528). Em 668 o reino de Silla unificou a Coreia sob o seu poder e o budismo conheceu uma era de desenvolvimento. Foi neste período que viveu o monge Wonhyo Daisa (617-686), que tentou promover um budismo do qual fizessem parte elementos de todas as seitas. No século VIII foi difundido na Coreia o budismo da escola chinesa Chan, que teve desenvolvimentos próprios na Coreia com o nome de son (ou seon) e que se tornou a escola dominante.

A partir da Coreia o budismo foi introduzido no Japão em meados do século VI. Em 593 o princípe Shotoku declarou-o como religião do Estado, mas o budismo foi até à Idade Média um movimento ligado à corte e a aristocracia sem larga adesão popular (os missionários coreanos tinham apresentado à corte japonesa o budismo como elemento de protecção nacional). Durante a era Nara (710-794) Héian (794-1185) desenvolveram-se várias seitas. São deste último período a escola Shingon e Tendai. Durante a era Kamakura (1185-1333) o budismo populariza-se finalmente com as escolas Terra Pura, Nichiren e Zen.

TIBETE

No Tibete o budismo propagou-se em dois momentos diferentes. O rei Srong-brtsan-sgam-po (c.627-c.650), influenciado pelas suas duas esposas budistas, decidiu mandar chamar ao Tibete monges indianos para ali difundirem a religião. Durante o reinado de Khri-srong-lde-btsan construiu-se o primeiro mosteiro budista tibetano e em 747 chegou ao território o notável monge indiano Padmasambhava, que organizou o budismo tibetano. Contudo, uma reacção hostil da religião indígena, o Bon, levaria à supressão do budismo nos dois séculos seguintes.

O budismo seria reintroduzido no Tibete a partir do século XI, com a ajuda do monge indiano Atisa que chegou ao território em 1042. Com o passar do tempo formaram-se quatro escolas: Sakyapa, Kagyupa, Nyingmapa e Gelugpa.

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