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Trabalho De Inflação

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Por:   •  25/5/2014  •  2.178 Palavras (9 Páginas)  •  230 Visualizações

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1-Antecedentes históricos:

A inflação é a queda do valor de mercado ou poder de compra do dinheiro. Porém, é popularmente usada para se referir ao aumento geral dos preços. Assim alguns estudiosos da década de 1920 nos Estados Unidos referem-se à inflação, ainda que os preços não estivessem aumentando naquele período. Outra distinção também se faz quando analisam-se os efeitos internos e externos da inflação: externamente, a inflação se traduz mais por uma desvalorização da moeda local frente a outras, e internamente ela se exprime mais no aumento do volume de dinheiro e aumento dos preços.

Os índices de inflação no Brasil são medidos de diversas maneiras. Duas formas de medir a inflação ao consumidor são o INPC, aplicado às famílias de baixa renda (aquelas que tenham renda de um a seis salários mínimos) e o IPCA, aplicado às famílias que recebem um montante de até quarenta salários mínimos.

Até 1994 a economia brasileira sofreu com inflação alta, entrando num processo de hiperinflação na década de 80. Esse processo só foi interrompido em 1994, com a criação do Plano Real e a mudança da moeda para o real (R$), atual moeda do país. Atualmente a inflação é controlada pelo Banco Central através da política monetária que segue o regime de metas de inflação.

Desde 1999, o Brasil está sob o regime de metas de inflação, para orientar sua política monetária. Desta forma, a oferta de moeda pelo Banco Central segue uma estratégia para atingir uma banda de inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional.

2-Tipos de Inflação:

Podem-se observar diferentes tipos de inflação. Dentre elas, destacam-se:

A)Inflação de Demanda- Ocorre quando os consumidores, por algum motivo, elevam o consumo de mercadorias. Quando isso ocorre, eles terão de disputar entre si as poucas mercadorias disponíveis para a venda. E o empresário normalmente decide vender para aquele que se dispor a pagar mais pela mercadoria escassa. Daí a razão dos preços subirem. Para se combater este tipo de inflação, torna-se necessário aumentar a oferta ou diminuir a demanda. Como dificilmente a oferta pode ser elevada no curto prazo, geralmente, o governo acaba optando pela segunda alternativa.

B)Inflação de custos- É o tipo de inflação que acontece quando a demanda permanece estável, mas os custos de produção do empresário se elevam. Essa elevação pode ocorrer ou por uma elevação dos salários, nos preços dos insumos ou, ainda, por um encarecimento das fontes de energia. Toda elevação de custos implica numa redução do incentivo ao empresário em produzir determinada mercadoria, caso ele não possa repassar integralmente a elevação dos custos ao consumidor.

c) Inflação Inercial- Consiste numa situação especial, na qual a inflação não é necessariamente gerada por uma demanda muito elevada ou por uma oferta reduzida. Também é conhecida como inflação psicológica. Ela ocorre quando a população de modo geral acredita que os preços irão continuar subindo. Essa crença se deve a um processo conhecido por indexação da economia. Indexar significa atrelar preços, salários, contratos, aluguéis, dentre outros, a determinados índices de mensuração da inflação.

3-Expansão

Como a inflação é uma política que visa, através de emissão de moeda ou expansão do crédito, aumentar a expressão monetária dos preços e salários ou compensar uma ameaça de diminuição da expressão monetária dos preços e salários que esteja sendo provocada por um aumento da oferta de bens de consumo.

Assim a expansão do crédito provoca uma redução na taxa de juros. Mas também é evidente que uma expansão do crédito, por maior que seja não conseguirá mudar a diferença de valor entre um bem futuro e um bem presente. No final das contas, a taxa de juros terá que retornar ao valor que corresponde a essa diferença de valor entre os bens. A redução artificial da taxa de juros em virtude da expansão do crédito gera a falsa impressão de que esses empreendimentos, que até então eram considerados inviáveis, agora são lucrativos.

A expansão do estoque de dinheiro gera um aumento da massa monetária que implica automaticamente um aviltamento da moeda, ou seja, quando a oferta de moeda inflaciona, cada unidade de dinheiro tem menos poder de compra.

Portanto, a inflação pode ser de duas formas: de oferta – quando há escassez de produto – ou de demanda – quando a procura é maior do que a quantidade ofertada. No Brasil, vivemos atualmente um período de inflação de demanda, haja vista que o aquecimento econômico deixou as pessoas com maior poder aquisitivo, o que expandiu o consumo, ao mesmo tempo em que a produção não conseguiu acompanhar este crescimento.

4- Períodos Críticos

As décadas de 1960 e 1970 simbolizam o início do desequilíbrio econômico no Brasil. Naquele período, os índices de inflação chegavam a aproximadamente 40% ao ano.

Pouco mais adiante, a década de 1980 foi marcada pela conjunção de dois fatores: forte retração na taxa de expansão econômica e significativo aumento da inflação. A média anual, por exemplo, subiu para 330% e, entre 1990 e 1994, para 764%.

Esse quadro caótico se estendeu até a primeira metade dos anos 1990, forçando os governos daquele período a adotarem sete planos de estabilização econômica em menos de dez anos. Foi apenas a partir de 1994, com a criação do Plano Real, que o País deu os primeiros passos rumo à estabilidade econômica. Era o fim da correção monetária, do congelamento de preços e da inflação acima de dois dígitos.

A partir de 1999, o Brasil adota metas para a inflação. Por esse regime, o Banco Central atua para garantir que a inflação esteja dentro de um patamar máximo pré-estabelecido. E o instrumento mais importante utilizado pelo Banco Central para atingir esse objetivo é definir a taxa básica de juros da economia, a Selic.

As metas têm como marco de referência a taxa oficial de inflação – o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) –, calculada pelo IBGE. Assim, o governo estabelece alvos anuais para a inflação e as divulga, cabendo ao Banco Central executar as políticas necessárias para cumprimento das metas fixadas.

5-Politicas de Controle

No Brasil, o principal instrumento para combater a inflação é a política de juros, cuja taxa básica (a Selic) é fixada pelo Banco Central. Ao aumentá-la, o Banco

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