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Ética Crista

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Por:   •  13/11/2013  •  1.001 Palavras (5 Páginas)  •  535 Visualizações

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O Cristão e a Guerra.

A guerra pode ser originada por vários motivos: religioso, ideológico, político, geográfico, discriminatório, etc. No entanto, nem todo motivo é considerado justo pela sociedade e, em alguns casos, a guerra poderia ser evitada devido à existência de outros meios possíveis para a resolução do conflito. Com base nisso, surgiram algumas visões e posições a respeito da guerra, que serão enumeradas a seguir:

Ativismo: Segundo esta visão, a guerra sempre é uma forma válida para se resolverem os conflitos entre nações ou grupos. Os ativistas têm como argumento o fato de que todo o cidadão deve respeitar o governante e obedecer-lhe. Além disso, o indivíduo não deve estar passivo numa luta em defesa dos interesses de seu povo ou grupo.

Teoria da guerra justa: essa teoria defende a guerra originada por uma causa ou intenção justa. Esta visão acredita que, em alguns casos, o combate é eticamente justificável. Por exemplo, uma nação possui todo o direito de se defender diante de um ataque ou de um opressor. Não foi esta nação que começou, e há vidas inocentes em jogo, por isso o correto seria participar da guerra e defender o povo.

Pacifismo: os pacifistas partem da premissa de que é errado se utilizar da violência para acabar com a violência. São contra o uso de armas, tanto numa guerra quanto numa intervenção policial, ou mesmo no caso de posse de armas. Os pacifistas acreditam que é possível as pessoas resolverem suas diferenças por meio da diplomacia.

Não-violência: é uma visão que defende a luta pelos ideais e princípios da nação ou grupo, porém não pode ser considerada uma maneira de guerrear porque eles se recusam a usar a violência para atingir seus objetivos. Os que seguem a visão da não-violência lutam, combatem, chamam a atenção do mundo para a sua causa, mas não se valem da força física, nem de armas. Gandhi e Martin Luther King são exemplos de líderes defensores da não-violência.

Não-resistência: trata-se de uma visão contra a violência, porém ao ponto de agir passivamente ou não agir diante da violência oponente. A ideia é que não resistir ao inimigo também é uma maneira de protestar.

Terrorismo: é uma forma antiga de guerrear (a metodologia dos zelotes, do Novo Testamento, era considerada terrorista). Trata-se da violência armada, militar ou não, que procuram intencionalmente atacar civis para que, pelo medo gerado, possam atingir seus objetivos, que podem ser religiosos, políticos, econômicos, etc.

Seletivismo: A partir da insatisfação com as soluções “fáceis” de declarar justas todas as guerras, ou nenhuma guerra justificável, está emergindo um número crescente de partidários do seletivismo, que sustenta que algumas guerras são justificáveis, e outras não. É este ponto de vista que nos parece ser a alternativa mais satisfatória para o cristão.

A- Uma Base Bíblica para o Seletivismo

Tanto o ativismo quanto o pacifismo reivindicam o apoio da Escritura. O seletivismo é apenas uma terceira maneira de interpretar os mesmos dados bíblicos? Respondendo, sugerimos que tanto o ativismo quanto o pacifismo tem razão (pelo menos parcialmente) e que o sentido em que ambos têm razão é a essência do seletivismo. Noutras palavras, o seletivismo é uma síntese do ativismo e do pacifismo. A verdade do seletivismo é que algumas guerras são justas e que os cristãos devem lutar nestas. O seletivismo, portanto, firma-se na posição de que a pessoa deve participar somente de uma guerra justa.

A Base Moral para o Seletivismo

O seletivismo pode ser defendido em outras bases, além das bíblicas. Há fortes argumentos morais que também podem ser oferecidas em seu favor. Duas de tais razões morais para o seletivismo agora são oferecidas.

1- Tanto o Pacifismo quanto o Ativismo São Fugas Morais – sustentar, ou o pacifismo completo, ou o ativismo total, é a saída moral fácil de uma posição ética difícil. É muito fácil

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