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A ANGELA DAVIS

Por:   •  25/11/2022  •  Dissertação  •  1.253 Palavras (6 Páginas)  •  108 Visualizações

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ÂNGELA DAVIS

(FRAN) = A filósofa e ativista Ângela Yvonne Davis, conhecida por sua luta anticapitalista, antirracista e feminista, nasceu em 26 de janeiro de 1944 na cidade de Birmingham, Alabama, região Sul dos Estados Unidos. A Ângela Davis tem uma trajetória impressionante, é uma intelectual assim.. imprescindível, principalmente nos momentos atuais. Ela lida muito com a questão do encarceramento nos Estados Unidos, que é o país que mais tem população presa no mundo, e em sua grande maioria pessoas negras, então infelizmente não é muito diferente da nossa realidade aqui no Brasil. Ela foi presa, foi considerada uma das 10 pessoas mais procuradas pelo FBI, porque  ela atuou muito pela luta pelos direitos civis, pra que a população negra tivesse os mesmos direitos que a população branca nos Estados Unidos, por que nós sabemos que eles viviam uma situação de segregação. Havia uma guerra declarada contra população negra, nós percebemos que, infelizmente, essa situação ainda não foi muito modificada.

(KAIO) = E o livro dela é um manual, pra gente entender a importância, a relevância de trabalhar com essas temáticas atualmente, MULHER, RAÇA E CLASSE. Ela é uma feminista negra e trabalha com esse conceito de que as pessoas são oprimidas por diversos motivos. Nós sabemos que existe uma opressão de gênero que se estabelece à cerca das mulheres, que as mulheres são consideradas inferiores, há uma questão de opressão de raça, que a população negra é considerada inferior intelectualmente á população branca, e também uma questão de classe social. E não dá pra dissociar, principalmente a questão de raça e de classe. Inclusive, a Ângela Davis fala que não existe uma primazia, não existe uma opressão que é maior que a outra, porque todas essas opressões, elas atuam em conjunto e a questão da classe social está muito atrelada a questão de raça. E é importante esse livro, porque já dá argumento para a gente descontruir essa questão de que o problema no Brasil é de classe social, é a desigualdade social, NÃO! Na periferia, a grande maioria dos habitantes, são de pessoas negras, então a questão da pobreza aqui no nosso país, está muito atrelada com a questão da raça mesmo.

(ELIANA) = O livro contém 13 capítulos e eu gostaria de conversar com vocês sobre alguns aspectos interessantes dos capítulos. Portanto, no primeiro capitulo ela fala sobre o legado da escravidão, então ela fala que até hoje a população negra ainda carrega esse legado da escravidão. Infelizmente, os negros eles foram encarados como unidades lucrativas, então eles e um animal de carga tinha exatamente a mesma importância na sociedade. E as mulheres elas desempenhavam tanto trabalho quanto os homens, e a mesma quantidade de horas elas trabalhavam e desempenhavam as mesmas funções que os homens. E ela mostra que as escravizadas em sua grande maioria, elas eram obrigadas a parir praticamente todos os anos. Os homens negros tinham que engravidar o máximo número possível de mulheres para que se perpetuasse o legado da mão de obra escrava. Ela fala sobre a questão da miscigenação, que até hoje aqui no Brasil é romantizado, as mulheres negras foram estupradas, as indígenas foram estupradas, então não foi um processo pacífico a miscigenação aqui no Brasil. No segundo capítulo ela fala sobre o movimento antiescravagista, a origem dos direitos das mulheres, então ela fala sobre as figuras importantes que lutaram pela abolição da escravatura, ela destaca a figura do FREDERICO DOUGLAS e também de muitas mulheres brancas que foram a favor da abolição da escravatura, e ela mostra que muitas dessas pessoas tiveram suas casas incendiadas, elas tiveram as suas vidas ameaçadas, mas que a luta antiescravagista foi muito importante porque ela preparou, principalmente as mulheres brancas a lutarem uma década seguinte pelo direito ao sufrágio, pelo direito ao voto.

(REBECA) = Ela mostra no capítulo seis, EDUCAÇÃO E LIBERTAÇÃO, A PESPECTIVA DAS MULHERES NEGRAS, então ela mostra essa questão da inferiorização da população negra, elas eram consideradas incapaz de avanços intelectuais, não poderiam frequentar a escola, as crianças negras eram ameaçadas, elas tinham sua integridade física ameaçada. No capítulo oito, ela fala sobre a questão das mulheres negras e o movimento associativo, então ela mostra a mobilização das mulheres negras, que essas mulheres não estavam fora do mercado de trabalho, muito pelo contrário, seu trabalho não era reconhecido. Quais os trabalhos que essas mulheres empregavam? De limpeza, trabalhar na agricultura, nas fazendas, então não mudou muito a sua situação social e muitas dessas até precisavam morar nos alojamentos que eram fornecidos pelo empregador. Ela fala também no capítulo doze sobre o controle de natalidade, sobre o direito ao aborto, mas ela critica essas pessoas que tem uma visão de que o aborto deve ser generalizado. A população negra é a que mais sofre pelos abortos clandestinos, então ela mostra que muitas mulheres, indígenas, negras, foram esterilizadas sem autorização de sua família, muitas das vezes sem conhecimento até do que estava acontecendo.

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