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Autores Do Simbolismo

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Por:   •  2/6/2014  •  1.316 Palavras (6 Páginas)  •  301 Visualizações

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Autores do Simbolismo

-João da Cruz : João da Cruz e Sousa nasceu em 24 de novembro de 1861, em Florianópolis (SC). Era filho de ex-escravos e ficou sob a proteção dos antigos proprietários de seus pais, após receberem alforria. Por este motivo, recebeu uma educação exemplar no Liceu Provincial de Santa Catarina. Além disso, o sobrenome Sousa é advindo do ex-patrão, o marechal Guilherme Xavier de Sousa, o que demonstra o afeto do mesmo para com os pais do futuro autor.

Apesar disso, Cruz e Sousa teve que enfrentar o preconceito racial que era muito mais evidente na época do que é hoje em dia. No entanto, isso não foi pretexto para desmotivá-lo, uma vez que é conhecido como o mais importante escritor do Simbolismo.

Foi diretor do jornal abolicionista Tribuna Popular em 1881. Dois anos mais tarde, foi nomeado promotor público de Laguna (SC), no entanto, foi recusado logo em seguida por ser negro.

Depois de algum tempo no Rio Grande do Sul e após enfrentar represália para não sair de sua terra natal por motivo de preconceito, o autor fixa residência no Rio de Janeiro, onde trabalhou em empregos que não condiziam com sua capacidade e formação.

É então, em 1893, que publica suas obras Missal (poemas em prosa) e Broquéis (poesias), as quais são consideradas o marco inicial do Simbolismo no Brasil que perduraria até 1922 com a Semana de Arte Moderna.

-Alphonsus de Guimaraens :

Cursa a Escola de Minas de Ouro Preto quando perde sua noiva Constança, em 28 de dezembro de 1888, filha do romancista Bernardo Guimarães, o escritor de Escrava Isaura.

Pouco tempo depois, transfere-se para São Paulo, onde cursa a Faculdade de Direito do Largo São Francisco, na qual se forma em 1894. Logo após formar, o autor exerce sua profissão no cargo de promotor em Minas Gerais. Durante esse período já havia colaborado para os jornais Diário Mercantil, Comércio de São Paulo, Correio Paulistano, O Estado de S. Paulo e A Gazeta.

Casa-se com Zenaide de Oliveira em 1897 e em 1906 passa a ser juiz da cidade de Mariana, ainda em Minas, lugar de onde não saiu mais e criou 14 filhos!

Alphonsus Guimaraens é considerado o autor místico do Simbolismo, pela evidência de um triângulo em sua obra: misticismo, amor e morte.

Seu primeiro livro publicado em 1899 é em forma de poemas, chamado Dona Mística. Neste mesmo ano, também foi a publicação de Setenário das dores de Nossa Senhora e Câmara ardente. Um tempo depois, em 1902, escreve e publica Kyriale sob o pseudônimo consagrado de Alphonsus Guimaraens.

A vida do autor norteia sua obra através dos marcos da morte da noiva e da devoção à Maria, envoltos em um clima de misticismo exacerbado, no qual a morte é vista como o meio de aproximação do amor (Constança) e de Maria (figura religiosa).

O autor morreu em 15 de julho do ano de 1921, conhecido como “O solitário de Mariana”, por ter vivido isolado dos acontecimentos.

-Eugenio de Castro :

1869-1944

Poeta e professor universitário português, natural de Coimbra, onde se formou em Letras. Iniciou a publicação de obras de poesia em 1884. Três anos mais tarde, colaborou no jornal “O Dia” e, em 1895, foi co-fundador, com Manuel da Silva Gaio, da revista internacional “Arte”, que reuniu textos de escritores portugueses e estrangeiros da época.

Eugênio de Castro foi um “romântico clássico”, somente depois da temporada parisiense e do contato com os poetas simbolistas Verhaerem, belga, e Verlaine, francês, entre outros, tomou gosto pelo Simbolismo. Sofreu influências dos poetas franceses Baudelaire, Mallarmé, Gustave Kahn e Rimbaud. Entretanto privilegiou os aspectos formais da escola em detrimento dos ideológicos.

Autor de imagens originais e belíssimas, Castro construiu sinestesias requintadas:

“Corre por toda ela um suor de pedrarias,/um murmúrio de cores”.

Sua linguagem sugestiva revolucionou a técnica poética portuguesa, apresentando grande inventividade sonora, rimas raras, imagens surpreendentes e originais, ritmos inusitados, tudo isso com uma disciplina clássica que jamais perdeu. Eugênio de Castro cantou episódios caros à história e à cultura portuguesas, mas pouco de seu espírito pode ser entrevisto em seus versos. Fez o que os críticos chamam de “simbolismo de exterior”, sem o correspondente arrebatamento lírico que pulsa a partir do interior dos poetas dessa estética.

-Antonio Nobre :

António Pereira Nobre nasceu no Porto a 16 de Agosto de 1867 e faleceu na Foz do Douro a 18 de Março de 1900. Fez o ensino preparatório no Porto e em 1888 matriculou-se na Faculdade de Direito em Coimbra, tendo reprovado duas vezes consecutivas no primeiro ano. Parte para Paris em 1890 e frequenta a Escola Livre de Ciências Políticas e a Faculdade de Direito da Sorbonne, onde obtém a licenciatura em 1895.

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