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Ciencias Sociais

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Por:   •  4/11/2013  •  1.580 Palavras (7 Páginas)  •  304 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Através das leituras de diversas reportagens sobre o fato ocorrido durante a campanha para o cargo de presidente do Brasil, pode-se perceber que há uma disputa de todos os lados pelo poder da notícia.

É notório que os fatos que ocorrem no dia-a-dia são importantes, mas também é possível verificar que a mídia explora de maneira errada esses acontecimentos. Para os canais de comunicação o importante é o ibope, o jornalista corre atrás de uma brecha que possa levantar a audiência.

Os meios de comunicação perderam a responsabilidade de passar um acontecimento como ele realmente ocorreu e isso deixa o telespectador, o ouvinte ou o leitor sem saber que atitude é a real, qual sua posição frente à divulgação dos dados.

É comprometedora a argumentação de uma notícia, pois até que ponto a veracidade de um fato é importante para os jornalistas, para os meios de comunicação, e, esta podendo ser apenas “Liberdade de Expressão, Liberdade de Imprensa ou Sensacionalismo Barato”, onde está o comprometimento com a formação ética do leitor, ou o seu próprio comprometimento como profissional .

Através de Marilena Chauí vai-se verificar o que é Ética e qual a responsabilidade do profissional em sua proposta em ser um cidadão comprometido com a sociedade.

2. DESENVOLVIMENTO

As bases para a formação de um cidadão consciente de seus direitos e deveres está na maneira como lhe são transmitidas as informações a respeito de sua formação do conhecimento. Mas, percebe-se que não há nenhuma formação ética nos elementos que realizam o trabalho voltado a divulgação de fatos e notícias do dia-a-dia do cidadão brasileiro.

Recentemente, no mês de outubro de 2010, ocorreu um fato com um dos candidatos a presidência da República, uma bolinha de papel foi jogada em sua cabeça, ou sabe-se se realmente foi apenas a bolinha de papel.

Como é de se esperar, os jornalista presentes no evento, trataram de divulgar o fato, e este repercutiu como uma bomba nos meios de telecomunicação. Esse é o poder do jornalismo, aproveitar qualquer brecha para conseguir ibope.

Considera-se tal atitude não merecedora de crédito, a população, num momento tão importante para o Brasil, decidir qual realmente é o candidato que deveria ocupar o cargo, volta-se a tais aberrações de jornalistas que sem nenhuma ética profissional, transmitem uma informação que vem a provocar uma reviravolta na imprensa, que tem que arcar com as consequências é o produto final, o cidadão.

Segundo Chauí (2000, p. 433), é necessário:

Para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude e vício. A consciência moral não só conhece tais diferenças, mas também reconhece-se como capaz de julgar o valor dos atos e das condutas e de agir em conformidade com os valores morais, sendo por isso responsável por suas ações e seus sentimentos e pelas conseqüências do que faz e sente. Consciência e responsabilidade são condições indispensáveis da vida ética.

O que se pode afirmar da rede de comunicações e dos profissionais que trabalham em prol do cidadão? Que repercussão toma um fato quando transmitido sem nenhuma responsabilidade, Chauí aponta em sua obra: “O campo ético é, assim, constituído pelos valores e pelas obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, isto é, as virtudes. Estas são realizadas pelo sujeito moral , principal constituinte da existência ética.” (2000, p. 434)

A Filosofia nos faz pensar na necessidade que os cidadãos têm de sentir que os seus direitos e deveres sejam respeitados, exigindo que os mesmos possam ser vivenciados na prática com todos os grupos e em todos os contextos, para que não ocorra falta de ética e moral nas ações do homem.

Ainda há de se compreender que o profissional perdeu um pouco de seus valores, ele trabalha para uma “máquina”, chamada divulgação, e esta apenas necessita divulgar o que capta de informação no dia-a-dia. É necessário medir as consequências do que pode ocorrer durante a divulgação de um fato/acontecimento. Segundo Chauí, (2000, p. 434) que aponta o sujeito dessa forma:

O sujeito ético ou moral, isto é, a pessoa, só pode existir se preencher as seguintes condições:

ser consciente de si e dos outros, isto é, ser capaz de reflexão e de reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a ele;

ser dotado de vontade, isto é, de capacidade para controlar e orientar desejos, impulsos, tendências, sentimentos (para que estejam em conformidade com a consciência) e de capacidade para deliberar e decidir entre várias alternativas possíveis;

ser responsável, isto é, reconhecer-se como autor da ação, avaliar os efeitos e conseqüências dela sobre si e sobre os outros, assumi-la bem como às suas conseqüências, respondendo por elas;

ser livre, isto é, ser capaz de oferecer-se como causa interna de seus sentimentos, atitudes e ações, por não estar submetido a poderes externos que o forcem e o constranjam a sentir, a querer e a fazer alguma coisa. A liberdade não é tanto o poder para escolher entre vários possíveis, mas o poder para auto determinar-se, dando a si mesmo as regras de conduta.

O campo ético é, portanto, constituído por dois pólos internamente relacionados: o agente ou sujeito moral e os valores morais ou virtudes éticas.

Hoje é revoltante considerar a notícia como uma fonte de informação, não se pode considerar a veracidade dos fatos, é alarmante a necessidade do cidadão investigar se realmente o noticiário divulgou um fato correto ou se é pura especulação.

Por outro lado há jornalistas que enfatizam a realidade do fato, que colocam em pauta a real realidade do que aconteceu ou está acontecendo. Deve-se diferençar o profissional com formação ética daquele que apenas deseja crescer a qualquer custo em sua vida profissional.

Para Chauí, (2000, p. 434) há dois pontos de vista a respeito do

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