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Comunicação

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Por:   •  23/3/2015  •  616 Palavras (3 Páginas)  •  227 Visualizações

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Um dos modelos mais utilizados por professores de português para explicar a comunicação humana nasceu — quem diria? — na matemática. Tudo começou em 1948, quando o matemático e engenheiro elétrico Claude Shannon publicou um artigo chamado “Uma teoria matemática da comunicação”. Shannon era pesquisador dos Laboratórios Bell, ligados à gigante norte-americana das computações AT&T, e buscava maneiras de tornar mais eficientes os telégrafos e aparelhos de telefonia da época. Sua grande preocupação era evitar o ruído, isto é, as interferências que prejudicavam a perfeita transmissão da mensagem entre um aparelho e outro.

No ano seguinte, a teoria de Shannon foi publicada em um livro com prefácio de Warren Weaver, outro matemático e engenheiro. Weaver — que também era um ótimo relações-públicas — enviou um exemplar da obra a Roman Jakobson, renomado linguista de origem russa que lecionava na Universidade de Harvard. O linguista ficou fascinado com a nova teoria e considerou que ela também se aplicava à comunicação humana. Nascia, assim, a versão mais clássica do modelo comunicativo, divulgada por Jakobson nos anos 1960.e comunicação humana estão presentes seis elementos:

De acordo com esse modelo, em qualquer ato de comunicação humana estão presentes seis elementos:

· a mensagem — o conjunto de informações que se quer transmitir;

· o emissor ou remetente — aquele de quem parte a mensagem;

· o receptor ou destinatário —aquele a quem se destina a mensagem;

· o código — um sistema de signos que emissor e receptor precisam compartilhar, total ou parcialmente, para que haja a comunicação;

· o canal ou contato — o meio físico pelo qual emissor e receptor se comunicam;

· o referente ou contexto — o assunto da mensagem, aquilo a que ela se refere.

Assim, por exemplo, se você enviar um torpedo a um amigo convidando-o para uma festa, a mensagem será o conteúdo do torpedo, ou seja, o conjunto de palavras que o compõem. O emissor será você, e o receptor, seu amigo. O código será a língua portuguesa, o canal será o celular e o referente será a festa, pois é a ela que a mensagem se refere.

Se você preferir fazer o convite pessoalmente, quase todos os elementos permanecerão inalterados, quase todos os elementos permanecerão inalterados — exceto o canal, que passará a ser o ar, pelo qual sua voz se propagará. Vale lembrar, ainda, que, em um evento comunicativo dinâmico como a conversa face a face, emissor e receptor trocam o tempo todo de posição, de acordo com aquele que está falando ou ouvindo em cada momento.

Vamos a outro exemplo, imagine que você esteja dirigindo por uma estrada e depare com uma placa [com o desenho de uma ponte em que as metades inclinam liberando o rio para a navegação de embarcações]. Neste caso, o emissor é o órgão responsável pelo controle do trânsito, os receptores são você e os demais motoristas. O canal é a placa em si, o código é o conjunto dos sinais de trânsito do país e a mensagem — expressa segundo os símbolos desse código — é “ponte móvel adiante”.

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