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Comunicação E Expressão

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Por:   •  18/11/2014  •  3.794 Palavras (16 Páginas)  •  450 Visualizações

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COMUNICACAO E EXPRESSAO

Informações implícitas: Pressupostos

Um dos aspectos mais intrigantes da leitura de um texto é a verificação de que ele pode dizer coisas que parece não estar dizendo. Além das informações explicitamente enunciadas, existem aquelas outras que ficam subentendidas ou pressupostas.

Observe o quadrinho apresentado no término desse tópico:

1. Qual é a informação óbvia contida no primeiro quadrinho?

O marido parar de beber. O verbo “parou” (explícito no enunciado de Helga) marca a informação implícita de que ele bebia antes.

2. O que se pode concluir a respeito do marido da Irma a partir da leitura do segundo quadrinho?

Conclui-se que ele (o marido) parou de beber porque morreu. Informação implícita marcada na palavra “enterro”.

Podemos dizer que nesse texto há informações explícitas e implícitas. Logo, para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto os dados explícitos quanto os implícitos. Estes últimos são os pressupostos e os subentendidos.

Pressupostos

Os pressupostos são aquelas ideias não expressas de modo explícito, mas que o leitor pode perceber a partir de certas palavras ou expressões contidas no enunciado. Da leitura do quadrinho, podemos depreender que a informação explícita pode ser questionada, pois a amiga da Helga poderia concordar ou não com ela. Entretanto, o pressuposto de que o marido da Irma “bebia antes” é verdadeiro, pois está marcado no verbo “parou”.

Logo, tem-se que o pressuposto necessita ser verdadeiro ou pelo menos admitido como tal, porque é a partir dele que se constroem as informações explícitas. Se o pressuposto é falso, a informação explícita não tem cabimento.

Pressuposto: circunstância ou fato considerado como antecedente necessário de outro. É um dado posto como indiscutível para o falante ou ouvinte, não é para ser contestado.

Os pressupostos são marcados, nos enunciados, por meio de vários indicadores linguísticos, dentre eles podemos citar como exemplo:

• Certos advérbios como, por exemplo, ainda, já, agora. Exemplo: Os resultados da pesquisa ainda não chegaram. (Pressupõe-se que os resultados já deveriam ter chegado ou que os resultados vão chegar mais tarde)

• Verbos que indicam mudança ou permanência de estado, como ficar, começar a, passar a, deixar de, continuar, permanecer, tornar-se etc. Exemplo: Maria continua triste. (Pressupõe-se que Maria estava triste antes do momento da enunciação).

• certos conectores circunstanciais, especialmente quando a oração por eles introduzida vem anteposta. Ex.: desde que, antes que, depois que, visto que etc.

Exemplo: Desde que Ricardo casou, não cumprimenta mais as amigas. (Pressupõe-se que Ricardo cumprimentava as amigas antes de se casar).

Informações implícitas: Subentendidos

Leia o quadrinho a seguir:

Disponível em: <http://hq.cosmo.com.br/textos/quadrindex/qhagar.shtm>. Acesso em: 23 ago. 2008.

1. O que se pode concluir da fala de Helga no primeiro quadrinho?

Um homem para ser “grande” precisa do apoio da mulher.

2. O que se subentende do diálogo das duas personagens no último quadrinho?

Hagar não é um grande homem.

Subentendidos são as insinuações escondidas por trás de uma afirmação. O subentendido difere do pressuposto num aspecto importante: ele é de responsabilidade do ouvinte, pois o falante, ao subentender, esconde-se por trás do sentido literal das palavras e pode dizer que não estava querendo dizer o que o ouvinte depreendeu. Logo, o subentendido, muitas vezes, serve para o falante se proteger diante de uma informação que quer transmitir para o ouvinte sem se comprometer com ela.

• Implícito: é algo que está envolvido naquele contexto, mas não é revelado, é deixado subentendido, é apenas sugerido.

• Quando lidamos com uma informação que não foi dita, mas tudo que é dito nos leva a identificá-la, estamos diante de algo implícito.

• A compreensão de implícitos é essencial para se garantir um bom nível de leitura.

Portanto,

• Há textos em que nem tudo o que importa para a interpretação está registrado.

• O que não foi escrito deve ser levado em consideração para que se possa verdadeiramente interpretar um texto.

ARGUMENTAÇÃO

O “jogo” argumentativo é dinâmico, instável, Não existindo o argumento “correto” e sim o argumento “predominante”. Sequer existe o argumento “incorreto”, mas apenas uma fundamentação deficiente.

Mas o que é argumentar?

Argumentar é oferecer razões para sustentar um ponto de vista, teste, ou conclusão. Argumentar é diferente de discutir, na medida em que a argumentação visa a convencer o adversário e não eliminá-lo. O objetivo de todo o discurso argumentativo é modificar o comportamento do auditório, ou seja, provocar uma atitude ou crenças novas ou alterar atitudes ou crenças existentes.

O processo argumentativo consiste essencialmente em duas atividades: persuasão e refutação.

Persuadir é propor um ponto de vista ou posição e argumentar a favor dela, propondo razões que se julgam pertinentes.

Refutar é atacar os argumentos do opositor. Consiste em apresentar contra-argumentos.

As ideias/valores do produtor do texto são materializadas. Neste momento, sob o prisma de argumentos (opiniões fundamentadas), isto é, diante de um tema polêmico (aquele que pressupõe uma discussão, em que há sempre a possibilidade de mais de uma posição sobre o ponto em debate), apresenta-se uma tese (tomada de posição diante do tema), que, apoiada na escolha e ordenação desses argumentos, convencerá o público-alvo.

Logo, diz-se que argumentar

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