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Diabetes Mellitus

Por:   •  12/4/2015  •  Resenha  •  1.809 Palavras (8 Páginas)  •  2.387 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença de várias origens, ocorre pela baixa secreção de insulina e também pela falta de capacidade da insulina exercer de maneira correta sua função. A DM é caracterizada pelo aumento de glicose no sangue e acompanhada pelo aumento gordura no sangue, hipertensão e disfunção endotelial.

A DM em longo prazo tem como consequência alterações micro e macrovasculares que levam a disfunção ou a falência de vários órgãos. Algumas das complicações crônicas incluem Nefropatia, com possível evolução para insuficiência renal; Neuropatia periférica, com risco de úlceras nos pés, amputações, alterações na motilidade gastrointestinal, cardiopatia autonômica e aumento do risco de morte súbita e etc.

Portadores de DM apresentam maior risco de terem doença vascular aterosclerótica, como doença coronariana, doença arterial periférica e doença vascular cerebral.

A Diabetes Mellitus é considerada um sério e crescente problema de saúde pública nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. A Organização Mundial de Saúde (OMS) projetam que até 2025 tenham mais ou menos 300 milhões de pessoas com diabetes, destes 75% viverá em países em desenvolvimento e terá dificuldades a ter acesso a centros especializados e a maioria deles apresentará Diabetes Mellitus tipo 2 e estará na faixa etária entre 45 a 64 anos.Estudos multicêntricos,realizados entre 1986 a 1988,em diferentes cidades do Brasil,mostrou prevalência de DM de 7,6%,com cerca de 30 a 50% dos casos não diagnosticados.

O UKPDS (1998), um dos mais importantes estudos clínicos realizados com portadores de DM2, associou uma melhora no controle glicêmico com a redução das taxas de retinopatia e nefropatia. Uma nova analise realizada com os dados do UKPDS demonstrou que independente da terapia utilizada, a melhora do controle glicêmico foi associado à redução de morte por complicação tardia do Diabetes Mellitus incluindo morte por doença arterial coronariana e doença cerebrovascular, outros controles de fatores de risco cardiovascular como pressão arterial, tabagismo e dislipidemia mostram-se também eficazes na diminuição do risco de morbidade e mortalidade cardiovascular.

Apesar de todas as evidências, a maioria dos portadores de DM não alcança na prática clínica diária, os níveis recomendado pelas diretrizes das sociedades profissionais envolvidas com o tratamento de DM. A DM2 é uma doença crônica caracterizada pela perda progressiva da função das células do Pâncreas. Com o aumento de diabetes entre a população mais jovens e possuindo uma maior expectativa de vida com a doença, maior número de pacientes desenvolverá deficiência severa de insulina e necessitará de reposição de insulina. Tendo em vista a desproporção e as perspectiva entre o número de portadores da Diabetes Mellitus tipo 2 que terão necessidade de insulinoterapia e o número de especialista mais capacitados para a prescrição desta forma de tratamento (endocrinologista)conclui-se que especialista de outras áreas de conhecimento e clínicos generalistas devem capacita-se para identificar a necessidade de prescrever i início da insulinoterapia e adequação ou progressão,desta terapia para cada fase da deficiência secretória evolutiva dos portadores DM2.

POR QUE PRESCREVER INSULINA PARA PORTADORES DE DIABETES TIPO 2?

• Fisiopatologia da célula:

A glicose é derivada de 3 fontes:digestão de carboidratos;glicogenólise;gliconeogênese.No pós-prandial,o fluxo de glicose pode ser de 20 a 30 vezes superior à produção hepática de glicose do período entre as refeições.A primeira fase da secreção de insulina acontece de aproximadamente 10 minutos e suprime a produção hepática de glicose e facilita a segunda fase da secreção de insulina ocorre por quase 2 horas e cobre os carboidratos proveniente da refeição .Os níveis circulantes de insulina nos períodos entre as refeições são mantidas baixos,adequados para as necessidades metabólicas desses períodos.As células beta aumentam a secreção de insulina em resposta ao nível absoluto ou aumento da glicemia.A perda de responsividade da secreção de insulina aos níveis de glicose,que pode ser reversível em estágios precoces.Em pessoas com DM2 a primeira fase de secreção de insulina está ausente e a segunda não é adequada ,antes do diagnóstico e tratamento,as células beta secretam insulina em excesso para compensar a resistência a insulina presentes nos portadores de DM2,porém o acumulo de amilóide nas células beta provoca a queda da secreção de insulina.Com o diagnósticos de DM2,a função das células beta estar preservada em 50%.Mas os resultados do UKPDS mostraram que com o passar do tempo a deterioração continua independente do tipo de tratamento utilizado.A secreção de insulina endógena pode ser estimulada pelas meglitinidas na primeira fase ou pela sulfoniluréia na segunda fase.De 100% dos pacientes,30% foram tratados no início com sulfoniluréia e apresentaram resposta glicêmica inadequadas e os 70% restantes apresentaram falência ás sulfoniluréia de 4 a 5 % ao ano.Podendo concluir que a maioria dos portadores de DM2 necessita de insulina exógena.

• Outros motivos para iniciar a insulinoterapia para portadores de DM2.

Além das fisiopatologias já citadas,estudos cientificos reforçam o uso de insulina exógena para portadores de DM2,eles podem podem obter o controle do índice glicemicos fazendo uso de insulinoterapia,sendo considerado um tratamento mais eficaz para a redução de glicemias altas.A insulinoterapia é importante por que inibe a glicotocidade e com isso a uma preservação da funcionalidade das células beta.

Demostrações mostraram que a redução da hiperglicemia pós-prandial reduzia-se também a espessura da camada íntimo-média da carótida.Ceriello e colaboradores demostraram que a hiperglicemia pós-prandial estar relacionada com a disfunção endotelial em portadores de DM2 e que a administração de insulina antes das refeições melhorava a função endotelial e que a hiperglicemia e a hipertrigliceridemia pós-prandia que induziam por meios de estresse a oxidativo a disfunção endotelial.

O controle glicemico intensivo com a insulinoterapia a longo prazo pode melhorar o prognóstico desfavoráveis ao infarto do miocárdio.Malmberg e colaboradores realizaram estudos com os portadores de DM,os pacientes que receberam a infusão endovenosa de insulina nas primeiras 24 horas após term infarto do miocárdio e por pelo menos 3 meses receberam varias doses diárias de insulina subcutânea,mostrou redução de 19% de

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