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Dona Flor

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Por:   •  1/6/2014  •  Seminário  •  1.582 Palavras (7 Páginas)  •  499 Visualizações

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Dona Flor

Dona Flor e Seus Dois Maridos é um dos romances mais conhecidos do escritor brasileiro Jorge Amado1 , membro da Academia Brasileira de Letras, que o publicou em 1966. Esse romance levado com êxito ao cinema, ao teatro e à televisão.1

Alternando palavras e descrições extremamente realistas da vida boêmia da Salvador dos anos 40, com passagens mais amenas sobre comida e remédios, o livro é um extenso e nostálgico painel do cotidiano e do passado da vida baiana.

O romance se inicia com a morte de Vadinho, um boêmio, jogador e alcoólatra que morre subitamente em pleno carnaval de rua, vestido de baiana. Deixa viúva Dona Flor, a quem explorava e que, apesar da vida desregrada do marido, era apaixonada por ele. Na primeira parte do livro são contados os excessos de Vadinho e de todos os companheiros boêmios que lhe cercavam.

Em contraste com esse ambiente decadente e de maus costumes contado em detalhes pelo autor, na segunda parte do livro é a vida pacata de Dona Flor que passa a ser retratada. É descrito como ela ganha a vida ensinando culinária na escola de sua propriedade "Sabor & Arte". Intercalando as aulas de culinária, há os suspiros da viúva pelo marido morto, que lembra cada vez mais constantemente das qualidades de ótimo amante de Vadinho e dos poucos momentos de luxo que lhe propiciara, quando ganhava no jogo. Ao mesmo tempo, ela é cortejada por um pretendente, um farmacêutico pacato e religioso. Os dois acabam se casando. Mas, de idade um pouco avançada e bastante conservador, ele não consegue satisfazer Dona Flor, que cada vez mais se lembra de Vadinho.

Na terceira parte, os acontecimentos se atropelam e assumem um estilo do realismo fantástico, quando o espírito de Vadinho (que era filho de Exu) retorna e passa a atormentar Dona Flor. Somente ela vê Vadinho, que quando está com Dona Flor parece ser capaz de realizar as mesmas coisas que fazia na cama quando estava vivo. Dona Flor hesita em se manter fiel ao novo marido ou ceder ao espírito do primeiro.

Tereza Batista cansada de guerra

Romance, 1972 | Posfácio de Lygia Fagundes Telles

Órfã de pai e mãe, a menina Tereza é vendida pela tia Felipa a Justiniano Duarte da Rosa, o capitão Justo. Nas terras dele, é tratada como propriedade, inclusive do ponto de vista sexual. Mas Tereza irá lutar até o fim contra as dominações a que se vê submetida.

Surpreendida pelo capitão ao lado do amante Daniel, Tereza é obrigada a se defender das violências de Justiniano com uma faca. Presa, ela será libertada por Emiliano Guedes, usineiro rico e antigo admirador. Mandada para um convento, foge incentivada pela cafetina Gabi. Emiliano intervém mais uma vez e retira a jovem do bordel. Entregue a si própria e ao destino, ela vai para Sergipe, onde suas desventuras não cessarão: apaixona-se por Januário Gereba, um homem casado; combate uma epidemia de varíola, ao lado das prostitutas da pequena cidade de Buquim, dando auxílio aos doentes da “Bexiga Negra”; depois muda-se para Salvador, onde lidera um movimento de prostitutas, a “greve do balaio fechado”.

“Peste, fome e guerra, morte e amor, a vida de Tereza Batista é uma história de cordel”, já adiantava a epígrafe do romance. Na saga dessa heroína não faltam atribulações e conflitos, que ela vai enfrentar com determinação inabalável. E o fim de sua história reacende uma luz de esperança que o cansaço não pode apagar.

O espírito do inconformismo, da luta e da sedução (mas também o da recusa da sensualidade) garantem o lugar de Tereza Batista entre as grandes protagonistas de Jorge Amado.

ubiabá, de Jorge Amado

Publicado: 06/06/2013

Análise da obra

Jubiabá, romance escrito por Jorge Amado, em 1935, trata da trajetória da personagem Balduíno, de menino do Morro do Capa Negro a líder grevista em lutas trabalhistas na cidade da Bahia, Salvador.

A intenção central da obra, além da visão romanesca da vida popular, é sugerir o lento amadurecimento do protagonista, rumo à consciência política. É um romance característico do "realismo socialista", com alguns ingredientes sensuais e apimentados do cenário baiano.

O romance teve duas adaptações para o teatro, ambas com as peças intituladas Jubiabá: a primeira, de autoria de Roberto Alvim Correia, foi levada a cena, no Rio de Janeiro, em 1961; a segunda, efetuada por Miroel Silveira, e também encenada no Rio de Janeiro, ocorreu no ano de 1970.

Jubiabá é construído sob traços romanescos e épicos que o tornam obra expressiva aos moldes do romance de 30 no Brasil, romance que documenta um momento de lutas pelos direitos trabalhistas, na cidade da Bahia, Salvador, além de tratar dos tipos peculiares habitantes daquele lugar, sob uma ótica ao mesmo tempo realista e idealista.

O romance se chama Jubiabá, nome do pai-de-santo e guia espiritual do povo, não levando o nome do protagonista Antônio Balduíno. O pai de santo representa toda a comunidade do morro do Capa Negro, e adjacências, sendo o herói épico e religioso que dá identidade ao povo durante toda a narrativa. No desenrolar do romance, o pai-de-santo é, insistentemente, a referência para o negro Balduíno, é modelo e orientação de vida. Balduíno somente se liberta de seu domínio a partir do momento em que Jubiabá não pode explicar o sentido da greve, sentido descoberto por Balduíno no final da narrativa, o que vai fazer dele um novo homem.

A narrativa é composta de contos e lendas que fazem parte do imaginário do povo nordestino, além das histórias de marinheiros viajantes que levam uma vida de constantes perigos. Essas histórias educam a personagem Balduíno durante toda a primeira e segunda parte do romance.

O mundo ao qual Balduíno pertence é recheado de histórias de seu povo, tanto dos seus ascendentes quanto dos homens que viveram ali: saveireiros, jagunços, sertanejos, operários,

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