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Heterônimos De Fernando Pessoa

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Por:   •  4/11/2013  •  963 Palavras (4 Páginas)  •  540 Visualizações

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Introdução

Fernando Pessoa foi um poeta e escritor português. É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa. O crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo". Por ter sido educado na África do Sul, para onde foi aos seis anos em virtude do casamento de sua mãe, Pessoa aprendeu perfeitamente o inglês, língua em que escreveu poesia e prosa desde a adolescência. Das quatro obras que publicou em vida, três são na língua inglesa. Fernando Pessoa traduziu várias obras inglesas para português e obras portuguesas para inglês.

Ao longo da vida trabalhou em várias firmas comerciais de Lisboa como correspondente de língua inglesa e francesa. Foi também empresário, editor, crítico literário, jornalista, comentador político, tradutor, inventor, astrólogo e publicitário, ao mesmo tempo que produzia a sua obra literária em verso e em prosa. Como poeta, desdobrou-se em múltiplas personalidades conhecidas como heterônimos, objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra. Centro irradiador da heteronímia, auto-denominou-se um "drama em gente".

Heterônimos

Ao contrário dos pseudônimos - vários nomes para uma mesma personalidade - os heterônimos constituem várias pessoas que habitam um único poeta. Cada um deles tem a sua própria biografia, sua temática poética singular e seu estilo específico. É como seus fragmentados e múltiplos explodissem dentro do artista, gerando poesias totalmente diversas. O próprio Fernando Pessoa explicou os seus heterônimos:

“Por qualquer motivo temperamental que me não proponho analisar, nem importa que analise, construí dentro de mim várias personagens distintas entre si e de mim, personagens essas a que atribuí poemas vários que não são como eu, nos meus sentimentos e idéias, os escreveria.”

Quando falamos de Fernando Pessoa, é necessário fazermos uma distinção entre todos os poemas que assinou com o seu verdadeiro nome e todos os outros, atribuídos a diferentes heterônimos, dentre os quais destacam-se Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis.

Álvaro de Campos

Álvaro de Campos nasceu em 1890 em Tavira. A sua primeira composição data de 1914. Estudou engenharia na Escócia, formou-se em engenharia naval. Visitou o Oriente e durante essa visita escreveu o poema Opiário. Regressou a Portugal onde se encontra com mestre Alberto Caeiro e torna-se seu discípulo:

“O que o mestre Caeiro me ensinou foi a ter clareza; equilíbrio, organismo no delírio e no desvairamento, e também me ensinou a não procurar ter filosofia nenhuma, mas com alma.” (Páginas Íntimas e Auto Interpretação, p. 405).

Distancia-se, no entanto, muito do mestre ao aproximar-se de movimentos modernistas como o futurismo. Distancia-se do objetivismo do mestre, centrando-se no subjetivismo que acabará por enveredar pela consciência do absurdo, pela experiência do tédio, da desilusão.

Álvaro de Campos experimentara a civilização e admira a energia e a força, transportando-as para o domínio da sua criação poética, nomeadamente nos textos Ultimatum e Ode Triunfal. Álvaro de Campos é o poeta modernista, que escreve as sensações da energia e do movimento bem como, as sensações de “sentir tudo de todas as maneiras”.

Ricardo Reis

Para o nascimento de Ricardo Reis, Fernando Pessoa estabelece datas distintas. Primeiro afirma, de acordo com o texto de Páginas Íntimas e de Auto- Interpretação (p.385) que este nasce no seu espírito no dia 29 de Janeiro de 1914. Mais tarde, numa carta a Adolfo Casais Monteiro, altera a data deste nascimento afirmando que Ricardo Reis nascera no seu espírito

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