Literuatura Hq

Algum tempo atrás, no Brasil, levar histórias em quadrinhos para sala de aula era motivo de resistência por parte de muitos professores. Vale lembrar que o cenário escolar era bem diferente do atual. Os quadrinhos, hoje, são bem-vindos nas escolas e, existe até estímulo do governo que isso aconteça.

Vemos atualmente outra relação entre quadrinhos e educação, muito mais harmoniosa. As HQs já estão presentes nas provas de vestibulares e foram incluídas no PCN ( Parâmetro Curricular Nacional) e muitas são distribuídas ao ensino fundamental através do Programa Nacional Biblioteca na escola.

Pode-se dizer que, definitivamente os quadrinhos foram para dentro das escolas e fazem parte da realidade pedagógica do professor.

Este trabalho pretende mostrar por meio das análises intertextuais a importância das histórias em quadrinhos no processo de significação para formação do leitor e, não apenas isso, com elas também contribuem para o ensino de outras áreas, e de como esse método é aceito pelos alunos, o que é mais significativo.

Para isso será utilizado o aparato teórico linguístico da autora Ingedore Koch.

1.1 Concepção de leitura

Neste capitulo apresentarei uma breve definição de conhecimentos envolvidos para a correta interpretação dos textos, com ênfase á leitura de quadrinhos.

É comum ouvirmos falar sobre a importância da leitura em nossas vidas e sobre a necessidade de se cultivar o hábito de leitura entre as crianças e os jovens.

Pensando nisso podemos levantar algumas questões como: O que é ler? Para que ler? Como ler?

evidentemente, as perguntas poderão ser respondidas de diferentes modos, os quais revelarão uma concepção de leitura decorrente da concepção de sujeito, de língua, de texto e de sentido que se adote. (KOCH, 2002, p.9)

Sendo assim, a leitura pode ser entendida como a atividade de captação de ideias do autor, sem levar em consideração as experiências e conhecimento do leitor. O foco de atenção é, pois, o autor e suas intenções, e o sentido está centrado no autor, bastando tão somente ao leitor captar essas intenções.

A leitura é uma atividade na qual se leva em conta as experiências e os conhecimentos do leitor;

A leitura de um texto exige do leitor bem mais que o conhecimento do código linguístico, uma vez que o texto não é simples produto da codificação de um emissor a ser decodificado por um receptor passivo.

Na atividade de leitura e produção de sentido, são colocadas em ação diversas estratégias sociocognitivas. São estratégias por meio das quais se realiza o processamento textual utilizando vários tipos de conhecimentos que temos armazenados na memória.

O processamento textual é estratégico porque os leitores, diante de um texto, realizam simultaneamente vários passos interpretativos, efetivos, eficientes, flexíveis e rápidos. Para entendermos como isso ocorre basta pensar que, na leitura de um texto, fazemos pequenos cortes que funcionam como entradas a partir dos quais somos capazes de elaborar hipóteses de interpretações.

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