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MULTILETRAMENTOS: PROTÓTIPO DE PRODUÇÃO DE HQs DIGITAIS

Por:   •  7/5/2017  •  Bibliografia  •  1.175 Palavras (5 Páginas)  •  214 Visualizações

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MULTILETRAMENTOS: PROTÓTIPO DE PRODUÇÃO DE HQs DIGITAIS

  1. INTRODUÇÃO

A transição do século XIX para o XX alavancou várias mudanças de paradigmas, no Brasil durante essa passagem houve a transição da Era Industrial para a Era da Informação, no qual o conhecimento e o acumulo de informação passou a ser mais valorizado em comparação ao trabalho operacional.

Com essa passagem, a escola deixa de ser um espaço de instrução e começa a visar a construção coletiva de ensino-aprendizagem, formando indivíduos sociais, conhecedores dos seus direitos e tendo plena consciência social e absoluta dos seus atos. A escola da Era da Informação se centra na coletividade, não se detendo somente ao cotidiano escolar, visando a sociedade como parte indissociável do processo.

  Seguindo a perspectiva da escola da Era da Informação, este artigo tem por objetivo, partindo da perspectiva dos multiletramentos (ROJO,) ,  relatar um protótipo idealizado a partir de um software digital de produção de histórias em quadrinhos. Este protótipo foi aplicado em uma escola estadual do munícipio de Jaguarão para alunos do 1º ano do ensino médio.

    Para tal, primeiramente faremos uma contextualização de onde partimos até chegar a elaboração de tal protótipo; justificaremos por que utilizaremos a perspectiva dos multiletramentos; apresentaremos o protótipo e explicaremos por que utilizamos tal conceito; posteriormente discutiremos e exporemos os resultados obtidos; em seguida retomaremos o que foi abordado a fim de chegarmos a uma conclusão.

Desenvolveremos as ditas discussões por meio dos postulados de Rojo (ANO) no que diz respeito ao conceito de multiletramentos; Castells (ANO);      

  1. DE ONDE PARTIMOS

Jaguarão é um município que faz fronteira com a cidade de Rio Branco-UY e se localiza no interior do Rio Grande do Sul, a cidade possui cerca de 28 mil habitantes. Nela, em 2008, foi instaurada um dos 10 campi da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA –, que inicialmente  contou com dois cursos de graduação, Licenciatura em Letras Português/Espanhol e Licenciatura em Pedagogia; atualmente, possui cinco cursos e graduação.  

Em 2012 foi vinculado a essas duas licenciaturas o Programa de Iniciação à Docência (PIBID), o curso de Letras foi contemplado com dois subprojeto, o subprojeto Letras Língua Materna e o subprojeto Letras Espanhol. O subprojeto Letras Língua Materna, no qual participamos, tem por objetivo desenvolver estratégias de leitura para diferentes gêneros textuais e discursivos, na formação de leitores na educação básica, atuando em diversas escolas do munícipio contando com quinze bolsistas que desenvolvem diferentes pesquisas, oficinas e atividades didáticas que vão de encontro com o objetivo geral apresentado acima.

Este artigo se refere a nossa participação como bolsista deste subprojeto, no qual desenvolvíamos pesquisas relacionadas as Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) e suas potencialidades no ramo educacional. O protótipo que apresentaremos posteriormente foi desenvolvida na Escola Estadual de Ensino Médio Hermes Pintos Affonso para uma turma de 1º ano do ensino médio. A escola se localiza na zona central da cidade e conta com alunos de todos os bairros da cidade, pertencentes as mais diversas classes sociais, tornando a escola um espaço heterogenia no que se refere ao contexto e aos aspectos sociais e culturais dos alunos.

A aplicação desse protótipo se deu devido o desejo de trabalhar e verificar as reais possibilidades de aplicar uma atividade com o uso das TDICs em uma escola da rede básica de ensino. Desde o ano 2012 discutimos e estudamos a respeito do uso das TDICs como ferramenta de auxilio no processo de ensino-aprendizagem dos alunos, no entanto, só desenvolvemos oficinas utilizando o laboratório de informática da Universidade tendo como público alvo os alunos da instituição e professores da rede municipal.

Ingressando no PIBID aproveitamos a oportunidade de estar dentro das escolas para aplicar atividades utilizando as TDICs, verificando se a escola oferece recursos e mídias que possibilitem a utilização das tecnologias digitais em suas práticas e a aceitação/reação dos alunos diante de tais atividades.  

Assim, podemos sair do campo teórico que, muitas vezes, trata o professor como resistente no que se refere ao uso das TDICs e examinaremos se o nosso contexto possibilita que apliquemos tais teorias em nossas práticas.

       

  1. POR QUE MULTILETRAMENTOS?

A utilização de uma metodologia ancorada nos multiletramentos se deu devido a possibilidade de fazer o uso social da leitura e da escrita, seguindo o contexto que os alunos se alojam, a Sociedade Conectiva.

 O surgimento do conceito de multiletramento ou, como dizem alguns autores, letramentos múltiplos, ocorreu devido algumas demandas encontradas em Nova Londres, EUA, no qual um grupo de pesquisadores, sobretudo da Linguística e da Educação se reuniram para debater problemas do ensino anglo-saxão da época, segundo (...........2013, p. 102) esse grupo se denominava “Grupo de Nova Londres” e, devido essas reuniões, criou um documento chamado “Manifesto Programático” onde as principais asserções foram referentes a crescente diversidade linguística, cultural e a multiplicidade dos canais e meios, que deram o nome de pedagogia dos multiletramentos.

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