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Menino De Engenho- José Lins Do Rego

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Por:   •  18/9/2014  •  567 Palavras (3 Páginas)  •  361 Visualizações

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Menino de Engenho- José Lins do Rego

Carlinhos com apenas quatro anos acordou em uma manhã com um grande barulho em sua casa, encontrou sua mãe largada sobre o chão coberta de sangue e seu pai como um louco a chorar sobre ela. Depois de tal catástrofe o pai de Carlinhos foi levado preso e em um abraço doloroso se despediu do filho. Após alguns dias ele foi levado para a fazenda do avô.

Na fazenda de Santa Rosa conheceu o engenho, as plantações de cana, a maquinaria toda do lugar que o encantou. Fez amizades com os primos e passava o dia pela fazenda brincando na lama, fazendo travessuras e nadando no rio. Juntos, eles odiavam a Sinhazinha que levava a chave da despensa e guardava todas as frutas e doces.

Carlinhos amava também as histórias de Totonha, por vezes ela passava pelo engenho e contava grandes histórias com uma esplendorosa interpretação que encantava o menino. Ainda ele ia à senzala onde conversava com os negros. O menino também temia o lobisomem e as histórias relacionadas a ele. E como ali a religião não era algo muito presente, o menino desconhecia Deus e sua palavra, sabia o pouco que a mãe lhe ensinara.

O tio Juca, depois de ter engravidado um negra, ficava sempre no quarto, recebia ali Carlinhos com quem aceitava maiores intimidades, quando ele se ausentava do quarto deixando o menino só, ele corria as coisas do tio e ficava a ver as fotos de mulheres nuas que ele guardava. Um dia foi pego e o tio lhe cortou essa intimidade.

Os primos não brincavam mais com ele por que sempre levavam uma bronca por arrastarem o menino para o quintal e o sereno. Restava-lhe apenas o passeio com Jasmim, mas tinha que voltar cedo. Nesses passeios brincava com os filhos dos empregados que não sabiam do zelo que tinham por ele na casa grande. Por esses tempos o casamento de Tia Maria foi marcado e aconteceu novamente ele perdia uma mãe.

A vida presa que tinha ocasionou no menino um despertar mais cedo pelo sexo e assim se envolvia com tal coisa, sem medo do pecado da imoralização. Nesses dias mataram Jasmim, ele consentiu com a morte, o animal estava gordo e lhe daria outro. Só lhe restava agora Zefa Cajá, uma negra e foi com ela que aos doze anos se tornou homem, com isso pegou uma “doença de homem” uma “doença do mundo”.

Inicialmente a escondeu e lutava contra ela, mas depois veio ao conhecimento dos moradores da casa grande, era motivo de riso. Primeiro não gostou, mas depois tinha orgulho da doença, agora era tratado diferente, quase como homem, os empregados falavam as coisas na frente dele e as conversas não paravam quando ele chegava. A perversão o invadia e ia ver as mulheres tomarem banho no rio que ao mesmo tempo em que o censuravam lhes agradava a curiosidade.

Desde o casamento de Tia Maria que o menino se preparava para ir pra escola. Calças, ciroulas, camisas novas e brancas estavam prontas. Fazia-se o enxoval de Carlos, a sua doença era tratada por Tio Juca e assim chegou o dia de ir para o internato. Foi, sabia que lá poderia ser o que a mãe desejara que fosse, foi seguindo o conselho do avô de dizia que estudando não se arrependeria. Chegou ao internato com a “alma mais velha que o corpo”, saudoso por paixões.

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