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O CURRÍCULO E O CONTEXTO DA SALA DE AULA

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Por:   •  29/9/2013  •  1.787 Palavras (8 Páginas)  •  457 Visualizações

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O CURRÍCULO E O CONTEXTO DA SALA DE AULA

INTRODUÇÃO

Inclusão é um tema muito polêmico na sociedade moderna. Antes de começar a explanar sobre o assunto propriamente dito, far-se-á uma breve contextualização sobre o assunto.

Entende-se que o primeiro lugar onde deveria existir a inclusão é na própria família. Família, do latim famulus que significa criado ou escravo doméstico, ou seja, um grupo de pessoas que convivem juntos em um determinado lugar. É aí, na família que se inicia a sociedade, onde os indivíduos criam seus conceitos e seu caráter através da convivência diária e pela proximidade.

Para Oliveira (2003) a família é o primeiro grupo social ao qual pertencemos. É um tipo de agrupamento social cuja estrutura, em alguns aspectos, varia no tempo e no espaço.

Ninguém espera que uma criança vá nascer com algum tipo de deficiência, mas nem por isso, quando ela nascer terá de ser tratada com hostilidade e indiferença.

Toma-se por base para este trabalho o caso de surdez ou deficiência auditiva. A inclusão deste indivíduo na sociedade, a discriminação e a potencialidade de seus atos perante os reveses que a sociedade lhes impõem.

Várias são as dificuldades ou problemas que entravam o processo que tenta facilitar a inclusão dos deficientes auditivos do ponto de vista social. Neste ponto, destacam-se como variáveis a falta de comunicação oral, que prejudica sensivelmente o aprendizado, como também a aplicação de metodologias não contextualizadas com a realidade sociocultural da criança e/ou adolescente.

No contexto escolar a maior dificuldade esta no fato do despreparo dos educadores atuantes em classes de ensino regular.

No ambiente escolar, verifica-se que a diversidade, constitui o reforço da exclusão social de todos os que, por alguma razão, não conseguem se beneficiar do processo educacional.

1 FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

No dizer de BOAVENTURA DE SOUZA SANTOS: “Temos o direito de sermos iguais quando a diferença nos inferioriza; temos o direito a sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza”.

Nota-se no sistema escolar, que um número cada vez maior de alunos, quando não são bem sucedidos, são rotulados como "Deficientes" e encaminhados à classes especiais, ou, então, engrossam as estatísticas que expressam os baixos níveis de rendimento escolar.

Do ponto de vista psicológico e afetivo, não há dúvida de que é na interação com o grupo e com as diferenças de sexo, de cor, de idade, de condição social e com as diferenças de aptidões e de capacidades físicas e intelectuais existentes no grupo que a criança vai construindo sua identidade, vai testando seus limites, desafiando suas possibilidades e, consequentemente, aprendendo.

CRISTIANE T. SAMPAIO e SÔNIA R. SAMPAIO, na sua obra Educação Inclusiva - o professor mediando para a vida, escrevem:

“Os diferentes ritmos, comportamentos, experiências imprimem ao cotidiano escolar a possibilidade de troca de repertórios, de visões de mundo, confrontos, ajuda mútua e consequente ampliação das capacidades individuais.”

Assim como cada um tem o seu ritmo de aprendizagem, vai depender muito do educador saber adequar os seus conteúdo a sua clientela, no caso, com necessidades especiais.

Em uma perspectiva de escola inclusiva, o ambiente escolar deve representar, com a maior fidelidade possível, a diversidade dos indivíduos que compõem a sociedade.

O paradigma da inclusão remete a pensar as questões do acesso e da qualidade na educação, chamando atenção dos sistemas de ensino para a necessidade de uma nova organização dos espaços educacionais a partir de uma visão abrangente do currículo.

A inclusão social tem por base que a vigência dos direitos específicos das pessoas com deficiência está diretamente ligada à vigência dos direitos humanos fundamentais.

Logo no artigo 1° da Constituição são mencionados dois dos fundamentos que amparam os direitos de todos os brasileiros, incluindo, é claro, as pessoas com deficiência: a cidadania e a dignidade.

Cidadania: é a qualidade de cidadão. E cidadão é o indivíduo no gozo de seus direitos civis, políticos, econômicos e sociais numa Sociedade, no desempenho de seus deveres para com esta.

Dignidade: é a honra e a respeitabilidade devida a qualquer pessoa provida de cidadania.

Estes são apenas alguns dos direitos de que os indivíduos com deficiência, muitas vezes são privados. Direitos garantidos na Constituição e a eles são negados pelo fato de terem algum tipo de dificuldade, motora ou psíquica.

Já que o princípio fundamental da escola inclusiva é de que todos os alunos sempre que possível devem aprender juntos independente de suas dificuldades ou diferenças, é necessário que se faça a intenção de ajudar e colaborar para que o ensino se concretize.

A efetivação da inclusão social requer eliminar todos os preconceitos, concentrando a mudança de atitude em relação às diferenças. A adequação das estruturas físicas que permitam o acesso às tecnologias, aos códigos e às linguagens que possibilitem formas diferenciadas de comunicação e a modificação das práticas pedagógicas que promovam a interação e valorizem as diferentes formas de construção do conhecimento.

2 LIBRAS – LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

2.1 LIBRAS

A LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) tem sua origem na Língua de Sinais Francesa.

Segundo o Instituto Nacional de Educação de Surdos, Ernest Huet, professor surdo francês, veio ao Brasil em 1856 e, chegando ao Rio de Janeiro, encontrou surdos cariocas mendigando nas ruas e praias. Voluntariamente dedicou-se ao ensino da língua, que foi recebida rapidamente pelos surdos brasileiros.

As Línguas de Sinais não são universais. Cada país possui a sua própria língua de sinais, que sofre as influências da cultura nacional.

Como qualquer outra língua, ela também possui expressões que diferem de região para região (os regionalismos), o que a legitima ainda mais como língua.

Sabe-se que em 24 de abril de 2002, foi decretada e sancionada a Lei N° 10.436, que reconhece como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais

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