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O Simbolismo

Por:   •  9/8/2016  •  Relatório de pesquisa  •  1.482 Palavras (6 Páginas)  •  1.041 Visualizações

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Simbolismo

  1. Origem

O movimento surge no final do século XIX simultaneamente em meio a inúmeros estilos e surge como uma reação ao esquema materialista que predominava no final do século XIX.

O Simbolismo tem suas origens enraizadas na França. É marcada pela publicação de “as flores do mal”, de Charles Baudelaire, que muda a perspectiva francesa em relação a literatura principalmente por ser moderna na temática e na sua forma, mostrando o lado obscuro.

Seu término ocorre em 1915, quando Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro lançam e revista Orpheu e dão início ao movimento Modernista.

Ao mesmo tempo, a burguesia europeia passava por momentos de depressão devido à situação econômica no continente.
Como forma de reação aos problemas sociais que assolava a Europa, nascia o Simbolismo manifestando-se na música, nas artes plásticas, na literatura e no teatro. Valorizando a intuição pessoal e a liberdade imaginativa como forma de conhecimento.

  1.  Características do simbolismo

O simbolismo se contrapõe ao parnasianismo, que valorizava o culto a forma e o romantismo, com todo o sentimentalismo exacerbado, afim de evitar o aprisionamento da criatividade, excessivamente formais, e que se descuidam do conteúdo e do espírito.

O simbolismo manifesta-se na poesia. As obras buscam sugerir os objetos com 0símbolos, como ao usar a cruz para falar de sofrimento. Os versos exploram a sonoridade e a visualidade. Apesar de várias de suas bases coincidirem com as do romantismo, difere dele pela expressão da subjetividade sem sentimentalismo. O simbolismo prega a individualidade fazendo com que cada poeta demonstre a situação de seus cotidiano. Considera que só é real aquilo que está na consciência individual do poeta.

O movimento tinha uma noção de que a realidade cientifica podia de alguma maneira explicar e resolver os problemas da humanidade. Tem como características subjetividade, reação ao parnasianismo, musicalidade, mistério/místico, irracionalismo, e a teoria de Freud em relação ao inconsciente.


Os simbolistas terão maior interesse pelo particular e individual do que pela visão mais geral. A visão objetiva da realidade não desperta mais interesse, e sim a realidade focalizada sob o ponto de vista de um único indivíduo. Dessa forma, é uma poesia que se opõe à poética parnasiana e se reaproxima da estética romântica, porém mais do que voltar-se para o coração, os simbolistas procuram o mais profundo do "eu", buscam o inconsciente, o sonho.


A musicalidade é uma das características mais destacadas da estética simbolista. Para conseguir aproximação da poesia com a música, os simbolistas lançaram mão de alguns recursos, como por exemplo a aliteração, que consiste na repetição sistemática de um mesmo fonema consonantal, e a assonância, caracterizada pela repetição de fonemas vocálicos. 

Um dos princípios básicos dos simbolistas era sugerir através das palavras sem nomear objetivamente os elementos da realidade. Ênfase no imaginário e na fantasia. Para interpretar a realidade, os simbolistas se valem da intuição e não dá razão ou da lógica. Preferem o vago, o indefinido ou impreciso. Por isso, gostam tanto de palavras como: névoa, neblina, bruma, vaporosa.

Os simbolistas chegaram a propor uma nova visão do mundo que não aceitava apenas as noções materiais, valorizava a questão da transcendência e a espiritualidade.

Os simbolistas receberam o apelido de nefelibatas, ou seja, aqueles que vivem no mundo das nuvens, porque toda essa subjetividade colocava o homem a margem da realidade.

Mas só em 1881 a nova manifestação é rotulada, com o nome decadentismo, substituído por Simbolismo em manifesto publicado em 1886. Espalhando-se pela Europa, é na França, porém, que tem seus expoentes, como Paul Verlaine, Arthur Rimbaud e Stéphane Mallarmé que ficaram conhecidos como os poetas malditos.

  1. Simbolismo em Portugal

O simbolismo teve início no ano de 1890, quando Eugenio de Castro publica a obra Oaristos, e prolongou-se até 1915, época do surgimento da revista Orpheu, marca do modernismo português. Antônio Nobre e Camilo Pessanha também são outros expoentes desse movimento em Portugal.

Eugenio de Castro, o introdutor do simbolismo em Portugal, pretendia revolucionar a poesia portuguesa do ponto de vista formal, Foi quem melhor trabalhou em seus versos por meio de inovações das imagens, da rima e da métrica e a exploração da musicalidade na linguagem contrapondo ao tradição romântica.      

  1.  Principais poetas do simbolismo em Portugal

Antônio nobre abordava a temática da saudade, com ênfase na musicalidade das palavras e com a utilização de imagens inesperadas, idealizando a infância e o campo.

Antônio Nobre, um poeta defensor do nacionalismo português, e que liberta já a poesia simbolista do artificialismo e do convencional. Um dos aspectos que podemos apontar em seus poemas é a simplicidade com que o autor dispõe os versos, numa linguagem mais coloquial, ao gosto dos românticos, mas também mais trabalhada, com certas particularidades, tais como: a resignação ao destino e uma atitude passiva diante da vida, herança do fenômeno pessimista.

Camilo Pessanha que é tido como um dos líricos portugueses mais típicos, e o representante mais completo e exemplar do simbolismo português, fundia apelos sensoriais suaves a uma vaga melodia, como se a alma do artista e o cenário se interagissem de maneira sutil.

O que se pode deixar claro é que, embora o simbolismo tenha sido um movimento literário de curta duração, como foi, se prestou com eficiência naquilo que se lhe propôs. Todos os autores com a ideia ímpar de que o poema deve ter uma concepção estética acompanhada do prazer de descrever o sonho como representação sublime da realidade, como um princípio constitutivo em se fazer arte pela arte.

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