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Por:   •  17/3/2015  •  4.102 Palavras (17 Páginas)  •  116 Visualizações

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Introdução

Neste artigo iremos comentar algumas idéias sobre alfabetização e letramento e suas implicações e possibilidades no âmbito escolar , tendo em vista que ambos são processos distintos, muito embora estejam associados, principalmente pelo fato de possibilitarem ao individuo a aquisição da leitura e da escrita. Inicialmente cabe dizer que a alfabetização se ocupa da aquisição da leitura e da escrita, o presente tema nos parece relevante na cotidiano da sala de aula, pois são praticas muito utilizadas pelos professores na alfabetização infantil.

Nesse relatório iremos perceber que existem diferenças entre alfabetização e letramento ex:

Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado. Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever, mas que responde adequadamente às demandas sociais da leitura e da escrita. Alfabetizar letrando, é ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando deve ser alfabetizado e letrado.

Alfabetização

Relembrar o meu processo de aquisição da leitura e da escrita é reviver um momento significativo da minha infância, pois foi muito prazeroso para mim o primeiro contato com as letras.

Nos meus primeiros anos de escola ouvia muitos contos como branca de neve e os sete anões, chapeuzinho vermelho, cinderela e outros. Sentia muito prazer em ouvir,ler e por isso me envolvia completamente ficando horas e horas lendo, vivenciando aquelas historias.

Lembro carinhosamente de livros que li nas primeiras séries do ensino fundamental como Meu pé de Laranja Lima,Heide,Rebeca do vale do sol,Poliana menina e Xisto,o menino do dedo verde.E atualmente de forma engraçada descubro que tenho dúvidas se foram duas obras ou se Xisto também tinha o dedo verde,mas como foi uma de minhas leituras prediletas eu não tenho interesse em recorrer a pesquisas e desmanchar a minha fantasia.Essas leituras foram tão marcantes em minha vida que no momento consigo lembrar de passagens dessas obras lidas.

Li também alguns da série vaga lume como: A ilha Perdida,Zezinho dono da porquinha preta e Sozinha no mundo,recordo-me que na leitura dessa última obra tinha momentos em que eu me sentia a própria personagem apertando seus bichinhos de pelúcia e se escondendo dentro das vidraças,chegava a sentir meu corpo apertado pela falta de espaço das tais vidraças.E saliento que tudo isso para mim foi e continua sendo mágico.

Diante do exposto comecei a perceber que quem lia tinha a oportunidade de conhecer lugares e personagens fantásticos e diferentes.Nessas leituras encontrei lições de vida muitas vezes inesquecíveis.A alfabetização deve ser compreendida como processo que vai muito além da aquisição do código. Estar alfabetizado significa atribuir significado e sentido às funções sociais vinculadas à escrita. Segundo Gordon Wells3 , estar plenamente alfabetizado é ser capaz de compreender diferentes tipos de textos, possuir um repertório de procedimentos e habilidades para relacioná-los em um campo social determinado.

A aquisição do sistema da escrita não promove o desenvolvimento do intelecto mas, sim, a reflexão e o uso da multiplicidade de funções da escrita. Os adultos não alfabetizados, apesar de não dominarem o código escrito, estão imersos em um universo letrado que oferece pistas e possibilidades para um pensamento alfabetizado.

Durante muito tempo, acreditou-se que, primeiro, os educando deveriam conhecer as letras, saber juntá-las, relacioná-las com a pauta sonora, saber pontuação, regras gramaticais etc. Só depois conseguiriam lidar com a linguagem escrita, ou seja, com a elaboração e compreensão dos textos.

No campo da alfabetização de adultos, essa concepção ainda é muito freqüente. Mesmo os adeptos da análise da realidade, quando no trabalho com a escrita, retrocedem ao ensino hierarquizado (primeiro, letras, depois, sílabas, palavras etc.).

O processo de ensino e aprendizagem da língua visa ao desenvolvimento da competência discursiva (ampliar a capacidade de produzir e interpretar textos orais e escritos), para possibilitar a resolução de problemas do cotidiano, a participação no mundo letrado, contribuindo para o exercício pleno da cidadania. Os textos orais e escritos e seus usos sociais e comunicativos assumem relevância como unidade básica do ensino. O trabalho com a língua escrita na escola deve estar estreitamente vinculado a suas funções comunicativas e sociais, aspectos discursivos e finalidade, sem anular suas características intrínsecas É através do trabalho com a produção e interpretação de textos de uso social (orais e escritos) com a prática de leitura e escrita que a competência textual é desenvolvida nos adultos pouco escolarizados.

Existem formas de discurso e competências apropriadas para diferentes propósitos: para escrever uma carta, uma receita, registrar pensamentos ou regras de jogo, comunicar notícias... O que deve ser ensinado é a possibilidade de uma escrita, leitura e fala autônoma na diversidade de circunstâncias, o que implica em desenvolver formas organizativas e discursivas diferenciadas e realizar atividades distintas com o ler, escrever e falar: re-escrever, parafrasear, citar, revisar, reproduzir, ler para se divertir, ler para buscar informação, ouvir etc.

Sabemos que a Escola é uma instituição conservadora que produz a manutenção do seu produto - as ideologias permeantes. Então, vamos pensar juntos. O que motiva nossos governantes a se voltar para essa questão? Os índices? Ou os alfabetizados?

Se a resposta for os alfabetizados gostaria de fazer algumas colocações:

• Estar alfabetizado é poder ir além do código escrito

• É apropriar-se da função social constituinte dos atos de ler e escrever.

• Ser alfabetizado é fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano.

• É ser capaz de ler um livro, uma revista, um jornal.

• É estar apto a escrever uma carta.

• É poder, no mundo da cultura da tela e das imagens e sons com os meios eletrônicos, conseguir acessar informações e delas se utilizar com senso crítico e não apenas “copiar” e “colar”.

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Fornecer esse nível de alfabetização é um processo trabalhoso que depende

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