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Por:   •  8/10/2014  •  2.803 Palavras (12 Páginas)  •  290 Visualizações

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Introdução

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais e o Currículo do Estado de São Paulo: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Ensino Fundamental – Ciclo II e Ensino Médio sugerem discutir o Romantismo na 2ª Série do Ensino Médio. Este trabalho visa mostrar o Romantismo destacando como obra para ser trabalhada A Moreninha de autoria do escritor brasileiro Joaquim Manuel de Macedo (1820–1882) publicado em 1844.

Estudar a Literatura do período implica conhecer as transformações ocorridas e ver de que modo elas acarretaram uma nova forma de ver e sentir o mundo. O Romantismo nasceu na Alemanha e na Inglaterra, chegou à França e depois se espalhou por toda a Europa. O Romantismo surge em Portugal em um período de efervescência política, alguns anos após a revolução de 1820 que levou os liberais portugueses ao poder.

O Romantismo identifica-se com o liberalismo burguês e com o espírito de lutas e revolução que envolveu a sociedade portuguesa no século XIX, e pode ser dividido em três fases diferentes. Sendo que a primeira fase se caracteriza pelo empenho de seus integrantes em implantar o Romantismo no país; pelo nacionalismo e pelas preocupações históricas e políticas, procurou glorificar heróis do passado e contar histórias medievais que engrandeciam a nação. Outras temáticas como o subjetivismo, medievalismo, a idealização da mulher, do amor, da natureza caracterizam essa primeira fase.

Já a segunda fase representa a maturidade do movimento romântico, os autores passam a ser tocados pelo pessimismo, pelo negativismo existencial, pelo mórbido e pelo sentimentalismo excessivo.

Na terceira fase os autores passam a ter traços que antevêem o período realista, preconiza o ideário de liberdade em relação às mazelas instituídas pela sociedade.

O Romantismo no Brasil

O romantismo surgiu no Brasil anos depois da nossa independência política, assumiu na literatura a conotação de um movimento anticolonialista e antilusitano, o país procurava afirmar sua identidade, por isso, as primeiras obras literárias mostravam-se empenhadas em definir um perfil da cultura brasileira identificada com as raízes históricas, linguísticas e culturais do país no qual o nacionalismo era o traço essencial.

A publicação da obra Suspiros Poéticos e Saudades em 1836 de Gonçalves de Magalhães, tem sido considerada o marco inicial do Romantismo no Brasil, predominam as mesmas características do romantismo europeu, vale mencionar que a busca de autores como Gonçalves Dias e Jose de Alencar em abrasileirar a língua portuguesa merece destaque. O indianismo e o regionalismo são bem característicos nas obras e trazem aos textos expressões tipicamente brasileiras do nacionalismo romântico. São palavras de Gonçalves Magalhães:

Não se pode lisonjear muito o Brasil de dever a Portugal sua primeira educação, tão mesquinha foi ela que bem parece ter sido dada por mãos avaras e pobres. No começo do século atual, com as mudanças e reformas que tem experimentado o Brasil, novo aspecto apresenta a sua literatura. Uma só idéia absorve todos os pensamentos, uma idéia até então desconhecida; é a idéia da pátria; ela domina tudo, e tudo se faz por ela, ou em seu nome. Independência, liberdade, instituições sociais, reformas políticas, todas as criações necessárias em uma nova Nação, tais são os objetivos que ocupam as inteligências, que atraem a atenção de todos e os únicos que ao povo interessam. (G. Magalhães - 1836).

No Brasil o movimento romântico se deu em três momentos: primeira geração fase nacionalista, indianista e religiosa; segunda geração ultrarromantismo marcada pelo mal do século apresenta egocentrismo exarcebado, pessimismo, satanismo e atração pela morte; e a terceira geração formada pelo grupo condoreiro que representa um período de transição na poesia brasileira mais voltada para os problemas sociais e para tratar um novo tema amoroso. No Brasil a literatura romântica contou com um grande número de romances urbanos entre os quais se destacam A Moreninha de Joaquim Manuel de Macedo nosso objeto de estudo. Essa obra marca o inicio da ficção do romantismo brasileiro é considerado o primeiro romance tipicamente brasileiro, pois retratou hábitos da juventude burguesa carioca, contemporâneo à época de sua publicação.

Resumo: A Moreninha

O enredo inicia-se com a ida de um grupo de amigos Augusto, Fabrício e Leopoldo, sendo convidados por outro colega, Filipe, para passar o dia de Sant'Ana na casa de praia de sua avó. Filipe aposta que os amigos irão se interessar por suas primas ou por sua irmã Carolina que lá estarão. Os amigos decidem ainda fazer uma aposta: se Augusto conseguisse apaixonar-se por uma única jovem durante quinze dias ou mais, visto que se julgava incapaz para tanto, ele assumiria o compromisso de escrever um romance relatando tal paixão. O jovem evita cair nas graças das mulheres que encontra, desfazendo as esperanças nele depositadas e mostrando-se leviano às investidas românticas, Augusto passa a ser rejeitado nesse círculo.

Todavia, Carolina, a Moreninha, uma jovem de quinze anos, inteligente e zombeteira, trará uma nova atmosfera à alma de Augusto. Tomado por sentimentos perturbadores, o rapaz acaba confessando a D. Ana, avó da menina, um segredo guardado há sete anos, no qual estava à explicação para a sua personalidade obscura e instável, aos treze anos havia feito um juramento de fidelidade a uma menina que conhecera na praia. Ele e a menina haviam se unido para auxiliar um moribundo, o qual num gesto simbólico abençoou, profetizando a união de ambos... Deu-lhes, então, dois breves: um branco, que levaria costurado um camafeu de Augusto, presenteado à garota; e outro verde, cosido a um botãozinho de esmeralda da blusa da menina, por sua vez oferecido a Augusto, além de juras de um casamento verdadeiro no futuro. Despediram-se na praia, mantendo o enigma de seus nomes, mas vivo o juramento de amor feito diante do homem: o de um dia se encontrarem e serem felizes juntos.

No entanto, além de D. Ana, os ouvidinhos aguçados de Carolina também tinham acompanhado secretamente sua narrativa. Em outra conversa com a velha senhora, Augusto comenta sobre o malogro de suas paixões: ele já tinha sido enganado por três jovens que escarneceram de suas devoções afetivas. O fim de semana termina e os jovens voltam à Corte. Augusto traz consigo mais do que uma lembrança da agradável companhia dos amigos e de D. Ana: ele guarda um sentimento profundo que irá rendê-lo à afabilidade de Carolina. Isso o fará retornar a casa da jovem, e juntos descobrir-se-ão

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