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Projeto Político Pedagógico

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Por:   •  22/10/2013  •  1.447 Palavras (6 Páginas)  •  207 Visualizações

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Em razão disso, todo o projeto pedagógico da escola de certa forma é também um projeto

político por estar inteiramente ligado ao compromisso sócio-político.

No dizer de Nogaro, a ausência de um P.P.P. impossibilita o desenvolvimento

educacional de toda e qualquer escola. É claro que a escola sem ele caminha, mas para aonde?

Na verdade, o político juntamente com o pedagógico é visto como um processo

contínuo de reflexão e discussão dos problemas da escola, tentando assim encontrar meios

favoráveis á efetivação de sua intencionalidade constitutiva, levando assim, todos os membros

da comunidade escolar o exercício da cidadania. Ora, uma das coisas que precisamos saber, é

que não se pode entender a questão política-pedagógica como mecanismos dissociados e/ou

avulsos, quando ambos andam juntos.

O P.P.P. preocupa-se em propor uma forma de organizar o trabalho pedagógico

visando uma superação dos conflitos, buscando rechaçar as relações competitivas, corporativas

e autoritárias. Na tentativa, de acabar com a rotina do mundo interno da instituição.

A maior obrigação da escola é educar e, por falar em educação, sabemos que ela é um

dos fatores responsáveis pela transformação e evolução da sociedade. Portanto, precisa dar a

sua contribuição. Ela ajuda os educandos à “abrir os olhos” no sentido de perceberem e

defenderem seus direitos perante a sociedade, proporcionando-lhes uma maior visão acerca do

que compete a eles desenvolver na sociedade em que estão inseridos. Mais ou menos nessa

linha Gadotti enfatiza o seguinte: “Todos não terão acesso à educação enquanto todos –

trabalhadores e não trabalhadores em educação, estado e sociedade civil – não se interessarem

por ela. A educação para todos supõe todos pela educação” (2001, p.40).

É sabido que o P.P.P. está relacionado com a organização do trabalho pedagógico em

pelo menos dois momentos decisivos, os quais, com base em Ilma citaremos a seguir: “como

organização da escola como um todo e como organização da sala de aula, incluindo sua relação

com o contexto social imitado, procurando observar a visão da totalidade” (1995, p.14).

Entretanto, é necessário entender que o P.P.P. da escola, oferecerá caminhos indispensáveis à

montagem do trabalho pedagógico, que engloba o trabalho do docente na ação interna da sala

de aula já ressaltado acima. Para a organização desse projeto é de suma importância a ação de

todos os que fazem parte do funcionamento da escola, inclusive os pais dos alunos que

freqüentam a mesma. Com isso, fica claro que é preciso agir em conjunto, só assim, é possível

haver um bom funcionamento no dia-a-dia da vida escolar.

Segundo Ilma, para que a construção do P.P.P. seja efetivada não necessariamente se

deve induzir os professores, a equipe escolar e os funcionários a trabalhar mais, mas oferecer

oportunidades que lhes possibilitem aprender a pensar e a moldar o projeto pedagógico da

melhor maneira possível (1995, p.15). Isso nos possibilita entender que a escola não deve

seguir normas impostas pelo poder centralizador, mas sim “caminhar com suas próprias

pernas”. Pois a escola dessa forma, ou seja, seguindo as ordens da elite, passa a ser vista como

inserida na sociedade capitalista, a qual, reflete no seu bojo as determinações e contradições da

sociedade menos favorecida. Sobre isso Gadotti diz: “Existem muitos caminhos, inclusive para

a aquisição do saber elaborado. E o caminho que pode ser válido numa determinada

conjuntura, num determinado local ou contexto, pode não ser em outra conjuntura ou

contexto” (2001, p.40). Em vista disso, podemos concluir que é extremamente necessário que

haja uma cisão entre a imposição da classe dominadora e a organização escolar, e essa ao

nosso ver é uma coisa que já deveria ter sucedido há muito tempo, a escola necessita acordar

para isso e lutar por sua própria autonomia. A esse respeito, Gadotti afirma o seguinte: “todo

projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar

quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar

uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do

que o presente” (2001, p. 37).

De acordo com a autora deve haver uma digna igualdade entre as classes sociais no

âmbito de acesso e permanência na escola. Isso significa que não se podem favorecer alguns

como normalmente acontece e desmerecer os demais. No olhar de Saviani só será possível

considerar o processo educativo em seu conjunto sob a condição de se distinguir a democracia

como possibilidade no ponto de partida e democracia no ponto de chegada. Caso contrário caise

sempre no mesmo abismo. Nessa perspectiva, a construção do p.p.p torna-se um verdadeiro

instrumento de peleja, ou melhor, é um meio de se opor à fragmentação do trabalho

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