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Psicopatia: Conceito e definições importantes

Por:   •  25/9/2019  •  Artigo  •  5.975 Palavras (24 Páginas)  •  153 Visualizações

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Colégio José Nery

Rhana Monaliza da Silva Barretto

PSICOPATIA:

Mais que um desvio de conduta, um transtorno psíquico.

Santo Amaro – BA

2018

RHANA MONALIZA DA SILVA BARRETTO

PSICOPATIA:

Mais que um desvio de conduta, um transtorno psíquico.

Trabalho de conclusão da matéria de Biologia, apresentado por Rhana Monaliza, no Colégio José Nery, no ano de 2018.

Orientadora: Prof.ª Mércia Vaz

Santo Amaro – BA

2018

SUMÁRIO

Introdução ................................................................................................... 4

1 O que é a psicopatia? .............................................................................. 6

2 O que causa a psicopatia? ...................................................................... 7

3 Como se comportam os psicopatas? ..................................................... 10

4 Como se dá o diagnóstico de um psicopata? ....................................... 13

5 Psicopatia infantil ..................................................................................... 15

6 Psicopatia x sociopatia ............................................................................ 16

7 Psicopatia tem cura? ................................................................................ 18

8 Psicopatas famosos .................................................................................. 19

9 Conclusão .................................................................................................. 22

10 Pesquisa de campo .................................................................................. 23

11 Referências bibliográficas ....................................................................... 26

• INTRODUÇÃO

Para se viver harmonicamente em sociedade, é necessário que algumas regras, padrões e valores impostos sejam seguidos, a fim de permitir que a convivência entre os seres se dê de forma ordenada e que todos se comportem moralmente. Porém, existem aquelas pessoas que não seguem tais padrões, se comportando de maneira antissocial. Dentro desta parte da população se encontram os psicopatas.

O conceito de psicopatia surgiu dentro da medicina legal, quando médicos identificaram o fato de que muitos criminosos agressivos e cruéis não apresentavam os sinais clássicos de loucura. Descrições desses pacientes e tentativas de criar categorias são o momento inicial da chamada tradição clínica da psicopatia, fundamentada em estudo de casos, entrevistas e observações, interpretadas sob a óptica da hermenêutica clínica. Phillipe Pinel é considerado o pioneiro neste campo, introduzindo descrições científicas de padrões comportamentais e afetivos que se aproximam do que hoje se entende em linhas gerais como psicopatia, articulando o conceito de "mania sem delírio" para descrever pacientes que, embora exibissem comportamentos violentos, tinham entendimento do caráter irracional de suas ações, mas não podiam ser considerados delirantes. Nas décadas seguintes o estudo do tema se aprofundou e até a década de 1940 formou-se um amplo consenso entre os especialistas no tocante à sua definição, mas o quadro estabelecido para o diagnóstico ainda carecia de uma especificidade consistente.

Nesta época surgiu o estudo fundamental de Hervey Cleckley, The Mask of Sanity (A Máscara da Sanidade), que sistematizou o conhecimento até a data e delimitou 16 características da psicopatia, ressalvando que elas não necessitavam estarem todas presentes para o diagnóstico ser possível. Além disso, o autor procurou separar a psicopatia da esfera da pura criminalidade e a associou ao estudo do comportamento e da personalidade, enfatizando os aspectos interpessoais e afetivos. Depois dele iniciaram-se estudos empíricos para definir níveis diferenciados de psicopatia, acumulando-se grosso corpo de conhecimento que em parte suplantou a definição inicial de Cleckley, embora ela ainda seja um parâmetro importante.

Este trabalho foi feito com o intuito de, junto à pesquisa de campo realizada, dissertar e esclarecer sobre o real comportamento dos psicopatas, as causas de tal comportamento, como se dá o diagnóstico do transtorno, como ele pode ser tratado, dentre outras informações, a fim de destruir estereótipos construídos acerca da personalidade e da maneira de se portar dos indivíduos acometidos pela psicopatia, tido muitas vezes apenas como seres violentos e irracionais, facilmente reconhecidos pelo restante da sociedade.

  1. O que é a psicopatia?

A psicopatia é um distúrbio mental grave em que o enfermo apresenta comportamentos antissociais e amorais sem demonstração de arrependimento ou remorso, incapacidade para amar e se relacionar com outras pessoas com laços afetivos profundos, egocentrismo extremo e incapacidade de aprender com a experiência. Quem sofre de psicopatia é considerado psicopata.

Por muito tempo, a psicopatia foi amplamente associada à sociopatia (Transtorno de Personalidade Antissocial), como se ambos fossem apenas uma coisa só. Porém, com o passar dos anos e com o aprofundamento dos estudos em relação ao primeiro distúrbio, essa crença da universidade de conceitos se desconstruiu, mostrando que, apesar de possuírem características bastante semelhantes, os dois se diferem significativamente em alguns pontos, o que impossibilita sua classificação em uma única definição. Essa distinção entre os distúrbios será explicada em tópicos posteriores.

Estima-se que apenas 1% da população mundial seja psicopata, e que todas as pessoas vão conhecer pelo menos 15 psicopatas ao longo da vida. O distúrbio também acomete mais homens do que mulheres, estimando que para cada mulher psicopata existam três homens psicopatas, porém, este fenômeno ainda não foi explicado.

  1. O que causa a psicopatia?

Há muitos desentendimentos entre autores sobre se a psicopatia resulta da disfunção de fatores neurológicos ou de aspectos do ambiente.

A neurologia já sabe que os “circuitos” do cérebro de um psicopata (pelo menos daqueles que cometem crimes) são fisicamente diferentes dos de uma pessoa normal e que eles ativam menos certas partes do cérebro relacionadas a julgamentos morais. Isso explica a sua incompetência para sentir o que é certo e o que é errado.

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