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Resenha De Éramos Seis

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Por:   •  17/10/2013  •  4.145 Palavras (17 Páginas)  •  876 Visualizações

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Resenha de Éramos Seis

O livro “Éramos Seis”, na verdade um romance escrito em forma de novela, conta a história de uma família típica paulistana. Pessoas simples, de classe média baixa, que acabaram de se estabelecer em uma nova casa na Av. Angélica, próxima ao Parque Buenos Aires.

A história é narrada por Lola. Lola é a principal personagem do romance, mãe de quatro filhos: Carlos, Alfredo, Julinho e Maria Isabel, e esposa de Júlio. Lola é uma mulher esforçada, submissa ao marido e mãe protetora. Trabalha fazendo encomendas de Tricô para pessoas no bairro e parentes, para ajudar o marido a conseguir o dinheiro para pagar a casa. Lola é uma mulher muito presente na educação dos filhos, e algumas vezes até sozinha para fazer tal tarefa. Ajuda-os com tarefas da escola, ensina-os como se comportar e, além disso, ainda ajuda a serviçal nas tarefas domésticas.

Júlio é um homem turrão e cabeça quente, também é teimoso e nunca condena os próprios erros. Mas apesar disso, ama a sua família e se esforça por eles. É pouco amoroso e às vezes ausente, mas deixa claro seu amor por eles. Trabalha em uma loja e é um bom funcionário.

As crianças são Carlos, o mais velho e estudioso, amigo e bom filho; Alfredo, teimoso, nunca ligou para a escola, e estava sempre entre más companhias; Julinho, amante de livros, estudioso e amava a companhia dos irmãos; Maria Isabel, doce, meiga e estudiosa, encantava a todos principalmente o pai, e tinha também o seu gênio.

Carlos e Alfredo estavam em constantes conflitos. Carlos sempre bondoso e a favor do que é certo, e Alfredo sempre contrariando o irmão, fazia aquilo que achava que era melhor pra ele. Lola, sempre apartava as brigas, que muitas das vezes chegavam aos socos e chutes.

O romance trata-se de nada a mais que fatos corriqueiros da vida da família. Acontecimentos da vida cotidiana. Lola narra a história já quando idosa, e sozinha. Por isso o nome do romance envolve o verbo “ser” no passado. O romance começa com Lola passando em frente à velha e bela casa, que lutaram tanto pra conseguir e pagar. Vinham-lhe na cabeça as lembranças de cada dia passado ali. E então começa a contar.

Júlio, muitas das vezes, chegava bêbado do trabalho, então quando estava com a família os tratava mal e com impaciência. Lola, porém, fazia de tudo para contornar a situação. Ele era um pai exigente e na maioria das vezes grosso. Brigava por bobagens e não corrigia severamente em assuntos que realmente eram sérios. Mas Lola sempre fazia sua parte, fazendo o possível para educar os filhos, sem desrespeitar o marido.

Lola tinha duas irmãs que moravam no interior de São Paulo com sua mãe. De tempos em tempos Lola as visitava juntamente com as crianças (raramente Júlio ia, geralmente em ocasiões especiais como casamentos e batismos). Suas irmãs eram Clotilde, a mais velha, e Olga a caçula. Logo Lola, era a filha do meio. Seu verdadeiro nome era Eleonora, escolhido pela mãe por ser a mocinha de seu romance favorito. Porém, Lola não gostava, e por isso difundiu-se o apelido.

Olga havia um namorado de tempos antigos chamado Zeca. Zeca era farmacêutico e Olga professora, logo, não eram ricos. Clotilde era solteira e trabalhava como doceira, ajudando a mãe no serviço. A mãe de Lola era conhecida por ser a melhor doceira da cidade de Itapetininga, onde moravam e por isso fazia muitas encomendas.

Lola passou toda a infância em Itapetininga, e lá conheceu Júlio, que ia passar as férias na casa do tio Inácio. Começaram a namorar e manter o relacionamento mesmo distantes um do outro. Mas logo se casaram e Lola veio para São Paulo.

As irmãs de Lola vinham passar algumas férias em sua casa. Júlio não gostava muito, mas não as incomodava. Lola sempre ficava até tarde conversando com elas e as levava para sair. Elas ajudavam-na em suas encomendas e como podiam com as crianças. Eram muito amigas.

Lola morava próxima a uma tia rica chamada Emília, irmã do pai de Lola, que falecera logo após o casamento dela. E a visitava quando podia. Tia Emília era muito boa em guardar árvores genealógicas e datas e seu assunto favorito era justamente esse, a origem dos paulistanos. Olga e Lola sempre riam às escondidas de tal situação, mas sempre ficavam admiradas com a memória da tia.

Lola comparecia a eventos importantes da família de tia Emília, como o casamento de sua neta e o sepultamento de uma de suas filhas. Era presente no que podia.

A dívida para quitar a casa era alta, e isso os fazia preocupar, pois era feita, como já dito, de forma anual e duraria 10 anos. Mas Lola e Júlio davam seu máximo para conseguir, afinal a casa era o seu maio bem financeiro e o refúgio da família. Lá nasceram e cresceram as maiores lembranças de Lola. Por essa razão Lola fazia o máximo de encomendas que podia.

Mas quando podia, Lola escapava das grandes responsabilidades em casa e partia para visitar a mãe e as irmãs no interior. Certa vez fora para o tão esperado casamento da irmã, Olga, que aconteceu no último dia de dezembro do ano em que se encontravam. Júlio também fora e ajudara muito nos preparativos. Lola aprontou o vestido da irmã e Clotilde os doces da festa. A festa foi bonita, porém longa, mas feliz. Ao fim do dia, os noivos, Olga e Zeca, foram para São Paulo para a lua-de-mel. E no dia seguinte, Lola e a família voltavam para casa.

A rotina voltava a casa logo ao fim das férias, onde Lola voltava às encomendas e à casa, as crianças para a escola e Júlio para a loja, onde finalmente subia de cargo para gerente, deixando a família orgulhosa.

Lola acompanhava o desempenho das crianças na escola e se orgulhava muito de Carlos que queria ser médico e a enchia de sonhos, porém se preocupava com Alfredo que de nada queria saber na escola e queria ser mecânico, pois tinha uma grande paixão por automóveis.

Certa vez, uma forte gripe assolou a família. Todas as crianças e Júlio caíram doentes, deixando Lola sobrecarregada e preocupada. E logo depois Isabel ficou com pneumonia, fazendo com que os gastos com médicos e remédios aumentassem ainda mais. Cuidando dos doentes, Lola acabou atrasando os tricôs, e com os gastos e a pouca entrada de dinheiro quase não puderam pagar a casa, mas acabaram conseguindo pagar mais uma prestação.

Anos iam se passando, e as crianças iam crescendo. Carlos sempre um exemplo, porém Alfredo repetiu um ano na escola. Lola ficou muito decepcionada. E Júlio, nervoso como sempre, castigou muito o menino espancando-o com a cinta. Mas Alfredo não sentia nada como arrependimento, mas sim como vingança e por isso resolveu fugir de casa. Lola ficou desesperada, e Júlio preocupado, pois sabia que era culpa sua, porém não admitia os próprios

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