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Texto descritivo

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Por:   •  12/5/2014  •  Seminário  •  1.580 Palavras (7 Páginas)  •  959 Visualizações

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Texto descritivo

O texto descritivo tem por base um sujeito observador, o qual descreve o mundo de maneira objetiva ou subjetiva. A primeira diz respeito a uma descrição da realidade tal como ela é, em que o sujeito tem como objetivo primeiro informar sobre objetos, pessoas ou lugares. Quanto à segunda, é a descrição em que o sujeito descreve a realidade como a sente, passando a exprimir a afetividade que tem em relação ao objeto, pessoa ou lugar descrito.

A descrição opõe-se à narração pelo seu caráter estático, em que o tempo não tem tanta importância, pois não há transformação de estados e ações, o que compete ao texto narrativo. Desse modo, o ponto de vista do sujeito observador é fundamental e depende tanto de sua posição física (em relação ao que descreve) quanto de sua atitude afetiva (relativa ao objeto descrito).

Leia este trecho de um texto descritivo:

A feira era enorme, num vasto prado que a defrontava com os muros da cidade. As barracas de lona, de madeira, de tapetes, de ramagens, alinhavam em grandes ruas. No topo do mastro flutuavam bandeirolas. E homens enfardelados como orientais, mulheres com pluma na cabeça, outras com trajo de nações estranhas, conservavam-se por trás dos balcões, onde, seguindo a rua e os misteres, se desdobravam panos, reluziam jóias em caixas gradeadas, se perfilavam frascos de essência, se amontoavam as peles, se confundiam as armas tauxiadas. N’outras ruas, sob tendas de lona, havia cozinhas, grandes barricas de cerveja ou de vinho. E os saltimbancos ocupavam um lugar perto do rio, que longos olmeiros assombravam. Em volta, por toda a vasta planície, era uma confusão de carros descarregados, de pilas de madeira, de cavalgaduras presas pelas patas, de grandes gigos onde se debatiam aves.

Apenas as portas da cidade se abriram, a multidão começou a encher as ruas da feira [...]

Eça de Queirós. Obra completa. Rio de Janeiro: José Aguilar. 1970, p. 1530.

Tauxiada: ornamentada, lavrada de embutidos de ouro, prata etc.

Saltimbanco: elemento de um elenco de artistas populares itinerantes.

Gigo: cesto de vime, estreito e alto.

Texto narrativo

Podemos dizer que a história do homem confunde-se com a história da narrativa. Contos fantásticos e maravilhosos, fábulas, parábolas, histórias de suspense constituíram, durante muito tempo, a principal forma de transmissão de conhecimento e registro da memória dos mais diversos povos.

O texto narrativo, ao contrário do descritivo, é dinâmico, pressupõe a transformação de estados e o encadeamento de ações. Para tanto, torna-se necessária a criação dos elementos fundamentais de uma narrativa: personagens, tempo e espaço. Há narração quando os personagens, por meio de ações, transformam-se no tempo e no espaço determinados no desenvolvimento do texto. Esse conjunto constitui o que se denomina enredo.

Portanto, para que um texto seja narrativo, é preciso criar personagens (e apresentá-los), instaurar um problema que determinará o conflito central em torno do qual os personagens relacionam-se em busca da solução. Quando chega ao auge, tem-se o clímax e daí em diante torna-se necessário apresentar a resolução do problema, que constitui o desfecho. Normalmente, um texto narrativo, contém, ainda, uma moral, que corresponde a uma avaliação, a um juízo de valor implícito no texto.

Além de todos esses elementos apresentados, é importante ressaltar que em um texto narrativo há um narrador, aquele que “conta a história”. Ele assume um ponto de vista, que é demonstrado pelo uso da 1ª ou da 3ª pessoa, revelando a primeira uma aproximação e a segunda um distanciamento, isto é, o narrador em 1ª pessoa está mais próximo dos fatos narrados e o narrador em 3ª pessoa mais distanciado, como se observasse “de longe” o que está acontecendo.

Leia este texto narrativo:

A incapacidade de ser verdadeiro

Carlos Drummond de Andrade

Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.

A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez, Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.

Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pala chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:

– Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.

TEXTO ARGUMENTATIVO

Quando as pessoas não sabem falar ou escrever adequadamente sua língua, surgem homens decididos a falar e escrever por elas e não para elas.

(Wendel Johnson)

Primeiramente, é preciso ficar claro que não acreditamos que haja texto dissertativo que não seja argumentativo, daí a classificação. A dissertação, a nosso ver, está mais relacionada à forma (que ao conteúdo) de um texto, que compreende as seguintes partes: introdução, desenvolvimento e conclusão.

Já a argumentação está mais ligada ao conteúdo e pode apresentar-se em outras formas (como a narração ou a descrição). Esse é o tipo de texto que revela a intenção do sujeito de convencer e/ou persuadir “o outro” sobre a validade de uma tese, que compreende uma proposição (idéia proposta) a ser defendida no desenvolvimento do texto.

Para tanto, Emediato (2004) sugere uma estrutura básica, que é constituída de:

1) Afirmação (tese, proposição);

2) posicionamento: que pode demonstrar concordância ou discordância com uma

tese já existente;

3) quadro de problematização: situa a argumentação em uma perspectiva (social, econômica, política, ideológica, religiosa,etc.), direcionando o discurso do sujeito;

4) formulação de argumentos: provas, raciocínio lógico,

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