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Um olhar sobre a importância da burocracia nos modernos

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Por:   •  4/5/2014  •  Tese  •  2.907 Palavras (12 Páginas)  •  590 Visualizações

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O presente capítulo tem como objetivo investigar a influência e a importância da burocracia na descontinuidade de ações públicas, mostrando como esse princípio é utilizado dentro das organizações. Visando avaliar os diversos conceitos sobre essa teoria, percebe-se que apesar de ter sido apresentada no início do século XX por Max Weber, a mesma pode ser utilizada nas empresas de uma forma contextualizada, principalmente em empresas de produção. Para subsidiar o estudo a presente pesquisa dialoga com importantes teóricos como: Max Weber, Hegel, Marx que apresentam importantes elogios e críticas acerca da burocracia e a sua importância na contemporaneidade.

1.1 Um Olhar sobre a Importância da Burocracia na Contemporaneidade

Discorrer na contemporaneidade sobre a burocracia é extremamente importante, haja vista que a mesma apresenta-se na atualidade como uma ideia-força bastante positiva na sociedade. Embora, esteja à mercê de várias críticas por parte de diversos autores a noção imprecisa e equivoca da burocracia tem sido carregada de elementos bastante fortes o que tem contribuído para rodear a forte capacidade dos fenômenos burocráticos que ocorrem na sociedade contemporânea.

É importante destacar nesse estudo que não existe um conceito homogêneo entre os autores no tocante a burocracia, ao contrário o seu termo possui diferentes significados, razão do qual leva os autores a se debruçarem na análise e na produção de diversos estudos teóricos, utilizando e relacionando estes diferentes significados com os contextos histórico-sociológicos em que surgiram.

Nesse sentido, é preciso ressaltar que o conceito de burocracia tem sido difundido na sociedade de um modo bastante injusto, haja em vista que há muitos autores na atualidade que acreditam e defendem que a burocracia se trata de processos lentos, repletos de papelórios, formalismo e exageros dentro de uma determinada organização.

Cabe destacar que esta imagem da burocracia relacionada a processos lentos e cheio de formalismos esta atrelada principalmente ao fato de vivermos em um mundo globalizado onde as informações acontecem em tempo real e essa nova era digital tem contribuído muito para a construção injusta do conceito de burocracia, pois esta veio para agilizar o processo e torná-lo mais eficiente e não para dificultá-lo, deixando-o mais lento como muito se tem proliferado por diversos autores na sociedade.

Em seus estudos sobre o conceito de burocracia o autor Idalberto Chiavenato (2002) nos fornece uma importante contribuição, afirmando que a burocracia em suas especificidades se trata de uma importante forma de organização humana que se pauta na racionalidade, ou seja, “na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência no alcance desses objetivos”. (CHIAVENATO, 2002: 45)

Nesse sentido, nota-se que o termo burocracia apresenta-se na sociedade como uma grande arma da crítica ideológica, pois a sua forte carga emotiva e a sua função de condensador emocional a faz a ser um vulto impreciso a mercê de críticas e elogios por parte de diversos autores.

Convém lembrar que a burocracia é o aparelho ideológico que congrega as teorias administrativas e também é produto e reflexo do contexto histórico e sócio-econômico no qual está inserida. Assim, para identificar a burocracia no espaço escolar é preciso transcender o hábito de caracterizá-la a partir do tipo ideal weberiano, para interpreta-la como um fenômeno historicamente situado e uma forma de dominação.

A escola é um espaço em que o Estado se insere na sociedade de maneira mais imediata, não somente pelo conteúdo que determina, mas também, abstratamente, pela via da burocracia que há na escola, enquanto corpo burocrático humano e como processo administrativo. Isso acontece devido à escola ser um espaço de construção de conhecimento, mas também um ambiente carregado de ideologias responsáveis, portanto, na formação de conceitos, ideias no imaginário de muitos alunos.

O debate sobre a educação escolar como ferramenta para a sociedade e a sua ligação com a burocracia foi feito logo nas origens do Estado moderno, instituição social que vigora em nossa própria sociedade atual, por Hegel e Marx. Assim, tratamos de debater a escola. E também a educação, que é mediada pelo Estado na sociedade capitalista, tomando suas contradições como base para o entendimento a partir da teorização posta por Marx em sua análise sobre a intervenção burocrática nos meios sociais.

A escola é, então, uma instituição que carrega seu desenvolvimento com contrariedades, aparecendo para a sociedade como meio para emancipação, mas que no fundo

ela reproduz elementos do Estado - Estado que é concreto, gerido por indivíduos que se misturam com a classe dominante e se sentem como tais em suas atividades praticas, os burocratas. Mas há a possibilidade de transformação, e isso pode ser tomado como tarefa que visa à emancipação humana.

É preciso considerar que a burocracia é pautada em um importante caráter legal das normas, caráter formal das comunicações, divisão do trabalho, impessoalidade no relacionamento, hierarquização da autoridade, rotinas e procedimento, competência técnica e mérito, especialização da administração, profissionalização e previsibilidade do funcionamento. (DINIZ, 2012)

Em se tratando da importância e dos defensores e adversários da burocracia o autor Idalberto Chiavenato (2002) afirma que:

A burocracia tem defensores e adversários. Perrow mostra-se advogado da burocracia: Após anos de estudos das organizações complexas, cheguei a duas conclusões que colidem com muita coisa da literatura organizacional. A primeira é que os erros atribuídos à burocracia não são erros do conceito, mas são consequências do fracasso em burocratizar adequadamente. Eu defendo a burocracia como o princípio dominante de organização nas grandes e complexas organizações. A segunda conclusão é que a preocupação com a reforma, ‘humanização’ e descentralização das burocracias, enquanto salutares, apenas obscurecem a verdadeira natureza da burocracia dos teoristas organizacionais e nos desviam do seu impacto sobre a sociedade. O impacto sobre a sociedade é mais importante do que o impacto sobre os membros de uma organização. (CHIAVENATO, 2002: 37-38)

Deste modo, nota-se que a noção de burocracia exerce uma grande relevância na sociedade, pois diz respeito não só à estrutura organizativa e administrativa das atividades coletivas, no campo público e privado como também se refere ao grupo social constituído

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