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Variação Linguistica

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Por:   •  16/8/2014  •  812 Palavras (4 Páginas)  •  399 Visualizações

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Variação Linguística, preconceito linguístico e o papel da escola no ensino da norma padrão.

Como já vimos, nenhuma língua é um fenômeno homogêneo e evoluem com o tempo, se transformam e vão adquirindo peculiaridades próprias em função do seu uso por comunidades especificas. Todos sabem que há modos diferentes de se falar uma língua, pois todas as línguas do ponto de vista estrutural linguística são perfeitas e completas entre si. O que as diferencia são os valores sociais que seus membros têm na sociedade. Sendo assim, um baiano falará como baiano, não como gaúcho, uma pessoa de classe social alta não falará como uma pessoa de classe baixa. No Brasil, ainda que todos falem a língua portuguesa, há usos diferentes dessa língua, levando em consideração diversos fatores. O português falado no dia a dia, em situações informais, difere do que é falado, por exemplo, em uma conferência para professores; uma criança utiliza a língua de forma diferente de um adolescente e assim por diante. É importante compreendermos que a variação linguística é resultado de diversos componentes geográficos, históricos e sociais de seus falantes. Por isso, não há linguagens nem melhores nem piores, mas simplesmente diferentes.

Uma variedade adquire marca de prestigio por questões históricas e sociais. Daí a necessidade de superar o preconceito linguístico que ronda a escola e que massacra os alunos, pois a criança que domina uma variante linguística social não fala necessariamente errado, apenas fala de modo diferente.

Entretanto, é dever da escola mostrar a variedade linguística padrão, porque em momentos específicos de interação social será necessário utilizá-la na produção de textos (orais e escritos) e na sua recepção. É preciso esclarecer que isso não significa a negação da variante do aluno, mas a apropriação de outras variantes.

Quando se diz que a escola precisa levar em conta a fala, muitos pensam que isso significa que deve ensinar os alunos a falarem bonito, nos estilos que se escreve. Se a escola tem por objetivo ensinar como a língua funciona, deve-se incentivar a fala e mostrar como funciona. Na verdade, uma língua vive na fala das pessoas e só aí se realiza plenamente. A vida de uma língua está na fala. A língua, homogênea por natureza, é uma instituição social que pertence a todos os falantes e a fala, heterogênea, é individual e imprescindível.

O objetivo primordial da linguagem é a comunicação entre seus usuários. A linguagem são nossas palavras faladas, escritas ou sinalizadas e a forma como a combinamos para comunicarmos significados. Graças à linguagem, transferimos significados de uma mente para outra. Quer seja falada, escrita ou sinalizada, a linguagem nos possibilita não só comunicarmos, como transmitir o conhecimento acumulado da civilização ao longo das gerações. Graças à linguagem, sabemos muito do que jamais vimos.

Bagno (2005) descreve uma série de mitos sobre a língua portuguesa e os denomina como preconceito linguístico. Segundo o autor, quando não se reconhece a diversidade linguística no Brasil, as pessoas que falam uma variedade diferente são vítimas de preconceito e discriminação.

A língua portuguesa, como qualquer língua, tem o certo e o errado somente em relação a sua estrutura. Com relação á seu uso pelas comunidades falantes,

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